FICHA TÉCNICA 2007

 

Carnavalesco     Ewerton Domingos
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     Márcio de Souza
Diretor de Evolução     Márcio de Souza
Diretor de Bateria     Antonio Carlos (Merica)
Puxador de Samba Enredo     Paulinho Simpatia
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Feliciano e Thaiza
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Galeria de Velha Guarda     ................................................................

 

SINOPSE 2007

Adormeci, sonhei e despertei com a magia da Ilha de Paquetá

Introdução:

          A Diretoria de nossa Agremiação em um consenso geral resolveu homenagear a Ilha de Paquetá, patrimônio cultural de nossa cidade, aonde turistas do mundo inteiro vem visitá-la, desfrutar de sua paisagem, de seus inúmeros atrativos que fazem do local um point imperdível para quem busca fugir da loucura do cotidiano urbano. Assim, o Grêmio Recreativo Cultural Nova Geração do Estácio de Sá apresenta como enredo para o Carnaval 2007, o enredo "Adormeci, sonhei e despertei com a magia da Ilha de Paquetá" onde será contada a história de um cidadão comum que adormece na barca em sua primeira viagem rumo a Paquetá, (um bairro da cidade que é uma ilha. Uma Ilha da Baía da Guanabara que é um bairro. Único. Tão antigo quanto a cidade. Totalmente transformado em Área de Preservação do Ambiente Cultural - APAC, rico em lendas e importantes passagens na formação cultural da Cidade e mesmo do Império e da República. Possuidor de um imenso e importante acervo arquitetônico e paisagístico, com diversos bens Tombados e Preservados e um estilo de vida comunitário que o isolamento geográfico guardou com carinho) e quando acorda maravilha-se com a beleza da ilha e resolve pesquisar o seu passado já imaginando o futuro.

Sinopse:

          É um domingo ensolarado aonde nosso personagem, vamos chamá-lo de Urbano, chega a Praça XV, para pegar a barca que o levará a Ilha de Paquetá, tão decantada em verso e prosa, despertando assim sua curiosidade. A fila está imensa, composta de famílias inteiras, com cadeiras de praia, isopores e muita animação. O portão se abre e ele adentra-se na barca e logo se acomoda em um local próximo a janela para apreciar a paisagem. Mas o seu cansaço é enorme e ele adormece. Aproximadamente uma hora e meia depois sente um cutucão em seu braço despertando-o e se depara com um menino super animado, de aproximadamente nove anos de idade que lhe diz entre pulos e gritos:
          - Moço, chegamos a Paquetá!!!
          E Urbano, já bem desperto, salta da barca e se depara com um ambiente de magia e de encantamento. Parece não acreditar nos seus olhos, quando não vê nenhum ônibus, táxi ou coisa do gênero. Um trenzinho cheio de passageiros e bicicletas passam diante dele. Até que uma charrete puxada por um belo cavalo pára diante de si, e seu condutor oferece seus serviços, ou seja, um passeio pela ilha, logo aceito pelo nosso amigo. O chão de saibro desperta sua atenção, pois o caminho não é asfaltado, o aspecto bucólico é flagrante, e o condutor solícito vai informando-lhe o nome de os lugares onde passam como a Praia da Moreninha, a Igreja São Roque, a Ponte dos suspiros, o Paquetá Iate Clube, o Preventório (orfanato onde também funciona uma creche), cemitério dos passarinhos, a Pedra dos namorados, a Ponte da Saudade, o Solar Del Rei (onde funciona uma biblioteca popular), o Pagode Chinês, o Coreto Renato Antunes, a Escola Pedro Bruno, a Chácara dos Coqueiros, a Capela do Cemitério de Paquetá (projetada e construída por Pedro Paulo Bruno, sem duvida a pessoa mais influente de Paquetá, pintor, arquiteto, escultor, desenhista, poeta, autor de muitas obras arquitetônicas de Paquetá (nasceu na Itália em 31 de agosto de 1896 e faleceu em 27 de fevereiro de 1988.), a Praia dos Tamoios entre outros. Envolvido em um completo clima de magia e encantamento, apreciando a obra arquitetônica de Pedro Bruno, onde banhistas e barcos transitam calmamente pela águas tranqüilas da ilha, nosso personagem resolve estudar o passado da ilha sua origem, sua historia etc...
          Urbano descobre que o nome Paquetá já existia quando ingleses e franceses lá chegaram, segundo André Thevet (descobridor de Paquetá), cosmógrafo a serviço do navegador Villegaignon, o nome foi dado pelos primeiros habitantes, os índios tamoios, devido as pacaranas, parentes próximos da paca, que habitavam em grande número o local. A ilha foi descoberta em dezembro de 1555, e formalmente reconhecida pelo Rei da França, Henri II, em 18 de dezembro de 1556, e é nesta data que se celebra o aniversario da Ilha de Paquetá. Posteriormente Estácio de Sá, com a aliança dos índios temiminós, vence os franceses e em 1565 funda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Estácio de Sá doa a dois companheiros de viagem, sob a forma de sesmarias à parte norte de Paquetá a Inácio de Bulhões (hoje chamada Bairro do Campo pelos comunitários) e parte sul (bairro da ponte) a Fernão Valdez e no lado norte que é formada a Fazenda São Roque e nestas terras em 1697 que é erguida a primeira capela da ilha, a Capela de São Roque, o padroeiro da Ilha. O bairro se forma mais acentuadamente a partir do impacto cultural pela vinda freqüente D. João VI a Paquetá (a partir de 1808), através do romance A MORENINHA, de Joaquim Manuel de Macedo, (nome dado a uma praia local onde a Moreninha era uma jovem tamoia chamada Ahy que ficava em cima da pedra que servia de teto para a gruta onde morava para apreciar as belezas da ilha, e aguardar a chegada da canoa de Aoitin, seu amado) que já foi até tema de novela, apoiado, ainda, pelo funcionamento regular da linha das barcas, a partir de 1838.
          A Pedra dos Namorados é o local onde os namorados jogam pedras ou qualquer objeto em cima da referida pedra e segundo a lenda, após três tentativas, se o objeto ficar em cima da mesma os namorados se casarão. Existe a lenda do coqueiro que geme, entre muitas outras e em meio a isso Urbano começa a imaginar o futuro. Sambista, poeta, amante do belo e imaginário, ele descobre que está sendo desenvolvido em Paquetá um grande carnaval onde já existem vários blocos carnavalescos, e projeta em seu subconsciente um Carnaval ainda maior, com desfile de varias Escolas, que irá com certeza alavancar o progresso de Paquetá, isto claro sem perder as suas raízes, que fazem e sempre farão do local um paraíso de riquezas naturais.

Autores: Edson Marinho e Joel Toledo de Araújo Filho

 

SAMBA ENREDO                                                2007

Enredo     Adormeci, sonhei e despertei com a magia da Ilha de Paquetá
Compositores     Zé Luiz, Marcus Vinicius e Flávio Capoeira
Paraíso que eu descobri
Na caravela de Villegagnon
Presente de Estácio de Sá... Sesmarias
Na fazenda de São Roque vai brilhar
A primeira capela da ilha
Preservação, cultura imortal
Lendas, arquitetura nesse carnaval

Eu quero viajar com a Nova Geração
Ilha de Paquetá balança o coração
Um sonho infantil, carrossel de magia
Navegando com a barca da alegria

Quero brincar de castelo de areia
Águas tranqüilas, um lindo luar
A moreninhas, uma paixão
No fim de semana, o trem da ilusão
Charrete, Bicicleta
De pedalinho a natureza vou desfrutar
O maior carnaval do mundo
Na Ilha de Paquetá
Nessa folia vou me acabar

A criançada vai sambar
Cantando as belezas de Paquetá