FICHA TÉCNICA 2008

 

Carnavalesco     Ewerton Domingos
Diretor de Carnaval     Lúcio e Marcelo Buda
Diretor de Harmonia     Anderson Daniel, Jorge Luiz, José Luiz e Raphael Gonzáles
Diretor de Evolução     Anderson Daniel, Jorge Luiz, José Luiz e Raphael Gonzáles
Diretor de Bateria

    Luan Barbosa (Mestre Dentinho), Thiago (Mestre Cuca)

Puxador de Samba Enredo

    Kayque Santos, Marcus Vinicius, Cleberson, Fabinho, Sávio Mello e Isis de Oliveira

Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Carlos Augusto (Junior) e Marcela
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Wallace e Letícia
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala de Passistas     José Alexandre
Rainha da Bateria     Thaís Jacinto
1ª Princesa da Bateria     Karol
2ª Princesa da Bateria     Yasmim
Padrinho da Bateria     Mestre Esteves

 

SINOPSE 2008

Da missão ao modernismo, meu Carnaval é arte

Justificativa:

          Comemorando os 200 anos de chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, a Nova Geração do Estácio optou pelo desenvolvimento deste tema, e tem a responsabilidade de levar em fantasias e alegorias uma aula de história da arte no Brasil.
          O objetivo da temática a ser representada é unicamente a conscientização e conhecimento da nossa história para as crianças que desfilarão nesta Agremiação. A nossa função é que o desfile tenha uma força plástica para que a leitura seja muito fácil, de maneira totalmente didática para quem está vendo e desfilando, sem perder logicamente o estilo leve e infantil que a Agremiação possui. A leitura de enredo se dá com a chegada da corte portuguesa ao Brasil e as conseqüências que teremos artisticamente na pintura, escultura e arquitetura de 1808 a 1922 com a Semana da Arte Moderna. É como se fosse uma breve linha no tempo da arte brasileira, onde mostraremos todos os estilos artísticos que se prosseguem. Começaremos com o Barroco, pois era o estilo vigente na nossa arquitetura, passaremos pelo o Neoclássico com a chegada da Missão artística, Romantismo com a pintura o Grito do Ipiranga, as impregnações românticas de Vítor Meireles, do Art Nouveau em Eliseu Visconti, aos Retratos de Rodolfo Amoedo, citaremos o Baile de carnaval de Chambeland, e chegaremos ao ápice de desfile que é a chegada do Modernismo com o colorido de Tarsila do Amaral, o Art Déco de Victor Brecheret, as impregnações cubistas em Portinari, as Mulatas de Di Cavalcanti o colorido dos festejos na pintura de Alfredo Volpi o tropicalismo de Anita Malfatti, e finalizaremos com uma homenagem a arte do Carnaval com os Parangolés de Hélio Oiticica.

Desenvolvimento do enredo:

Setor I - A missão e o estilo europeu no período colonial

          O enredo tem partida com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 22 de janeiro de 1808, e todas as reformulações artísticas que acontecerão a partir daí. Não podemos negar que mesmo antes da Chegada de D João VI e sua comitiva, já tínhamos estilos artísticos de sabor europeu, porém genuinamente brasileiro, pois negros e índios colaboraram e muito artisticamente para tal, é o caso do Barroco onde seu expoente é o mestre Aleijadinho (no caso da arquitetura e escultura). Recebemos forte influência cultural européia, intensificada ainda mais com a chegada de um grupo de artistas franceses (1816) encarregados da fundação da Academia de Belas Artes (1826), na qual os alunos poderiam aprender as artes e os ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão Artística Francesa. Os artistas da Missão Artística Francesa pintavam, desenhavam, esculpiam e construíam à moda européia. Obedeciam ao estilo neoclássico (novo clássico), ou seja, um estilo artístico que propunha a volta aos padrões da arte clássica (greco-romana) da Antigüidade. Dentre os Principais artistas estão Debret que descreveu a sociedade brasileira em suas aquarelas, Nicolas Taunay que documentou as paisagens do Rio colonial, Johann Rugendas também paisagista, Thomas Ender que veio com a comitiva da princesa Leopoldina, o Arquiteto Auguste Gradjean de Montigny, entre outros grandes nomes. A influência da Missão Artística francesa marcou as artes plásticas brasileira de uma maneira irreversível rompendo com a tradição barroca.

Setor II - Arte do Império à Belle Époque

          Com a Regência do Primeiro imperador no Brasil, e proclamada a sua independência o neoclassicismo atinge o seu auge, surge então “O Grito do Ipiranga” de Pedro Américo e “Batalha dos Guararapes” de Vítor Meirelles, que executaram grandes telas históricas. Mas a grande novidade artística da época é o Romantismo onde obras como “Moema” também de Victor Meirelles e os retratos de Almeida Júnior são fortemente notadas nesse período.
          Com a despedida do Império e a chegada da República, a influência francesa continuou forte no Brasil. Nas artes plásticas e, sobretudo na pintura surge a influência do impressionismo, realismo, simbolismo e Art Nouveau. Entre seus expoentes estão Eliseu Visconti, Antônio Parreiras, Henrique Bernardelli, Belmiro de Almeida. Todos eles se situam no período denominado Belle Époque que no Brasil estendeu-se da Proclamação da República a 1922.

Setor III - Sacudindo as estruturas da arte tupiniquim

          A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada entre 11 e 18 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo, contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos. Seu objetivo era renovar o ambiente artístico e cultural da cidade com "a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual", como informava o Correio Paulistano a 29 de janeiro de 1922. A produção de uma arte brasileira, afinada com as tendências vanguardistas da Europa, sem, contudo perder o caráter nacional era uma das grandes aspirações que a Semana tinha em divulgar.
          Os jovens modernistas da Semana negavam, antes de mais nada, o academicismo nas artes. A essa altura, estavam já influenciados esteticamente por tendências e movimentos como o Cubismo, o Expressionismo e diversas ramificações pós-impressionistas.
          De acordo com o catálogo da mostra, participavam da Semana os seguintes artistas: Anita Malfatti, Victor Brecheret, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da Costa Ferreira, Alberto Martins Ribeiro e Oswaldo Goeldi, dentre outros artistas com pinturas e desenhos e esculturas. Sempre recordando que outros artistas como Candido Portinari, Ismael Nery e Alfredo Volpi também fazem parte desta congregação de artistas modernos.
          Com toda essa festa de cores, formas e linhas que tendem a mostrar o universo artístico brasileiro na nossa história. Terminaremos com uma obra de Hélio Oiticica que demonstra todo o sabor modernista e carnavalesco que buscamos para nosso desfile, é o carnaval que homenageia a Arte que exalta o carnaval. O Parangolé.

Carnavalesco(s): Ewerton Domingos

Bibliografia:

  • A Imagem da criança na pintura brasileira, Vera Pacheco Jordão ed. Salamandra
  • História do Brasil vol. I, Bloch editores
  • Pesquisas de Conhecer Cultura e Arte vol.7 ed. Círculo do livro
  • Teorias da Arte Moderna, H. B. Chipp ed.Martins Fontes

 

SAMBA ENREDO                                                2008
Enredo     De França Antártica a Paris dos Trópicos
Compositores     ???

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