Abdias Nascimento uma
vida de lutas
Justificativa:
Acadêmicos
de Vigário Geral vem contar a historia de um grande homem: Abdias
Nascimento e sua trajetória de vida e lutas.
Um grande
guerreiro em sua luta contra o preconceito racial e toda a discriminação
e marginalização que os afro-descendentes sofreram e ainda sofrem em
nosso país ate hoje.
Filho
de um sapateiro e uma ama de leite, Abdias, foi em busca de conhecimento
e cultura para defender seus ideais, sua maior arma era sua cultura,
tornou-se escritor, dramaturgo, poeta e artista plástico. Grande
ativista do movimento negro, foi exilado e preso, depois criou o Teatro
Experimental do Negro. Foi ao E.U. A e lá ensinou mais sobre a cultura
africana na universidade, chegou ao parlamento, fundou partido. E pela
luta racial foi indicado ao premio NOBEL, e é uma homenagem a esse homem
genial, o nosso desfile de 2012 de Vigário Geral.
Sinopse:
Abdias Nascimento. Nascia
no inicio do século XX um negro, que contrariando as particularidades de
sua própria época, tornou-se escritor, dramaturgo, poeta e artista
plástico. Abdias Nascimento, em seu sentimento de justiça, trazia o
sonho da libertação da cultura africana, ver seus iguais livres das
marcas das chibatas, outrora destino inevitável. O segundo filho de Dona
Josina viveu o gigantismo de um sonho. Entoado pelos atabaques do
Candomblé, encontrava nos orixás a forca que precisava para continuar
uma missão.
Obstinado,
chegou ao parlamento, fundou partido. Pela luta racial foi indicado ao
premio NOBEL, a mais importante premiação recebida por um homem, que sem
desistir de um ideal, e é de Abdias Nascimento o merecimento da
homenagem prestada por Vigário Geral. Filho de um sapateiro e uma ama de
leite, consegue com esforço se formar em Economia. Iniciou sua vida
acadêmica em São Paulo. Mas, foi o Rio de Janeiro, um dos celeiros da
cultura africana, onde concluiu a faculdade. Agora, em 38, Abdias é
bacharel, aos poucos se torna doutor. E ganha notoriedade que atravessou
continentes. Fundou a cadeira de Cultura Africana do Novo Mundo no
Centro de Estudos Porto-riquenhos, na Universidade do Estado de Nova
York.
Com
tanto talento e perspicácia teve de ter a cor da pele ignorada. A tarefa
não era fácil aos abastados da época, que na primeira metade do século,
com a herança escravocrata tão recente em suas veias tiveram foi que
engolir o negro na mesma cadeira. Esse nome teve grande importância
sobre a questão do negro no Brasil.
Em sua
longa trajetória, passou desde o movimento integralista. Era escultor e
também poeta. Com a Hermandad Orquídea viajou pela América do Sul. Ainda
em Buenos Aires, estuda no Teatro Del Pueblo e de volta ao Brasil em
1941, é preso pelo crime de resistência, que teria cometido, antes mesmo
de sua viagem e é trancafiado na extinta Penitenciária do Carandiru. Mas
Nascimento não é desiste do sonho por estar atrás das grades e ao ganhar
a liberdade realizou mais um feito, inaugurando o Teatro Experimental do
Negro. Como um ativista do movimento negro, não agrada aos militares
durante a ditadura e como muitos artistas foi mandado para um exílio.
Este dura treze anos, mas como tem muita fé, regressa ao país depois da
Lei da Anistia.
Mas,
o negrinho não era fácil e depois de tanto estudo, foi lutar onde devia.
Chegou ao parlamento para conquistar a causa maior. Criou leis e deu
direitos, aos que antes deveres tinha. Abdias Nascimento depois de ser
deputado, foi então ser secretario. De volta ao Rio de Janeiro, ficou
responsável pela pasta Extraordinária de Defesa e Promoção das
Populações Afro-Brasileiras. Não havia cargo mais adequado para cumprir
uma saga e voou mais alto, desta vez no senado, onde atuou duas vezes, e
já com nome e respeito não se limita e volta para o Rio de Janeiro.
Ocupando-se dos Direitos Humanos, assunto polêmico ate hoje. Agarrado às
suas raízes, mensageiro de Zumbi, tem no Candomblé sua fé. Sempre
encontrou nos orixás motivação para lutar e também sempre os agradou,
como manda a tradição. Mas, como tudo se funda, Abadias deixa a cena.
Foi em 2001 seu último ato e muita gente se emocionou. Descendentes de
uma grande luta, somos todos negros, somos todos brasileiros. E como
tradição negra é também o carnaval, não podia ser outra a homenagem dos
herdeiros de Vigário Geral.
"Na
sua firme e harmoniosa estrutura dramática, na sua poesia
violenta, na sua dramaticidade ininterrupta, ela também
constitui uma grande experiência estética e vital para o
espectador. Não tenham dúvidas que a maioria da crítica não
vai entendê-la".
Nelson
Rodrigues.
Texto: Isabel Boechat
Carnavalescos : Afonso Delano e Vinicius Vaitsmann
Bibliografia:
Roteiro do desfile:
Nº |
Nome da Fantasia |
Nome da ala |
Descrição |
Responsável pela ala |
1° setor: Vai
Negrinho, vai estudar!
Neste
setor vemos a importância dos estudos na trajetória de
Abdias. |
Comissão
de Frente: União das Raças
Representa a união dos povos, brancos e negros
juntos sem diferenças. |
1° Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Raízes Africanas
O casal Representa à grande influencia da cultura
africana na vida de Abdias. |
1 |
A Bênção |
Ala das Baianas |
Representa a bênção dos orixás no inicio dessa caminhada. |
Iolanda |
Alegoria 1
(Abre-Alas): A Força da Sabedoria
A Alegoria Representa todo o poder de
transformação que o conhecimento pode gerar. |
2° Setor: Suas formações
Neste setor vemos toda
trajetória de estudos e formações de Abdias |
2 |
O Negrinho na
Escola |
Ala das Crianças |
A sede do
negrinho humilde por conhecimento e saber. |
Izabel e Juarez |
3 |
Doutor dos Números |
|
Agora ele se forma Bacharel em
Economia. |
|
4 |
O Negro no Mundo
dos Brancos. |
|
. Fundou a
cadeira de Cultura Africana do Novo Mundo, no Centro de
Estudos Porto-riquenhos, na Universidade do Estado de Nova
York. |
|
5 |
O Artista |
|
Representa a importância das
artes plásticas na sua vida. |
|
6 |
O Poeta |
|
Representa seu
amor pela literatura. |
|
7 |
O Teatro |
Ala de Passistas |
Percepção do Teatro como
instrumento de transformação social. |
|
3° setor: A luta pelos
direitos do negro
Toda
sua luta e sonhos dos direitos dos afro-descendentes
|
8 |
Carandiru |
Bateria |
1941 o ano que foi preso no presídio do Carandiru. |
Mestre Eduardo |
9 |
Teatro
Experimental do Negro |
|
TEN, espaço onde
o negro experimentava ser o protagonista, sem ser
marginalizado. |
|
2° Casal
de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Atores teatrais
Atores negros protagonistas das peças do teatro
experimental do negro. |
10 |
Ativista
Anti-racismo |
|
Grande Ativista
do Movimento Negro |
|
11 |
Ditadura Militar |
|
Soldados da Ditadura Militar
oprimiam todo o tipo de manifestação. |
|
12 |
Parlamentar |
|
Como Parlamentar
criou leis em prol dos negros. |
|
13 |
Direitos Humanos |
|
Foi
titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos
Humanos. |
|
14 |
Mensageiro de
Zumbi |
Velha Guarda |
Dividindo os
mesmos ideais Zumbi e Abdias, lutaram pela liberdade e
direitos dos afro-descendentes |
Zilar |
|