FICHA TÉCNICA 2002

 

Carnavalesco     Roberto Reis e Antônio Sérgio
Diretor de Carnaval     Olivier (Pelé)
Diretor de Harmonia     Sérgio Negão
Diretor de Evolução     Sérgio Negão
Diretor de Bateria     Mestre Manobo
Puxador de Samba Enredo     Palito do Porto
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Rogerinho e Aline
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Gugu e Gisele
Resp. Comissão de Frente     Déo
Resp. Ala das Baianas     Preta
Resp. Ala das Crianças     Íris e Brito

 

SINOPSE 2002

África, o exuberante paraíso negro

Introdução:

           Abre-se um cenário na mente do artista, cenário esse que não podemos passar incontinente, devido a força de um povo, que tinha na sua maior riqueza a música, a magia, a religião e toda uma cultura.
           Entre todos os continentes, a África, "Mãe África", ficou conhecida como negro: devido a cor da pele de seu povo, puro e simples, mas de uma imaginação riquíssima, criou-se em meio a um panorama selvagem no sentido do purismo, um habitat bem natural,era o seu paraíso. Na natureza aprendeu a captar a sua energia vital, nela encontrou os seus deuses e sua fé, idolatrando rios, cachoeiras, matas, pedreiras, as chuvas, os relâmpagos, os trovões, o mar. Acreditavam nas divindades da caça, pesca, guerra, metalurgia, medicina, no poder do sol, da lua, da terra e na vida energética da flora e fauna.
           Harmonizavam-se no espaço cósmico, os homens e os deuses. Suas oferendas se relacionavam com a natureza, pêlos deuses para o homem e esse relacionamento deu asas a criatividade.
           No interior das florestas, o negro descobriu o som, nos troncos ocos das árvores e uma infinidade de tambores, congos, atabaques passavam a ecoar nas noites quentes. O africano assimilou a percussão ao seu canto de lamento ou alegria, a exaltação ou pedido de ajuda aos seus deuses, e a dança que em quase todo o seu ritual, adquiriu o poder profundo da natureza. A esse conjunto de artes, música e dança, o negro incorporou a arte marcial, simples rústico e selvagem.
           Mas, sem dispensar a música em sua preparação. Nas comunicações através das densas selvas, os tambores ecoavam como transmissões de mensagens. Para isso, os sons foram codificados.
           Das sementes e cascas de árvores foram surgindo contas e berloques, dos pássaros obtinham as penas, das palmeiras a palha, dos animais o couro e a pele. A mente do homem foi mais adiante. Passou a usar o barro, que já servia em seus utensílios e em suas construções, fazendo contas (que conhecemos com o nome de firmas). Descobriu os dentes dos animais, e como trabalha-los foi o passo seguinte. Não foi difícil chegar ao uso das presas dos elefantes, trabalharam o marfim. Os chifres dos animais foi outra meta, e com eles pequenos círculos com perfurações no meio. Não deixaram de ver o mar e encontraram o coral, as conchas e os búzios. Não ignoravam a metalurgia, trabalhando o ferro, o cobre, o ouro e a prata, usando ainda pedras preciosas. O resultado de tudo isso foi uma riqueza exuberante em adorno e adereços que coloriu o colo, os braços, as pernas e orelhas. A tecelagem foi uma arte que o negro desenvolveu por si. Na realidade, o africano tirou partido dessa arte. Colorindo suas vestimentas com uma riqueza ímpar. O tear era empregado no fabrico, conheciam o algodão, a lã e mesmo a seda, seus trajes eram ricos e suntuosos, com os quais, aliados à imaginação, atingiram um estágio de grande visual.

Resumo:

           Numa terra onde os deuses são parte da natureza, onde o convívio com eles faz parte do dia a dia. Só eles poderiam acobertar a vida material da natureza. O negro tirou a sua fé, sua música e dança, suas jóias e roupas, e dela ainda surgiu a moradia. Seus sistemas de construções brotaram no meio ambiente como um todo, onde tinha barro era como se o barro explodindo do solo formassem abrigos. Onde havia floresta, os troncos se entrelaçando formavam às selvas, como se estivessem camufladas.
           Assim o Cubango vem para à avenida, mostrar essa maravilha do povo africano, de uma cultura inegável, rica, ímpar entre todas as culturas pela sua exuberância.
           E com isso contribuíram para o enriquecer e construir culturas em novas terras, uma "lLU - AYÊ". (terra da vida)

Organograma do desfile:

1ª parte: "A natureza"

           A maior força de vida do negro africano, um povo, puro e simples. Que aprendeu a conviver na natureza, a captar sua energia vital. Nela encontrou seus deuses e a sua fé.

2ª parte: "Oferendas"

           Suas oferendas se relacionavam com a mãe natureza: das ervas, aos frutos e legumes, dos animais e pássaros aos peixes, uma verdadeira harmonia dos homens com os deuses "orixás", um agradecimento.

3ª parte: "Música e dança"

           O negro descobriu na floresta o som nos troncos ocos das árvores, e aí veio os tambores, congos, atabaques, o cora um instrumento feito do fruto da baobá (árvore sagrada), corneta de chifre de antílope, flauta de bambu etc., O negro africano pode ecoar seus atabaques nas noites quentes, assimilando a percussão ao seu canto de lamento ou alegria, tocar e cantar para seus deuses "orixás", a esse conjunto juntaram as danças.

4ª parte: "Artesanato"

           Um conhecimento vasto, tudo tirado da mãe natureza: semente e cascas de árvores foram surgindo contas e berloques, dos pássaros as penas, das palmeiras a palha, dos animais o couro e a pele, e dentes, das presas dos elefantes chegam ao marfim, do barro seus utensílios e construções, no mar os corais, conchas e búzios, na tecelagem o negro desenvolveu esta arte, tirou partido com um vasto conhecimento no fabrico do algodão, a lã, e a seda, colorindo seus tecidos com uma riqueza ímpar, na metalurgia, trabalhando o ferro, o cobre, prata e ouro, usando ainda pedras preciosas, o resultado de tudo isso foi uma riqueza exuberante em adorno e adereço.

Sinopse para os compositores:

           A proposta do nosso carnaval é exatamente resgatar a identidade da Escola, vamos apresentar um carnaval afro, que rebusca na memória da Acadêmicos do Cubango a sua própria característica.
           África, o exuberante paraíso negro
           Numa terra onde os deuses são parte da natureza, onde o convívio com eles faz parte do dia a dia.   Só eles poderiam acobertar a vida material da natureza.   O negro tirou a sua fé, sua música e dança, suas jóias e roupas, e dela ainda surgiu a moradia.    Seus sistemas de construções brotaram no meio ambiente como um todo, onde tinha barro era como se o barro explodindo do solo formassem abrigos.    Onde havia floresta, os troncos se entrelaçando formavam as selvas.
           Assim a Cubango vem para a Sapucaí mostrar essa maravilha do povo africano, de uma cultura inegável, rica, impar entre toda as culturas pela sua exuberância.
           E com isso contribuíram para enriquecer e construir culturas em novas terras, uma ILU-AYÊ -terra da vida.
           O enredo está dividido em quatro setores:

  • 1º Setor: A natureza

  • 2º Setor: Oferendas

  • 3º Setor: Música e Dança

  • 4º Setor: O artesanato

1º Setor: A natureza - O negro africano aprende a conviver com a natureza e capta a energia vital, encontra em seus deuses a sua fé.

  • Comissão de Frente: Ilu-Ayê, a terra da vida

  • Destaque de chão: Exú, senhor dos destinos e dos caminhos

  • Alegoria 1: Abre alas - Representa a natureza e os elementos que ilustram o cenário paradisíaco do continente africano, a exuberância da fauna e flora da região.
    Fantasias que compõe o carro:
    Destaques:
    N° 1 – Xangô - Valmir
    N°2- Oxossi - Paulo César
    N° 3 - Ossanaha - Angela
    N°4 - Oxumarê - Bruno
    N° 5 - Oxum - Andreia
    N° 6 - Yemanjá – Regina
    Composições: Figuras femininas representam a Adoração à Natureza.

  • Ala nº 1 - Exú, o mensageiro

  • Ala nº 2 - Ogum, deus do ferro

  • Ala nº 3 - Yansã, deusa dos raios

  • Ala nº 4 - Yemanjá, deusa das águas

  • Ala nº 5 - Baianas - Supremacia africana

2º Setor: Oferendas - suas oferendas se relacionavam com vários elementos da natureza, uma verdadeira harmonia entre os homens e os orixás, um agradecimento.

  • Alegoria 2: Uma reverência ao nosso Rei maior Oxalá, O Senhor dos orixás.
    Fantasias que compõe o carro:
    Destaques:
    1 - Oxalá - Mauro
    2 - Reverência ao Rei Maior - Gil Gouveia
    Composições: Figuras femininas representam as mucamas de Oxalá.

  • Ala nº 6 - Foliões Paracambi - Terra Sagrada

  • Ala nº 7 - Universitários - Canto da Terra

  • Ala nº 8 - Paracambi e você - Nobres Sacerdotes

  • 1º casal de Mestre Sala e Porta Bandeira

  • Ala nº 9 - Bateria - Fauna e Flora

  • Ala nº 10 - Passistas Feminino - Dança Africana

  • Ala nº 10 A - Passistas Masculino - Dança Africana

  • Ala nº 11 - Alegria dos Ogedas - Raça Guerreira

  • Ala nº 12- Crianças - Filhos da Mãe África

  • Projeto Mestre Sala e Porta Bandeira

3º Setor: Música e Dança - O negro descobriu na floresta nos troncos ocos das árvores o som. Surgiram os tambores, congos, atabaques, chifres de antílopes, e muito mais. Assim o negro assimilou a percussão ao seu canto de lamento ou alegria, tocar, cantar e danças par a os seus deuses.

  • Alegoria 3: Música e Dança - o negro dança e canta, louva a terra os deuses e toda a natureza em seu esplendor.
    Fantasias que compõe o carro:
    Destaques:

  • 1 -O som da floresta - (Buba)
    2 - Noite de festa - (Kassá)
    3 - Canto de alegria - (José)
    4 - Dança dos Orixás - Zeny
    5 - Riqueza da terra africana - (Luiz)
    Composições: Figuras masculinas com atabaques e grupo de dança (coreografia) alusão à dança africana.

  • Ala nº 13- União Familiar - Louvor da Terra Africana

  • Ala nº 14- Somos Amigos - Ritimo Africano

  • Ala nº 15- Guerreiros do Cubango - Fauna, Riqueza da Terra

  • Ala nº 16-Sol de Iguaba Grande - O Segredo das Florestas

  • Ala nº 17 - Brilho dos Olhos - Dança e Música

4º Setor: O artesanato - um conhecimento vasto, tudo tirado da mãe natureza: a palha, contas, apele de animais, marfins. Do Barro utensílios, do mar conchas e búzios.

  • Alegoria 4: O artesanato - A beleza do trabalho artesanal tribal e as moradias em barro e palha.
    Fantasias que compõe o carro:
    Destaques:
    1 - Arte Negra - (Amaro)
    2 - Filhas da Arte Africana - (Ana)
    3 - Filhas da Arte Africana - (Elga)
    Composições: Elementos masculinos representam homens tribais.

  • Ala nº 18 - Nós e o Samba - Alegria do Povo

  • 2º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira

  • Ala nº 19 - Tira Onda em Iguaba Grande - A nobreza das peles

  • Ala nº 20 - Alegria do Povo de Iguaba Grande - A magia das máscaras
    Ala nº 21 - Iguaba Grande - Jogo de Búzios

  • Ala nº 22 - Justiça - A riqueza dos marfins

  • Ala nº 23 - Velha Guarda

  • Ala nº 24 - Compositores

  • Ala nº 25 - Axé na Avenida - Pais de Santo (encerra o desfile)

 

SAMBA ENREDO                                                2002
Enredo     África, o exuberante paraíso negro
Compositores     Jacy Inspiração, Celso Tropical, Rogerão e Gilberth Castro

Tão linda igual a cor da noite
Pureza simboliza a raça
Nesse paraíso exuberante
Onde a natureza é divinal

Doce fonte de riquezas que seduz

A força da mensagem cristalina
Que o negro traduz na fé
Na crença, no rito e na reza
Momentos de pedir axé
Nas oferendas em louvor aos orixás
No ecoar do toque do tambor

O negro canta, o negro dança
Esperança de um tempo promissor

Com inteligência e imaginação
Desperta o poder de criação
A beleza do artesanato
É o retrato que fascina a multidão
É arte, é cultura e poesia
Obras desta raça milenar
Multicolorindo o dia-a-dia
A gente não se cansa de exaltar

Ilu-ayê mãe África
Negra forma de viver
Ago-iê mãe África

Hoje a CUBANGO é você