África, o exuberante paraíso
negro
Introdução:
Abre-se um cenário na mente do artista, cenário esse que não podemos passar incontinente, devido a força de um povo, que tinha na sua maior riqueza a música, a magia, a religião e toda uma cultura.
Entre todos os continentes, a África, "Mãe África", ficou conhecida como negro: devido a cor da pele de seu povo, puro e simples, mas de uma imaginação riquíssima, criou-se em meio a um panorama selvagem no sentido do purismo, um habitat bem natural,era o seu paraíso. Na natureza aprendeu a captar a sua energia vital, nela encontrou os seus deuses e sua fé, idolatrando rios, cachoeiras, matas, pedreiras, as chuvas, os relâmpagos, os trovões, o mar. Acreditavam nas divindades da caça, pesca, guerra, metalurgia, medicina, no poder do sol, da lua, da terra e na vida energética da flora e fauna.
Harmonizavam-se no espaço cósmico, os homens e os deuses. Suas oferendas se relacionavam com a natureza, pêlos deuses para o homem e esse relacionamento deu asas a criatividade.
No interior das florestas, o negro descobriu o som, nos troncos ocos das árvores e uma infinidade de tambores, congos, atabaques passavam a ecoar nas noites quentes. O africano assimilou a percussão ao seu canto de lamento ou alegria, a exaltação ou pedido de ajuda aos seus deuses, e a dança que em quase todo o seu ritual, adquiriu o poder profundo da natureza. A esse conjunto de artes, música e dança, o negro incorporou a arte marcial, simples rústico e selvagem.
Mas, sem dispensar a música em sua preparação. Nas comunicações através das densas selvas, os tambores ecoavam como transmissões de mensagens. Para isso, os sons foram codificados.
Das sementes e cascas de árvores foram surgindo contas e berloques, dos pássaros obtinham as penas, das palmeiras a palha, dos animais o couro e a pele. A mente do homem foi mais adiante. Passou a usar o barro, que já servia em seus utensílios e em suas construções, fazendo contas (que conhecemos com o nome de firmas). Descobriu os dentes dos animais, e como trabalha-los foi o passo seguinte. Não foi difícil chegar ao uso das presas dos elefantes, trabalharam o marfim. Os chifres dos animais foi outra meta, e com eles pequenos círculos com perfurações no meio. Não deixaram de ver o mar e encontraram o coral, as conchas e os búzios. Não ignoravam a metalurgia, trabalhando o ferro, o cobre, o ouro e a prata, usando ainda pedras preciosas. O resultado de tudo isso foi uma riqueza exuberante em adorno e adereços que coloriu o colo, os braços, as pernas e orelhas. A tecelagem foi uma arte que o negro desenvolveu por si. Na realidade, o africano tirou partido dessa arte. Colorindo suas vestimentas com uma riqueza ímpar. O tear era empregado no fabrico, conheciam o algodão, a lã e mesmo a seda, seus trajes eram ricos e suntuosos, com os quais, aliados à imaginação, atingiram um estágio de grande visual.
Resumo:
Numa terra onde os deuses são parte da natureza, onde o convívio com eles faz parte do dia a dia. Só eles poderiam acobertar a vida material da natureza. O negro tirou a sua fé, sua música e dança, suas jóias e roupas, e dela ainda surgiu a moradia. Seus sistemas de construções brotaram no meio ambiente como um todo, onde tinha barro era como se o barro explodindo do solo formassem abrigos. Onde havia floresta, os troncos se entrelaçando formavam às selvas, como se estivessem camufladas.
Assim o Cubango vem para à avenida, mostrar essa maravilha do povo africano, de uma cultura inegável, rica, ímpar entre todas as culturas pela sua exuberância.
E com isso contribuíram para o enriquecer e construir culturas em novas terras, uma "lLU - AYÊ". (terra da vida)
Organograma do desfile:
1ª parte: "A natureza"
A maior força de vida do negro africano, um povo, puro e simples. Que aprendeu a conviver na natureza, a captar sua energia vital. Nela encontrou seus deuses e a sua fé.
2ª parte:
"Oferendas"
Suas oferendas se relacionavam com a mãe natureza: das ervas, aos frutos e legumes, dos animais e pássaros aos peixes, uma verdadeira harmonia dos homens com os deuses "orixás", um agradecimento.
3ª parte:
"Música e dança"
O negro descobriu na floresta o som nos troncos ocos das árvores, e aí veio os tambores, congos, atabaques, o cora um instrumento feito do fruto da baobá (árvore sagrada), corneta de chifre de antílope, flauta de bambu etc., O negro africano pode ecoar seus atabaques nas noites quentes, assimilando a percussão ao seu canto de lamento ou alegria, tocar e cantar para seus deuses "orixás", a esse conjunto juntaram as danças.
4ª parte:
"Artesanato"
Um conhecimento vasto, tudo tirado da mãe natureza: semente e cascas de árvores foram surgindo contas e berloques, dos pássaros as penas, das palmeiras a palha, dos animais o couro e a pele, e dentes, das presas dos elefantes chegam ao marfim, do barro seus utensílios e construções, no mar os corais, conchas e búzios, na tecelagem o negro desenvolveu esta arte, tirou partido com um vasto conhecimento no fabrico do algodão, a lã, e a seda, colorindo seus tecidos com uma riqueza ímpar, na metalurgia, trabalhando o ferro, o cobre, prata e ouro, usando ainda pedras preciosas, o resultado de tudo isso foi uma riqueza exuberante em adorno e adereço.
Sinopse para os
compositores:
A proposta do nosso carnaval é exatamente resgatar a identidade da Escola, vamos apresentar um carnaval afro, que rebusca na memória da
Acadêmicos do Cubango a sua própria característica.
África, o exuberante paraíso negro
Numa terra onde os deuses são parte da natureza, onde o convívio com eles faz parte do dia a dia. Só eles poderiam acobertar a vida material da natureza. O negro tirou a sua fé, sua música e dança, suas jóias e roupas, e dela ainda surgiu a moradia. Seus sistemas de construções brotaram no meio ambiente como um todo, onde tinha barro era como se o barro explodindo do solo formassem abrigos. Onde havia floresta, os troncos se entrelaçando formavam as selvas.
Assim a Cubango vem para a Sapucaí mostrar essa maravilha do povo africano, de uma cultura inegável, rica, impar entre toda as culturas pela sua exuberância.
E com isso contribuíram para enriquecer e construir culturas em novas terras, uma ILU-AYÊ -terra da vida.
O enredo está dividido em quatro setores:
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1º Setor: A natureza
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2º Setor: Oferendas
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3º Setor: Música e Dança
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4º Setor: O artesanato
1º Setor: A natureza - O negro africano aprende a conviver com a natureza e capta a energia vital, encontra em seus deuses a sua fé.
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Comissão de Frente: Ilu-Ayê, a terra da vida
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Destaque de chão: Exú, senhor dos destinos e dos caminhos
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Alegoria 1: Abre alas - Representa a natureza e os elementos que ilustram o cenário paradisíaco do continente africano, a exuberância da fauna e flora da região. Fantasias que compõe o carro:
Destaques:
N° 1 – Xangô - Valmir N°2- Oxossi - Paulo César
N° 3 - Ossanaha - Angela N°4 - Oxumarê - Bruno
N° 5 - Oxum - Andreia N° 6 - Yemanjá – Regina Composições: Figuras femininas representam a Adoração à Natureza.
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Ala nº 1 - Exú, o mensageiro
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Ala nº 2 - Ogum, deus do ferro
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Ala nº 3 - Yansã, deusa dos raios
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Ala nº 4 - Yemanjá, deusa das águas
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Ala nº 5 - Baianas - Supremacia africana
2º Setor: Oferendas - suas oferendas se relacionavam com vários elementos da natureza, uma verdadeira harmonia entre os homens e os orixás, um agradecimento.
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Alegoria 2: Uma reverência ao nosso Rei maior Oxalá, O Senhor dos orixás. Fantasias que compõe o carro:
Destaques:
1 - Oxalá - Mauro 2 - Reverência ao Rei Maior - Gil Gouveia
Composições: Figuras femininas representam as mucamas de Oxalá.
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Ala nº 6 - Foliões Paracambi - Terra Sagrada
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Ala nº 7 - Universitários - Canto da Terra
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Ala nº 8 - Paracambi e você - Nobres Sacerdotes
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1º casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
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Ala nº 9 - Bateria - Fauna e Flora
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Ala nº 10 - Passistas Feminino - Dança Africana
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Ala nº 10 A - Passistas Masculino - Dança Africana
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Ala nº 11 - Alegria dos Ogedas - Raça Guerreira
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Ala nº 12- Crianças - Filhos da Mãe África
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Projeto Mestre Sala e Porta Bandeira
3º Setor: Música e Dança - O negro descobriu na floresta nos troncos ocos das árvores o som. Surgiram os tambores, congos, atabaques, chifres de antílopes, e muito mais. Assim o negro assimilou a percussão ao seu canto de lamento ou alegria, tocar, cantar e danças par a os seus deuses.
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Alegoria 3: Música e Dança - o negro dança e canta, louva a terra os deuses e toda a natureza em seu esplendor. Fantasias que compõe o carro: Destaques:
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1 -O som da floresta - (Buba)
2 - Noite de festa - (Kassá) 3 - Canto de alegria - (José) 4 - Dança dos Orixás - Zeny 5 - Riqueza da terra africana - (Luiz) Composições: Figuras masculinas com atabaques e grupo de dança (coreografia) alusão à dança africana.
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Ala nº 13- União Familiar - Louvor da Terra Africana
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Ala nº 14- Somos Amigos - Ritimo Africano
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Ala nº 15- Guerreiros do Cubango - Fauna, Riqueza da Terra
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Ala nº 16-Sol de Iguaba Grande - O Segredo das Florestas
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Ala nº 17 - Brilho dos Olhos - Dança e Música
4º Setor: O artesanato
- um conhecimento vasto, tudo tirado da mãe natureza: a palha, contas, apele de animais, marfins. Do Barro utensílios, do mar conchas e búzios.
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Alegoria 4: O artesanato - A beleza do trabalho artesanal tribal e as moradias em barro e palha. Fantasias que compõe o carro: Destaques:
1 - Arte Negra - (Amaro) 2 - Filhas da Arte Africana - (Ana) 3
- Filhas da Arte Africana - (Elga)
Composições: Elementos masculinos representam homens tribais.
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Ala nº 18 - Nós e o Samba - Alegria do Povo
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2º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
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Ala nº 19 - Tira Onda em
Iguaba Grande - A nobreza das peles
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Ala nº 20 - Alegria
do Povo de Iguaba Grande - A magia das máscaras Ala nº 21 -
Iguaba Grande - Jogo de Búzios
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Ala nº 22 - Justiça - A riqueza dos marfins
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Ala nº 23 - Velha Guarda
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Ala nº 24 - Compositores
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Ala nº 25 - Axé na Avenida - Pais de Santo (encerra o desfile)
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