FICHA TÉCNICA 2013

 

Carnavalesco     Severo Luzardo
Diretor de Carnaval     ................................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................
Resp. Galeria de Velha Guarda     ................................................................

 

SINOPSE 2013

Teimosias da imaginação

A distancia medida pela pobreza
não pode impedir o reconhecimento;
e nem a arte, nem a capacidade de imaginar,
cabem nos rótulos baseados em origem social!

I

Todo artista tem que ir aonde o povo está!
Portanto, avante Cubango, nosso rumo é a Sapucaí e o Universo Criativo,
acompanhados do insubordinado Samba,
que carrega nas entranhas o desejo de sonhar:
quem já admira, aplauda,
E quem não alcança tanta originalidade, acorde e reconheça!

Empunhem retalhos de tecidos, latinhas de alumínio,
plástico, CDs, papelões, franjas, fitas, fuxicos e crochês,
troncos e galhos secos, pó de serra, coco, babaçu, látex.
Da moringa de barro, façam corpo de boneca,
E ao manto de Nossa Senhora,
Misturem panos de Yansã e Nanã.

II

Seria mais belo ver no Museu que ver empinado no céu do Cruzeiro do Sul?
Porque um mundo feito a maquina,
não compreende a beleza dos bordos irregulares do barro...

Escapemos do formalismo convencional esterelizante,
Fujamos das normas que desvirtuam a vocação.
Vamos superar a fronteira mentirosa que separa a arte em diversas categorias
(para supervalorizar aquela que interessa ao poder da hora, definidor).
Deixem os vidrados escorrerem desigualmente,
Apreciem a boniteza torta das canecas,
E a falta de equilíbrio total das jarrinhas.

A efemera arte carnavalesca,
retratando nossas obras-primas que não tem Agente nem falam inglês.
Tratamos daqueles que teimam em libertar o impulso imaginativo,
ainda que não tenham estudado nas Belas Artes universitárias,
e não se submetem aos cânones do “bom gosto” dos caras-pálidas.

Eles estão longe das galerias da moda.

Eles transcendem e flagram a força estética do nosso povo,
numa atividade solitária e única, sem pretensa erudição.

III

Viajemos aos rincões distantes do Brasil,
Onde o talento emana do brasileiro povo persistente, escancarando imaginários.
Habitam reinos de riquezas, não verbalizados nem justificados,
porque cada obra identifica um momento único,
em assinaturas que ecoam no infinito do tempo:
inspiração.

Memória misturada, liberdade espantosa,
irradiando uma sensibilidade incomum,
no desenho simples (e muito elaborado),
de um amorfo que vai ganhando significados Brasis.

A força de jazidas submersas,
Que nos leva a refletir sobre quem somos e de onde viemos.
Sofisticadas tramas cerzidas de penas, seda, argila, ferro e madeira: tradições!
Processos de construção simbólica da mais genuína arte brasileira.
Cordões em pêndulos para se entregar a Deus,
Que sopra a glória da vida nos mais diferentes suportes:
Impressionantes bonecos, pipas, quadros, brinquedos, grafites e plataformas virtuais.
Fazem, conhecem, expressam forças mentais.
Talento dos dedos de Artistas, que faz chorar de emoção;
um segredo, em mistério insondável da Criação.

IV

Eles estão pelos portos, nas feiras, em praças publicas.
Deles se diz: “sujeito que faz uns troços de barro ou de madeira",
ou "um tipo meio maluco que vive meio entocado lá pras bandas do rio”.
Vidas em andanças, esperas e insistências.

E para que não fiquem famosos apenas depois de mortos,
Porque somos um povo ainda por descobrir nossa identidade cultural,

Aqui estão as mãos dos Mestres:

Dim, brinquedeiro nordestestino;
J. Borges, cordelista;
Bonequeiros Dona Isabel Cunha e Mestre Expedito;
Grafiteiros urbanos;
Ceramista Indígena Mestre Cardoso;
Reciclagem em Instalações de Cícero Alvesa;
Luzia dos Santos e seus Pavões de Cerâmica;
Os palhaços de resina de Mirtes Rufino;
Joca Galo com seus Galos metálicos;
Estandartes de Marcelo Brant;
Os Papangus de Sivonaldo Araújo;
A arte ingênua de Emerlinda;
Joana Lira e suas Instalações;
Rendas de Sami Hilal;
Xilogravuras de Derlon Almeida;
Esculturas de Miguel dos Santos;
Cerâmicas de Manoel Galdino;
Mestre Gerard, o Santeiro de Barro;
Bispo do Rosário, e suas Roupas para encontrar Deus;
As Pandorgas (pipas) de Valdir Agostinho;
Os Brinquedos de Getúlio Damado;
Gentileza e seus Murais...

E como carnaval também tem Mão de Mestre
O Vime do Victor e o Metal precioso de Shangai!

V

Resumo da Ópera:
dentre a gente simples e sábia, celebremos nossos Artistas.
Encham então os pulmões e cantem, com galhardia:
Arte, Artista, Povo Brasil.

Em vez de pegar o martelo e mandar a estátua falar,
Peguem as baquetas e ordenem às criações geniais,
Obras de arte que tanto orgulham a Cubango e os Brasileiros:
Sambem!

Milton Cunha, a partir da concepção do Carnavalesco Severo Luzardo Filho.
Pesquisa Julio Cesar Farias

 

SAMBA ENREDO                                                2013

Enredo     Teimosias da imaginação
Compositores     Junior Duarte, Carlinhos da Penha, Huguinho, Coquinho e Felipe de Paula

Eu vi brilhar!!!
Um sonho “especial” na imensidão
“As teimosias da imaginação”
Levam o “artista” onde o povo está
Nos faz acreditar, que a “arte” é fonte singular
Desperta o “dom” em cada ser
Conduz a inspiração
Criar, pois a beleza é fato aos olhos de quem vê
Renova a emoção a cada amanhecer
Pra história se reinventar

Poder da criação, detalhes tão sutis
Num toque divinal, revela seus “Brasis”

Sonha... O sublime deslize do “cinzel”
Borda, molda o “barro”. É o destino feito a mão
Clama! Ao talento que encanta o coração
Dos grandes mestres imortais
Nos muros há vida, delírios de um sonhador
Do “vime” ao “metal”, a mente genial, a dádiva do criador ô ô
Canta meu povo que a festa é nossa
Faz da avenida um lindo “painel”
A bateria “folgada” faz bossa
E o nosso limite é o céu

A obra mais bela dessa “galeria”
Meu samba é magia, se espalha no ar
É minha Cubango, “deusa” da folia
O show vai começar!!!