FICHA TÉCNICA 2002

 

Carnavalesco     Antônio Carlos da Costa (Tony)
Diretor de Carnaval     Ubiraci de Oliveira
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     Renato Alves Gomes
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     Ubiracira de Oliveira

 

SINOPSE 2002
De azul e branco o Dendê canta a Bossa Nova, chega de saudades...

              Incompreendida no início, a bossa nova, depois de firmar-se no Brasil, acabou por ganhar o mundo, influenciar a música internacional e transformar a criação musical popular subseqüente.
Movimento renovador da música popular brasileira, influenciado pelo jazz, a bossa nova surgiu na Segunda metade da década de 1950 entre jovens de classe média da zonal sul do Rio de Janeiro. Caracterizou-se por romper com as fórmulas tradicionais de composição e instrumentação, por harmonia mais elaboradas e por letras coloquiais.
              À época do surgimento da bossa nova, a música popular brasileira vivia um momento de impasse, em que os ritmos americanos e caribenhos dominavam o mercado fonográfico. Nesse contexto, um público carioca de elite, do ponto de vista econômico e cultural, redescobriu o samba nascido nos morros e nos subúrbios, criado e interpretado por músicos populares. Esse público era também ouvinte de jazz, que teve influência decisiva precursores da bossa nova: Dick Farney, o conjunto vocal Os Cariocas, Antônio Maria, Ismael Neto, Johnny Alf, Nora Nei, Doris Monteiro e Maísa.
              A partitura da peça Orfeu da Conceição, de 1956 projetou mundialmente os nomes de Antônio Carlos Jobim (Tom), e de Vinícius de Morais, como letrista. Em 1958 foi lançado o disco Canção de amor demais, com músicas e arranjos de Tom e Vinícius, com a cantora Elizete Cardoso. Apontado mais tarde como um antecedente direto da bossa nova o disco apresentava em algumas faixas o violinista João Gilberto, cuja revolucionária batida sincopada caracterizaria, daí em diante, a bossa nova.
              Em 1959 foi lançado Chega de saudade, disco considerado o marco fundador da bossa nova, com composições de Tom, Vinícius, Newton Mendonça, Carlos Lira e Ronaldo Bôscoli, ao lado de autores tradicionais, como Ari Barroso e Dorival Caymmi. Interpretadas no estilo contido e coloquial de João Gilberto e acompanhadas pela batida de seu violão, as músicas desse disco apresentavam um surpreendente predomínio dos tons menores, o que simulava desafinação. Desafinado, aliás, era o título de uma faixa das faixas, que se tornaria um clássico do movimento.
              Vários nomes logo se destacaram como compositores, além dos já citados: Baden-Powell, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Sérgio Ricardo, Luís Bonfá, Geraldo Vandré e João Donato, entre outros. Entre os intérpretes, que inauguraram um estilo isento de impostação e virtuosismo, cabe destacar as cantoras Sílvia Teles, Nara Leão e Adelaide Costa; e os conjuntos Quarteto em Cy, Sexteto Bossa Rio, Tamba Trio e Zimbo Trio. Em 1962, um polêmica apresentação de bossa nova no Carnegie Hall de Nova York projetou internacionalmente o movimento.
              Além dos nomes mais ligados muitos outros compositores e intérpretes, como Dolores Duram, Maísa, Billy Blanco, Juca Chaves e Lúcio Alves se deixaram influenciar por ele. Outros foram divulgadores da bossa nova nos Estados Unidos, como Maria Elena Toledo, Astrud Gilberto e Sérgio Mendes.
              Embora bem recebida pelo público jovem, a bossa nova era criticada por seu alheamento aos problemas sociais. O espetáculo Opinião foi o divisor de águas entre a chamada “música de apartamento”, repassa de humor, ironia e nostalgia, centrada no amor e rica em imagens como a do “barquinho a deslizar no macio azul do mar”, e a música engajada, chamada “de protesto”.
              Opinião apresentava dois compositores de origem popular, o maranhense João do Vale e o carioca Zé Keti, mais forem especialmente jovens de classe média os que mais se destacaram como autores da música de protesto: Marcos e Paulo Sérgio Vale, Geraldo Vandré e Téo de Barros, Ruy Guerra, Oduvaldo Viana Filho, Ari Toledo e, sobretudo Carlos Lira e Sérgio Ricardo.
              A partir de 1964, a bossa nova começou a perder espaço, que foi ocupado por outras tendências, como o tropicalismo ou a jovem guarda. A música popular, no entanto, estava radicalmente mudada e revalorizada. A influência da bossa nova foi determinante na obra dos excepcionais compositores que se lhe seguiram, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Edu Lobo, Milton Nascimento, Gilberto Gil, entre outros.

Antônio Carlos da Costa

 

SAMBA ENREDO                                                2002
Enredo     De azul e branco o Dendê canta a Bossa Nova, chega de saudades...
Compositores     Luizinho, Ratinho, Márcio Monteiro e Julinho

Anoiteceu
E novamente vim cantar nesta folia
o samba mandou me chamar
e eu vou contar, 50 anos da bossa nova
poesias e canções
que encantam corações
O Brasil é um expoente e o Dendê se faz presente
Neste palco de ilusões

Quando ela passa
cheia de graça
Num doce balanço a caminho do mar
garota de ipanema
És mais que um poema para o meu carnaval

Dá o tom, Jobim
Que saudades mata assim
cantando
Deixando o corpo balançar
sitonia em cada voz
alegria no olhar
Vinícios, Caetanos e outros mais
são tantas emções, canção amor demais
E agora
bailando na melodia
voa pomba e contagia
faz meu povo delirar

De azul e branco eu vou ôôô
sentir o seu calor
chega de saudades amor