FICHA TÉCNICA 2008

 

Carnavalesco     Almir Junior e Cahê Rodrigues
Diretor de Carnaval     Sergio Carneiro (Serjão)
Diretor de Harmonia     Sergio Carneiro (Serjão)
Diretor de Evolução     Sergio Carneiro (Serjão)
Diretor de Bateria     Gilson Nunes
Puxador de Samba Enredo     Anderson Kybba
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Marcelo Borges e Pamela Christo
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Edmar Andrade e Michelle Souza
Resp. Comissão de Frente     Claudio Dita
Resp. Ala das Baianas     Marilene
Resp. Ala das Crianças     Marisa do Amparo
Resp. Galeria de Velha Guarda     Georgina Rodrigues e Tia Bambi

 

SINOPSE 2008

A Corte do Samba e a Corte Real apresentam: O Brasil Colonial

Sinopse:

          O G.R.E.S Acadêmicos do Sossego, não tem como objetivo contar na íntegra a história do Brasil Colonial, mais sim os fatos considerados pela agremiação como de suma relevância para a história do Brasil.

Os índios: verdadeiros donos do Brasil

          Os índios viviam em um conjunto de várias ocas que formavam uma taba (aldeia). Muitas tabas (aldeias) constituíam uma tribo. O conjunto de tribos formava uma nação indígena, onde as mulheres cuidavam das crianças, preparavam a comida, faziam potes e cestos, cuidavam das lavouras. Os homens dedicavam-se à guerra, caça, pesca, confeccionavam canoas, construíam cabanas e limpavam a mata para a lavoura. Tupinambá, a principal tribo.
          O termo "tupinambá" significa "o mais antigo" ou "o primeiro", e se refere tanto a uma grande nação de índios, da qual faziam parte, dentre outros, os Tamoios, os Temiminó, os Tupiniquim e os próprios Tupinambá, como a tribo Tupinambá propriamente dita.
          Apesar de terem raízes comuns, as diversas tribos que compunham a nação Tupinambá lutavam constantemente entre si, movidas por um intenso desejo de vingança que resultava sempre em guerras sangrentas em que os prisioneiros eram capturados para serem devorados em rituais antropofágicos.Também era comum a intercessão junto aos espíritos dos pajés, o uso dos maracás, chocalhos místicos cujo uso era obrigatório em qualquer cerimônia.
          Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral, que mesmo temendo os mares bravios, pois acreditava que nele existiam grandes monstros marinhos, que poderiam engolir as suas caravelas e consequentemente toda a sua tripulação, avistaram novas terras.
          A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil. Após deixarem o local, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
          Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.
          A partir de 1530 MARTIM AFONSO DE SOUSA, a mando de D. JOÃO III, que também enviou (a igreja católica), organizou expedições com interesse na colonização, pois havia receios que navegadores e piratas franceses, holandeses e ingleses, por ficarem de fora do TRATADO, estivessem praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Onde os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.
          A igreja católica exerceu importante papel na organização da sociedade colonial brasileira. Isso ocorreu porque o estado português e a Igreja Católica tinham fortes vínculos.
          Entre as ordens que atuaram no Brasil colônia, citam-se os franciscanos, os beneditos, os carmelitas, os Templários ou Ordem de Cristo e principalmente os jesuítas. Essas ordens religiosas vieram para o Brasil com a tarefa de evangelizar e educar índios e colonos. Para guiar a alma do Cristão, a igreja estava presente em todos os momentos significativos da vida cotidiana, desde o nascimento até a morte. Durante a missa, o sermão do padre servia também para divulgar informações sobre a vida da colônia, cumprindo o papel de noticiário.
          Após as experiências positivas de cultivo na Região Nordeste do Brasil, já que a cana se adaptou bem ao clima e ao solo, teve início o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil.
          Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o Brasil em capitanias hereditárias. O território foi dividido em quinze faixas de terras doadas aos donatários. Estes podiam explorar os recursos da terra, mas ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão.
          A pecuária desempenhou grande papel na economia colonial pois fornecia à população carne, força motriz para os engenhos, couro com suas múltiplas utilidades e os animais de transporte para as zonas mineradoras. Representava um negócio interno e seus lucros foram diretamente incorporados pela colônia mesmo sendo atividade bastante rudimentar.
          No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. O transporte era feito da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil. O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos, onde os integrantes viviam em liberdade.
          Nos quilombos, os negros podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi dos Palmares.

"O negro foi á base do sistema colonial do Brasil. Mais do que pés e mãos dos engenhos, os negros foram pés e mãos do Brasil."

          As Bandeiras eram expedições financiadas por comerciantes, fazendeiros e traficantes de bugres. Nos finais do século XVII, as primeiras pepitas de ouro recolhidas nos ribeirões do Carmo. Entraram para a história do Brasil como bandeirantes.
          Bandeirantes eram os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes penetravam no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.O sonho das riquezas estimulou a penetração, e foram surgindo arraiais.
          No século XVII, o barroco era um trabalho artístico, executado por gente da terra, mestiços, com matéria-prima local. A arte sacra era o mercado de trabalho, e era sinônimo de pompa e riqueza. O barroco era o estilo das formas dramáticas, grandiosas e opulentas, voltadas à decoração. Exprimiu as incertezas de uma época que oscilava entre velhos e novos valores. Era o marketing da contra reforma, com toda grandeza artística extasiando e arrebatando fiéis à Igreja Católica. Existiram vários artistas da era barroca;
          Na pintura destacam-se: o mineiro Manoel da Costa Ataíde (Mestre Ataíde), autor da pintura de Nossa Senhora, e anjos, com traços mestiços.
          Na escultura destacam-se: Valentim Fonseca e Silva (Mestre Valentim, RJ ,e Antônio Francisco Lisboa ("o Aleijadinho", MG).
          Na música destacam-se: Francisco Gomes da Rocha e, sobretudo, Lobo de Mesquita.
          O ciclo do ouro se constituiu um dos episódios básicos da história brasileira do século XVIII. Favoreceu o povoamento do interior. Surgiu um novo tipo de sociedade (mais flexível que a do açúcar).
          Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal (O ouro era monopólio real), tratou de organizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio.
          A descoberta de ouro e o início da exploração da minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocou uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do país partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia.Com isso cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões.
          Após a saturação da extração do ouro, começaram a extrair diamantes.
          Em função da exploração exagerada da metrópole, ocorreram várias revoltas e conflitos neste período, no qual citamos a : Inconfidência Mineira (1789) : liderada por Tiradentes, os inconfidentes mineiros queriam a independência do Brasil de Portugal. O movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e os líderes condenados.

Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida para o Rio de Janeiro

          A Europa estava sendo devastada pelo furacão Napoleão que mexeu em todos os tronos europeus. Em 27/11/1807 a corte, desesperada, se atropela com pressa e desordem no cais de Belém, para embarcarem rumo ao Brasil.
          A cidade andava extasiada com as notícias de que estava próximo o dia do rei, em pessoa, estar na exuberante capital tropical, e o vice-rei e capitão geral do Brasil, Dom Marcos de Noronha e Brito, apoiado pelos grandes da terra, preparavam a recepção e a instalação da corte.A corte desembarcou em 7/3/1808, no RIO DE JANEIRO.
          Dom Pedro, príncipe do Brasil, esperava a avó, a rainha, Dona Maria 1ª, a Louca, que aos urros entremeados de lamúrias e exclamações de Ai Jesus !, Ai Jesus ! Desembarcara no Brasil...

Almir Junior e Cahê Rodrigues

 

SAMBA ENREDO                                                2008
Enredo     A Corte do Samba e a Corte Real apresentam: O Brasil Colonial
Compositores     Jorginho do Bairro, Dedé da Martins e Ivan di Wanda
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