Brasil - Um coração
que pulsa forte
"Pátria de Todos
ou Terra de Ninguém?"
Muito antes de 1500, nas altas esferas celestiais, viu-se que
a velha Europa não havia compreendido as mensagens espirituais de
paz e amor entre todos os homens sobre a terra. Era necessário ir
em busca de continentes ignorados, onde espíritos jovens e simples
aguardavam a semente de uma nova vida.
Sob a intervenção sagrada, nasce a escola ( de Sagres) que possibilita
os conhecimentos necessários para se transpor a imensidão dos perigosos
e solitários oceanos que separavam esses dois mundos. Do velho, veio
o português que, em busca de novos caminhos, é pego pelas calmarias
dos ventos e com a força do sopro divino encontra o novo continente.
Avista-se, enfim uma nova terra; o santuário onde os mortais poderiam
reunir-se pela cultura e terem mais uma vez a chance de recomeçar.
Deparam-se então com um imenso paraíso de igual esplendor, um novo
país que se chamaria Brasil.
Pronto, o lugar sagrado havia sido encontrado, mas isso não bastava
para um novo recomeço, era necessário ainda um surgimento de uma nova
raça. Mais uma vez a intervenção divina se fez presente, propiciando
o encontro entre a civilização de pele clara e com o povo nativo de
cor dourada nos corpos, que nestas terras estavam desde os mais remotos
tempos defendendo a cultura das florestas, tem inicio a fusão das
raças que mais tarde se completaria ao mesclar-se com os da pele negra
como ébano trazidos da África distante, aqui seriam os olhos e os
braços dos donos de minas, os pastores dos rebanhos, as bestas de
carga, seriam os ombros, as costas e as pernas que fariam o país andar;
o ventre que geraria imensa população mestiça e o seio que amamentaria
os filhos dos senhores.
Viriam ainda outros povos, de outras terras: corsários, aventureiros
e e inconscientemente também contribuíram para a mistura de culturas
e espíritos, transformando esta terra idealizada na Pátria de todos
os povos.
Fruto dessa miscigenação racial nasce o povo Brasileiro, os novos
escolhidos incumbidos com a missão de compreender e repassar as mensagens
divinas.
Em uma determinada cidade, que mais tarde chamaria-se São Vicente
e se tornaria o berço da democracia nas três Américas, um dos primeiros
degredados alforria-se de Pátria e se investe de paixão por tão belo
lugar. Ali, esta nova raça começa a organizar-se socialmente e a desenvolver-se
até povoarem o vasto território.
A incompreensão por parte dos primeiros escolhidos das palavras
provindas do céu acaba por causar-lhes desentendimento entre si e,
mais uma vez, influenciados pelos espíritos superiores, a realeza
portuguesa, que já estava incomodada com degredado e pretendendo afastá-lo
daquela terra, é conduzida até o novo mundo, aqui contribuem para
edificação da Pátria nossa. Nasce então a cidade de São Sebastião
do Rio de Janeiro, para após sua reurbanização, passaria a colônia
a ser o reino do Brasil, a sede da monarquia portuguesa. Um momento
importante desta época á a chegada da missão artística francesa, preparando
o Rio, através da arte, para os dourados anos da Bela Época que uniu
a beleza incomparável da natureza da cidade com fascínio que a influência
francesa trouxe para as suas ruas e salões.
Tudo parecia estar propício para a propagação das mensagens sagradas,
apenas um detalhe interrompeu o processo; éramos uma nova raça mas
continuávamos a ser humanos, portanto éramos falhos e mais uma vez
erramos. E pelos séculos afora o erro foi se acumulando através das
gerações tomando proporções alarmantes, culminando nos caos atual.
Estamos num campo de batalha, numa guerra espiritual contra nós
mesmos, onde não há vencedores, existe apenas o ser humano. O mesmo,
em todas as catástrofes: frágil, aflito e necessitado, e que, ainda
assim, encontra forças para sorrir mesmo tendo sua dignidade ferida,
um povo capaz de fazer festa mesmo quando tem seus direitos arrancados
por mãos disfarçadas sob as máscaras de governantes.
O que fizemos? Onde erramos? Porque transformamos a "Terra
Prometida", a escolhida para ser a nova " Terra Santa"
em uma Terra de Ninguém. Sem dono, sem leis, sem coração... um mundo
desumano.
Bem! A única coisa que sabemos é que o caminho percorrido até então
não era o correto. Devemos ultrapassar os obstáculos ocultos pela
ignorância e adquirir as riquezas do conhecimento. Somos um povo de
paz, devemos ir em busca de preservar a integridade do ser humano;
não repetindo os mesmos erros, mas buscando em cada geração um indivíduo
mais evoluído, mais perto da perfeição.
A Beija Flor de Nilópolis está dando a sua contribuição, a missão
de difundir as mensagens sagradas de paz, harmonia, humildade, fidelidade
e amor. Mostrando assim que o Brasil não é apenas mais uma nação,
é ainda, acima de tudo, uma terra de intenso calor humano, de uma
gente que fala através de sentimentos, transformando este país em
algo muito maior do que um vasto território limitado por fronteiras,
num verdadeiro gigante pela própria natureza, dotado de um coração
de uma terra mãe gentil; um coração que pulsa forte a cada dia, na
certeza de seus filhos não fugirão da luta em busca de que esse mundo
seja um lugar mais digno de se viver. Afinal esta raça foi preparada
para ser os olhos, o pulmão, e o coração do corpo; a luz, a alegria
e a força espiritual do planeta!
Desenvolvido por:
Laila, Cid Carvalho,
Shangai, Fran Sérgio, Ubiratã Silva, Nelson Ricardo
|