O
Brasil dá o ar da sua graça de Ícaro a Ruben Berta o ímpeto
de voar...
Ah!
O que seria da humanidade se não fossem os pássaros com seus bailados
cruzando os céus e lhe despertando a imaginação.
Pobre
humanidade. Jamais seria capaz de explicar a emoção que o alçar vôo
causa dentro de cada um de nós ao sentirmos o solo correndo sob os
nossos pés para depois ir se afastando, cedendo lugar ao macio flutuar
em direção aos céus.
Mas
foi a busca dessa emoção que motivou tantos homens, lendários ou tornados
lendários a irem em busca de seus sonhos, de seus ideais.
Ah!
Sonhos, sonhos...
De
ir mais além e chegar próximo ao sol.
De
soltar a imaginação e confortavelmente sentado sobre tapetes flutuar
e ir ao encontro de gênios saídos de lâmpadas e garrafas mágicas.
Ou
simplesmente cruzar o céu, vencendo a poderosa força da gravidade
e pousar logo ali como faziam os pássaros com maestria.
Ou
sonhar mais alto, dando asas a imaginação, alcançar as estrelas, os
planetas e colocar os pés na lua.
Sonhemos
então com uma viagem rumo à Grécia para um encontro com Dédalo e Ícaro.
Ou
então nos debrucemos nas palavras proféticas do precursor Leonardo
da Vinci e suas criações voadoras.
Dos
visionários Santos Dumont, o grande Pai da Aviação Mundial, e Ruben
Berta que, com o poder de prever o que iria acontecer adiante, apresentou
um gigante chamado Brasil para todo o mundo através da aviação.
Que
imensa e eterna gratidão à todos os pioneiros na arte de voar, que
com os pés no chão mas o pensamento nos céus, nos fizeram chegar nas
alturas e alcançar a imensidão.
Mas como esquecer os pássaros.
Sim,
os pássaros, no fundo... No fundo, os verdadeiros Pais da Aviação.
Como
esquecer da graciosidade do vôo de um Beija-Flor. Ah! Esse pequenino
pássaro multicor que como fizeram outrora seus antepassados inspirou
a nossa agremiação a adotar o seu próprio nome e emprestou suas asas
para que ela, cruzando o céu, chegasse aos quatro cantos do mundo.
No
céu e para os céus!
Pois
se pararmos para analisarmos que em várias religiões a idéia da morte
nada mais é que uma grande viagem aos céus em direção a um paraíso
que lá existe, poderíamos afirmar que na verdade poder voar é muito
mais que sonhar ou viajar no sentido singular dessas palavras.
Voar
é poder estar, voar é poder se sentir mais perto do criador.
Assim,
sendo, não façamos da lua e das estrelas uma guerra de interesses
obscuros. Continuemos
sim, usando-as como inspiração para nossas poesias, para nossa música,
enfim, para todos os artistas espalhados pelo mundo. Que no lugar
da dor da ganância, seus raios luminosos continuem embalando os eternos
apaixonados.
E
já que os próprios anjos, à semelhança dos pássaros, ganharam asas
para livremente viajarem entre o céu e a terra, que venha o infinito,
por que o céu não é o limite!
Comissão
de Carnaval 2002
Sinopse Completa
Ah!
O que seria da humanidade se não fossem os pássaros com seus bailados
cruzando os céus e lhe despertando a imaginação. Pobre humanidade.
Jamais seria capaz de explicar a emoção que o alçar vôo causa dentro
de cada um de nós ao sentirmos o solo correndo sob os nossos pés para
depois ir se afastando, cedendo lugar ao macio flutuar em direção
aos céus. Mas foi a busca dessa emoção que motivou tantos homens,
lendários ou tornados lendários a irem em busca de seus sonhos, de
seus ideais. Ah! Sonhos, sonhos... De ir mais além e chegar próximo
ao sol. De soltar a imaginação e confortavelmente sentado sobre tapetes
flutuar e ir ao encontro de gênios saídos de lâmpadas e garrafas mágicas.
Ou simplesmente cruzar o céu, vencendo a poderosa força da gravidade
e pousar logo ali como faziam os pássaros com maestria. Ou sonhar
mais alto, dando asas a imaginação, alcançar as estrelas, os planetas
e colocar os pés na lua. Sonhemos então com uma viagem rumo à Grécia
para um encontro com Dédalo e Ícaro. Ou então nos debrucemos nas palavras
proféticas do precursor Leonardo da Vinci e suas criações voadoras.
Dos visionários Santos Dumont, o grande Pai da Aviação Mundial, e
Ruben Berta que, com o poder de prever o que iria acontecer adiante,
apresentou um gigante chamado Brasil para todo o mundo através da
aviação. Que imensa e eterna gratidão à todos os pioneiros na arte
de voar, que com os pés no chão mas o pensamento nos céus, nos fizeram
chegar nas alturas e alcançar a imensidão. Mas como esquecer os pássaros.
Sim, os pássaros, no fundo... No fundo, os verdadeiros Pais da Aviação.
Como esquecer da graciosidade do vôo de um Beija-Flor. Ah! Esse pequenino
pássaro multicor que como fizeram outrora seus antepassados inspirou
a nossa agremiação a adotar o seu próprio nome e emprestou suas asas
para que ela, cruzando o céu, chegasse aos quatro cantos do mundo.
No céu e para os céus! Pois se pararmos para analisarmos que em várias
religiões a idéia da morte nada mais é que uma grande viagem aos céus
em direção a um paraíso que lá existe, poderíamos afirmar que na verdade
poder voar é muito mais que sonhar ou viajar no sentido singular dessas
palavras. Voar é poder estar, voar é poder se sentir mais perto do
criador. Assim,
sendo, não façamos da lua e das estrelas uma guerra de interesses
obscuros. Continuemos sim, usando-as como inspiração para nossas poesias,
para nossa música, enfim, para todos os artistas espalhados pelo mundo.
Que no lugar da dor da ganância, seus raios luminosos continuem embalando
os eternos apaixonados. E já que os próprios anjos, à semelhança dos
pássaros, ganharam asas para livremente viajarem entre o céu e a terra,
que venha o infinito, por que o céu não é o limite!
Comissão
de Carnaval2002
1
- Os pássaros - O despertar da imaginação Humana
Abrem-se
as cortinas do Tempo... E a uma ordem do criador, separou-se o céu
da terra...
E
fez-se a luz e as trevas...
E
criaram-se os seres vivos... Nesse momento o Criador fez habitar as
águas... As terras... E tão feliz ficou, que em sua divina alegria
criou os seres que habitaram os céus... Para as águas, criou uma infinidade
de seres marinhos. Para as terras, os animais de pelo e couro, e coloriu
com as plantas. Para usufruir tamanha beleza, criou o homem, sua imagem
e semelhança.
A
cada uma das criações concedeu um dom. Mas uma recebeu um em especial
que a transformou em um ser elegante e invejado. A essa criatura ele
deu o dom de voar...
De
todos os animais sobre a terra, os pássaros logo despertaram a admiração
do Homem, pois os dons dos outros animais não superavam os seus. Porém
aquele animalzinho podia mais que ele, tinha graça e beleza... Podia
voar...
Cruzando
os céus, flutuando sobre a terra ou sobre os mares com singular beleza,
essas pequenas criaturas celestes jamais seriam capazes de imaginar
que, o simples agitar de suas asas, seriam definitivos para uma das
mais extraordinárias conquistas humanas.
Conquista
só alcançada graças ao talento de alguns ou a coragem e determinação
de outros. Mas acima de tudo, de qualquer dúvida o homem, feito a
imagem e semelhança do Criador Universal, só conseguiu voar quando
se curvou ao simples e, porque não dizer, vôo de um passarinho.
E
se a idéia de superioridade nos conduz ao sentido de "estar por
cima", temos então que nos curvar sim, aos pássaros e, se possível
o fosse, com eterna gratidão dizer-lhes: - Muito Obrigado!
2
- A Mitologia - Das Asas de Ícaro à Magia Oriental
O
Primeiro símbolo do desejo humano de imitar os pássaros nos conduz
à Mitologia Grega. O Sonho de voar envolveu, desde o início dos tempos,
diferentes povos de culturas igualmente distintas, criando assim seus
mitos.
Assim
na Ilha de Creta, na Grécia antiga, nos deparamos com Dédalo que com
incrível inteligência construiu um labirinto onde se prendeu o Minotauro,
incrível monstro com cabeça de touro. Minos, rei de Creta, sentindo-se
ameaçado por tamanha inteligência, tira-lhe a liberdade e a de seu
filho Ícaro fazendo-os prisioneiros da ilha.
O
mesmo prazer que os pássaros que sobrevoavam Creta pareciam comemorar
com gracioso bailado, inspirou Dédalo a construir, com cera e penas,
asas para ele e seu filho. Alcançando pelo ar, através do vôo, a mesma
sensação que desfrutavam aqueles pequenos seres alados, a liberdade.
Entregando-se
as delícias do vôo e embevecido com o feito de igualar-se aos pássaros,
Ícaro nem percebe que se aproxima demais do Sol, sendo surpreendido
pelo calor que derreteu suas asas e o atirou ao solo.
Mas
se Dédalo e Ícaro viajaram em busca de liberdade, imaginemos então
uma viagem rumo ao Oriente, terra de encantos e magias peculiares.
Não
seria impossível então um encontro com seres mágicos usando calças
bufantes e coletes coloridos e que, saídos de lâmpadas ou garrafas
mágicas, estão sempre dispostos a realizarem desejos aparentemente
irrealizáveis.
E
se, assustados, não identificarmos o que está flutuando sobre nossas
cabeças, basta prestarmos mais atenção para logo chegarmos à conclusão
de que se trata de um magnífico tapete com franjas que, voando entre
majestosos palácios, imediatamente nos remete a estórias milenares.
Como
é impressionante a maneira que o sonho de elevar-se do chão nos faz
viajar a recantos e situações que, talvez a nossa vã consciência,
jamais fosse capaz de nos levar.
E
se desse modo buscamos a liberdade;
Se
procuramos a magia;
Se
desejamos alcançar o desconhecido;
Isso
só é possível se nos permitirmos criar asas, nos tornando, todos nós,
seres alados na nossa própria imaginação.
3
- Leonardo da Vinci - O Renascimento Italiano
Pairava
sobre o Velho Continente uma nova Luz.
Luz
que se refletiu em todos os recantos e iluminou várias e privilegiadas
cabeças daquela época.
Estamos
na Europa do século XV e sentimos a arte e a criatividade fervilhando
em todas as direções.
Profecias
e realizações caminham lado a lado. É, sem dúvida, um momento especialmente
mágico.
No
embalo de tantas conquistas, o maior dos desejos humanos tinha que
se fazer presente.
Voar,
flutuar, tocar as nuvens. Como parecia impossível imitar os pássaros.
Mas
no rastro iluminado que banhou a Europa surge aquele que, adiantando-se
em muitos séculos à sua frente, visualizou a invenção do avião, transformando
em aurora as trevas da Itália de então.
Era
a época do Renascimento que conquistava toda a Europa fazendo renascer
dentro das pessoas o velho desejo humano de voar.
O
brilho desta época se ressalta pelo rompimento com o obscurantismo.
Entra em cena o clássico e o erudito, nascem as escolas de arte, se
aprofundam as ciências. O homem aumenta seus conhecimentos em mecânica,
engenharia, ótica e perspectiva. Viaja corpo adentro evoluindo em
medicina e anatomia, dando novamente um padrão estético as esculturas,
pinturas, trajes e costumes. Viaja corpo afora, estuda a Terra e as
estrelas, reconhece o sol como o centro do sistema e descobre novos
planetas.
Reluz
também a estrela de Leonardo da Vinci. Sábio, cientista e artista
que assombra o mundo com os seus projetos, pinturas e profecias. A
mais fascinante de todas afirmava: "O grande pássaro voará pela
primeira vez sobre o dorso do grande cisne, diante da estupefação
da Terra e encherá toda a história com o seu renome".
Estaria
Da Vinci prevendo o vôo de Santos Dumont (o grande pássaro) sobre
o seu 14-bis (o grande cisne)?
A
história diz que sim...
4
- O Brasil dá Asas ao Mundo
Dominar
somente a terra não parecia satisfazer o ego daqueles homens destemidos
e sonhadores.
O
homem tinha o olhar direcionado para cima. Era necessário ganhar também
os céus, deixando definitivamente para traz a sensação de ter os pés
presos ao chão, de ser limitado.
O
mundo evoluía com uma rapidez impressionante e, em busca desse crescimento,
muitos brasileiros embarcaram rumo à Europa.
Era
necessário beber na fonte desses conhecimentos enchendo, dessa maneira,
suas almas com as novidades que o mundo oferecia.
O
prazer de poder tocar, com a ponta dos dedos, o coração dos céus;
de atingir o infinito e as estrelas; de ser capaz de conquistar, de
ser livre, de voar, inebriava a humanidade.
A
fantástica luta travada com a força da gravidade ganha guerreiros
igualmente fortes e fantásticos. Verdadeiramente podemos afirmar que
entre esses guerreiros foi um brasileiro, mais precisamente no século
XVIII, que com sucesso vence uma das maiores batalhas.
Bartolomeu
Lourenço de Gusmão, cognominado Padre Voador, maravilhou a Corte de
D. João V, rei de Portugal, ao apresentar-lhes sua invenção.
Não
era apenas mais uma criação, mas para espanto de todos os presentes,
tratava-se de um aparelho voador denominado "passarola"
ou "balão de São João".
A
pequena chama que, aquecendo o ar do interior da esfera de papel,
a fez elevar-se diante do rei, ganhando a altura da torre de Lisboa
parecia ter, na sua simplicidade, o mesmo poder da chama que ardia
dentro de cada sonhador daquela época, incentivando continuamente
na busca de assemelhar-se aos pássaros.
No
final de 1800, Paris também reunia grande número de aeronautas, estudantes
das mais variadas ciências, imbuídos em transformar o futuro em presente,
o balonismo em moda, aumentando assim as possibilidades de vôo com
um aparelho "mais-pesado-do-que-o-ar".
E
é na cidade Luz, em 1891, que aporta o brasileiro que seria conhecido
mundialmente como o "Pai da Aviação".
Alberto
Santos Dumont, inventor, construtor e acima de tudo sonhador, domina
os balões quando consegue lhes dar dirigibilidade. Ao mesmo tempo
assombra a Europa ao realizar o primeiro vôo público em aparelho "mais-pesado-do-que-o-ar",
o 14-bis, consolidando enfim, o sonho milenar da raça humana.
"O
14-bis parecia-se com um ganso sem cauda e de longo pescoço".
As características apontadas em um comentário da época lembram um
cisne e não um ganso, o que nos remete novamente à profecia de Leonardo
da Vinci.
5
- Ruben Berta - O Pássaro do Progresso
Quando
as coisas precisam acontecer parecem ganhar uma incrível força que
não se consegue explicar.
Aparentam
ser manipuladas por mãos dotadas de poderes incalculáveis. Se para
uns poderíamos chamá-la apenas de coincidência, para tantos outros
a mais convincente explicação seria chamá-la de toque divino.
Como
nada é por acaso, em 1907, em Porto Alegre, extremo sul do Brasil,
nascia praticamente junto com o avião, aquele que iria não só transformar
a aviação no mais moderno meio de transporte nacional, mas em grande
fator de utilidade pública.
Ruben
Berta, o "pássaro do progresso" brasileiro, envolveu-se
com a aviação de maneira, pelo menos, curiosa.
A
atração pelo pioneirismo do empreendimento aliado ao velho desejo
humano de poder voar, invadem o pensamento de Berta e o conduzem a
aceitar o desafio de trabalhar na primeira companhia de aviação em
implantação em Porto Alegre.
Começava
assim a saga daquele que, dotado com o poder de prever o que aconteceria
adiante, viveria por, aproximadamente 40 anos, fazendo da sua vida
uma entrega incondicional ao trabalho. Uma firme determinação de vencer,
a qual misturava grandes doses de razão e emoção, temperadas com uma
fé inabalável nos seus valores e princípios. Com uma sensibilidade
incomparável soube, com maestria, levar civilização às populações
extremamente atrasadas em relação as cidades litorâneas, fazendo-as
em, alguns casos, conhecer o avião antes mesmo do que o automóvel.
O
Sul conhece o Sudeste, o Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O Brasil
conhece enfim os "Brasis" que não conhecia.
Voar...
Viajar... Desbravar... Plantar... Dentro e fora do Brasil, tornou-se
a sua aventura pessoal e acabou levando-o a todas as rotas e horizontes.
Obra do tempo e do trabalho, transformando o desconhecido gaúcho em
um respeitável cidadão do mundo.
Convicções
pessoais, embasadas em teorias sociais e mesmo em encíclicas papais,
tiveram sua importância no desenvolvimento e implantação de um projeto
que se caracterizava como novo e ousado.
Ao
pressentir ameaças próximas e intuir futuras, sobre tudo as de estatização,
levou a aprovação pela assembléia de acionistas o projeto da Fundação
dos Funcionários da companhia que, daí por diante, seria controladora
e principalmente a dinamizadora da mesma.
Sendo
todos os empregados seus filiados, seriam os beneficiários dos lucros
da companhia.
Mas
outra idéia força parece ter sido a grande mola propulsora:
Acreditar
nas pessoas e em suas potencialidades;
Acreditar
que elas podem aliar seus objetivos pessoais ao sucesso do empreendimento.
Que podem ser convencidas, em especial, pelo exemplo de seus dirigentes;
Que é através do esforço pessoal, da dedicação e do amor ao trabalho
que os frutos virão, mas que são também o apoio, o reconhecimento
desses esforços e a possibilidade de participação que as estimularão
a aumentarem seus conhecimentos e a desenvolverem, em caráter permanente,
o desejo de bem servir.
Berta
nos deixa então como legado a sua luta determinada em favor dos mais
necessitados.
Um
grande exemplo que, se tivesse sido seguido por outras pessoas, provavelmente
teriam nos levado a uma realidade diferente.
Ao
propor a divisão de lucros através da criação da Fundação, Ruben Berta
automaticamente influi para que cada trabalhador possa também voar
com confiança em busca de novos horizontes.
O
desemprego diminui e enfraquece o ser humano;
A
miséria, irmã do desemprego, nos arranca a esperança, nos arrastando
para o caos social.
O
fim está próximo e se faz anunciar quando uma avalanche de insegurança
nos faz prisioneiros de nossas próprias casas, apoiada no total descaso
e incompetência de empresários e autoridades governamentais.
O
que Berta sempre almejou com o seu projeto ousado e renovador foi,
acima de simplesmente montar uma companhia, criar condições para que
o funcionário fazendo parte do todo, mesmo não sendo o dono, se sentisse
como tal.
As
pessoas têm o direito de serem felizes em suas casas, nos seus empregos,
felizes com o seu trabalho e consigo mesma.
Essa
é a direção que temos que seguir, essa é a missão que Berta nos deixou.
De
mãos dadas, ligados por uma fé constante, voemos juntos. Pois não
têm poder que mude isso.
6
- Portas e Janelas se Abrem para o Mundo
Movido
por seu eterno sonho, Berta o nosso destemido "Bandeirante do
Ar", ao mesmo tempo em que lutou, com força e determinação em
busca de transformar o cidadão brasileiro em um ser mais digno e respeitado,
que abriu os olhos dessa criança nação para as belezas e riquezas
que ela própria desconhecia, buscava também com um coração cheio de
orgulho apresentar esse torrão abençoado a todos os cantos do mundo.
Assim
como se preocupou em atrelar ao sucesso, a classe trabalhadora, também
sonhava Berta levar a bandeira do Brasil aos quatro cantos do mundo,
e voando sobre dificuldades, sem se deixar abater, conquista primeiro
o nosso próprio continente. Dessa maneira as Américas, uma a uma,
país a país são atingidos pela flecha dos pampas.
O
Brasil começa então a ser apresentado ao mundo.
A
flecha corta o ar, sobre os oceanos, chegando à Europa, o Velho Continente,
o continente da sabedoria.
Em
sua trajetória destemida alcança também a África, o continente negro.
Conquistando
por fim o Oriente Médio, recanto místico e mágico, estava o mundo
dessa maneira ligado por uma ponte aérea, viabilizando em curto espaço
de tempo, se trocar de cidade, de estado, de país e até mesmo de continentes.
Podia
de fato agora o homem brasileiro ser considerado cidadão do mundo.
Estava o Brasil ligado ás nações mais avançadas do planeta.
Nas
asas do Ícaro moderno, nossos atletas chegaram às Olimpíadas.
Essas
mesmas asas nos trouxeram os maiores expoentes das artes e das ciências
e aos representantes da política mundial foi possibilitada grande
troca de experiências.
O
Brasil abraça também os maiores líderes religiosos sem qualquer discriminação.
Abrem-se as portas e janelas para as novidades da alta tecnologia,
que chegam ao mesmo tempo em que são criadas no exterior.
Os
produtos da produção brasileira alcançam os mercados internacionais,
colocando-nos no hall dos países de ponta.
Fazemos
parte agora de um mundo que caminha de maneira acelerada em direção
a globalização, apoiado no bater incansável das asas do progresso.
7
- A Terra é Azul - A Conquista do Espaço
Muito
tempo se passou desde a primeira tentativa do homem de voar. As simples
e rústicas aeronaves que pouca segurança ofereciam, deram lugar a
sofisticadas engenhocas.
O
homem realmente criou asas, alcançou as estrelas, os planetas, o sol,
a lua e até novas galáxias.
Solta-se
finalmente as amarras do futuro.
De
um futuro que requer muito mais do que ficção e mitos, precisa de
tecnologia avançada e moderna para que o homem nunca pare o processo
de evolução, vencendo obstáculos e se superando cada vez mais, conquistando
não só a atmosfera da Terra mas, chegando muito além, alcançar o infinito.
A
velocidade do avião se põe a prova, e voando mais alto que os pássaros
o homem chega ao espaço...
O
futuro é presente, quando Yuri Gagarin completou a órbita em torno
da Terra e reentrou com sucesso.
Yuri
Gagarin não era nenhum Apolo, nem tinha veia poética... Mas foi muito
feliz na sua primeira e simples frase: "A Terra é Azul!...".
Os
astronautas Neil Armstrong e Edwin "Buzz" Aldrin caminharam
na lua. 17 anos após, é construída a mais avançada Estação Espacial,
a MIR, que significa Paz, tinha agora o homem, endereço e morada no
espaço, os astronautas da MIR, ficaram em órbita por mais tempo que
quaisquer outros.
Os
foguetes não tripulados foram projetados para investigar os limites
do Sistema Solar, através deles o homem alcançou Netuno. Estes foguetes
poderão enviar-nos dados que nos ajudem a compreender melhor as origens
do Universo e a teoria do Big-Bang.
E
se o céu de hoje, cortado por pássaros de aço repletos de luz, é o
maior símbolo da persistência do homem na busca de elevar-se do solo
e ganhar as alturas, também nos faz voltar no tempo, para exaltarmos
os pássaros.
Sim,
os pássaros, no fundo... No fundo, os verdadeiros Pais da Aviação.
Como
esquecer da graciosidade do vôo de um Beija-Flor. Ah! Esse pequenino
pássaro multicor que como fizeram outrora seus antepassados inspirou
a nossa agremiação a adotar o seu próprio nome e emprestou suas asas
para que ela, cruzando o céu, chegasse aos quatro cantos do mundo.
E
já que o céu não é o limite, seria o Disco voador uma "Beija-Flor
Espacial"???
Organograma
Setor 01: Os Pássaros - O
Despertar da Imaginação Humana
Setor 02: A Mitologia - Das Asas de Ícaro à Magia Oriental
Setor 03: Leonardo da Vinci - O Renascimento Italiano
Setor 04: O Brasil dá Asas ao Mundo
Setor 05: Ruben Berta - O Pássaro do Progresso
Setor 06: Portas e Janelas se Abrem para o Mundo
Setor 07: A Terra é Azul - A Conquista do Espaço
Bibliografia
- Conselho
Editorial - Fundação Ruben Berta, "de Homens e Ideais - Os
Cinqüenta Anos da Fundação Ruben Berta", Prêmio Editorial Ltda,
1996.
-
Da Costa, Fernando Hipólito, "Santos-Dumont - História e Iconografia",
Villa Rica Editoras Reunidas Ltda, 1990.
- Varig,
"VARIG - Uma Estrela Brasileira", Action Editora Ltda,
1997.
- Tenan,
Coriolano Luiz, "Aviação de Outrora - Memórias", Conselho
Editorial INCAER / Companhia Brasileira de Artes Gráficas, 1995.
- Santos
Dumont, Alberto, "O Que Eu Vi, O Que Nós Veremos", Fundação
Projeto Rondon - MINTER - Ministério da Aeronáutica", 1986.
- Enciclopédia
Barsa
- Antoine
de Saint - Exupéry, "O Pequeno Príncipe"
Pesquisa
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