O povo conta a sua história:
"saco vazio não pára em pé". A mão que faz a guerra faz a
paz.
Como estaríamos vivendo hoje
se o primeiro homem, ao desobedecer ao Deus Criador não fosse expulso
do paraíso?
Estaríamos nós, desfrutando da fartura dos Jardins do Éden?
Mas a ira do Senhor nos deu um mundo pecador como herança.
Cavaleiros em seus cavalos de fogo foram enviados dos céus para anunciar
o Apocalipse.
A terra conheceu a fúria dos sinais do Cataclismo Celestial.
Multiplicaram-se as guerras.
A peste se espalhou implacável.
A morte tornou-se vulgar.
A fome assolou sem piedade a humanidade.
O mundo conhece o caos moral e espiritual.
O fim parece muito próximo.
É tempo das grandes navegações na Europa.
As nações se lançam ao mar.
Dessa maneira a luz superior que a tudo vê, soprou os ventos da justiça
e da misericórdia empurrando as embarcações para uma terra nova e distante.
Suas árvores ofereciam frutos em quantidade.
De suas fontes honravam águas límpidas e cristalinas.
Ali não existiam nem ricos, nem pobres.
Apenas uma gente de alma pura e simples, porém feliz, vivendo em igualdade,
fraternidade e liberdade.
Ah! Deus de piedade!
Destes ao homem uma nova chance, destes ao homem um verdadeiro paraíso
terrestre.
Mas a ganância dos descobridores é cega e cruel.
Ignoram o colorido das aves.
A beleza rara das borboletas.
O perfume mágico das flores.
Apresentaram sem dó, nem piedade aos nativos do Éden terrestre
um inferno onde a dor, a fome e a escravidão eram senhoras absolutas,
filha legítima da ganância.
Ah! Ganância...
Foi em teu nome que invadiram o continente negro.
Humilharam, escravizaram, desrespeitaram os Deuses Africanos.
Arrancaram à força de sua pátria mãe os povos negros.
Do negreiro pra senzala.
Maltrapilhos, miseráveis.
Na oferenda aos Orixás o lamento e as suplicas por liberdade e dignidade
que ficaram na terra distante.
Definitivamente a ganância espalhou a fome e semeou revoltas pelos quatro
cantos do planeta.
Na Europa o General Fome fez funcionar a guilhotina, degolou cabeças
reais.
Fez o povo tornar a bastilha.
No Brasil, a criança nação, clamava por liberdade. Batia forte
um coração patriota no peito do povo.
De um povo sofrido e oprimido.
Um povo sem direitos.
Sem alternativa.
Mas é no meio do povo, na sua dor, que faz morada a esperança!
Esperança reluzente na figura de Zumbi guerreiro.
Em Palmares ardia a chama da igualdade entre todas as raças.
Nos sertões do país, lutando por justiça social e contra o poder opressor
de sua época, surge um cabra da peste de nome Lampião.
A força mortal não foi capaz de apagar o sonho de ver a pátria e seus
filhos livres do grande mártir Tiradentes.
Mas o tempo passou.
Quase nada mudou.
Somos a pátria das desigualdades.
Filhos do medo.
Da violência crescente.
Do desemprego desolador.
Da fome opressora.
Ah! Brasil continental.
De solo abençoado onde se plantando tudo dá.
Pareceres não saber que todos os seres humanos nascem livres e iguais
em dignidades e em direitos.
Sem distinção alguma de raça, cor, língua cor, religião, que devemos
agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Que temos direitos à vida, a liberdade, a segurança.
Mas em meios a esta eterna luta contra a miséria observamos o nascimento
de uma poderosa guerreira em uma das regiões mais carentes do nosso
estado: a Baixada Fluminense.
Seus filhos simples e humildes ganharam uma grande defensora e porta
voz revestida de muita garra; mas acima de tudo, de muito amor por seus
soldados.
Seu grito de alerta denunciou em nome de gente oprimida.
Seus hinos por igualdade se fizeram ouvir pelos quatro cantos do planeta.
Defendeu o povo de rua, as meretrizes, os pedintes e os desocupados.
Na sua luta, por várias vezes, vestiu seus soldados de reis e rainhas.
Fez lata virar prata, lixo virar ouro.
Em seu nome voltou-se a sorrir, a se ter orgulho.
Voltou-se a sonhar.
Ah! Beija-flor de Nilópolis, da Baixada sofrida.
Por quê o Brasil não fez de você o exemplo?
Devolvendo o cidadão o que lhe foi tirado.
Onde ficou a promessa de povo bem nutrido?
De um país desenvolvido?
Cadê o nosso direito à paz e moradia?
Chega, ninguém agüenta mais!
Chega de ganhar tão pouco, chega de sufoco, Senhores mandatários do
Brasil.
Chega de covardia.
Nos sentimos como índios, primeiros habitantes do nosso Brasil.
Como eles somos vítimas da violência.
Sofremos as estocadas da ganância.
Somos alvos vulneráveis de uma selva de pedra implacável.
Prisioneiros das jaulas que ajudamos a criar.
Mas hoje queremos resgatar o ser humano e exaltar sua redenção.
Oferecemos um grande banquete para celebrar.
Das bandejas o amor transbordar.
Dos pratos de esperanças, a vida brotar.
Doses fartas de fraternidade para brindar.
Aqui, todos são iguais, convidados a participar.
Têm voz para reclamar.
É o momento do desabafo.
Do grito de alerta.
Do pedido de socorro, de cada um de nós.
Vítimas de um dia-a-dia que não hesita em nos fazer sofrer, e muitas
vezes nos negar a esperança para alma e o alimento para o corpo.
Mas Saco Vazio não Pára em Pé!!!
O
que propomos é mais que enredo, é acima de tudo um canto sincero e emocionado
de gratidão às almas e instituição que sempre lutaram ao lado da massa,
em favor dos menos favorecidos. É o próprio povo contando a sua história.
Que o Senhor Deus nos abençoe atenda as nossas preces!
Amém.
Cid Carvalho, Shangai e Laíla (Pesquisa
e texto)
Organograma
de Desfile
Setor 1: Paraíso
celestial
A
visão mais pura do paraíso é a terra do leite e do mel, onde as frutas
aguardam nos pés para serem consumidas pelo homem livre, firmando assim
o amor de Criador e criatura. Feito a sua imagem e semelhança, recebeu
o homem do Pai Celestial, divina morada. Floresta concebida em luz, bordada
em preciosas pedras, que adornaram o amor do Pai, e refletiu no mais puro
cristal, o amor do filho.
Mas
nem a bela morada protegeu o homem, que picado pela senhora desobediência
maculou a confiança divina, que o retirou do mágico recanto e lhe deixou
um mundo pecador como herança.
Setor 2: Apocalipse
- A Ira do Criador
Em
sete dias o Senhor criou o mundo, e destinou às suas criaturas um segundo
da eternidade, e as observou no lento passar do tempo.
E
ao final dos tempos lançou o Senhor mão de quatro cavaleiros em seus cavalos
de fogo e anunciou um grande cataclisma que chamou de Apocalipse separando
dessa forma o joio do trigo, o bem do mal. Foram dias de escuridão, os
cavaleiros apagaram o sol e a lua, terríveis pesadelos, gritos, pragas,
o horror se abateu sobre o mundo.
Os
bons subiram aos céuas e os maus queimaram no fogo eterno, como prova
inexorável de que Deus é o Senhor: O Criador para demonstrar sua ira e
abrir os olhos dos descrentes, usou as labaredas dos confins da terra.
O último grão de areia que caiu da ampulheta do tempo invadiu o coração
do homem e aos que passaram pela fome, peste, guerra e morte, e nele confiaram.
Depois
da prova de fogo, o Senhor devolveu o paraíso a humanidade.
Setor 3: Queda
da Bastilha - A Revolução do Povo
Os
Estados Gerais começam seus trabalhos em Maio de 1789 no Palácio de Versalhes.
Para garantir a vitória, a nobreza quer que a votação seja por classe.
O Terceiro Estado exige votação por cabeça, pois tem 610 deputados, contra
270 da nobreza e 291 do clero, além da adesão de nobres influenciados
pelo iluminismo e de parte do clero. A disposição de liquidar o absolutismo
e realizar as reformas leva a bancada do Terceiro Estado a autoproclamar-se
Assembléia nacional Constituinte, em junho de 1789. A população se envolver.
Revoltas em Paris e no interior, causadas pelo aumento do preço do pão,
culminam no dia 14 de julho com a tomada da Bastilha. Grande parte da
nobreza emigra. Em 4 de Agosto de 1789 a Constituinte suprime o sistema
feudal.
A
declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada pela Assembléia
Constituinte em 26 de Agosto de 1789, tem por base a declaração norte-americana:
defende a propriedade privada como inciolável e sagrada, institui a igualdade
jurídica e a liberdade pessoal. Em Setembro de 1791, fica pronta a Constituição.
Ela institui a monarquia parlamentar com um poder real enfraquecido, proclama
a igualdade civil, consfisca os bens da Igreja e proíbe greves e associações
operárias. A unidade inicial contra os
aristocratas dá lugar à complexa composição partidária. Os girondinos
representam a alta burguesia; têm maioria e o apoio do rei; combatem a
ascensão dos sans-culottes ( sem-calções, o povo ). Os jacobinos representam
a pequena e média burguesia, são mais radicais e, libertados por Robespierra
( 1758 - 1794 ), buscam apoio popular. Os cordeliers, independentes, representantes
do povo pobre, oscilam entre um lado e outro.
Setor 4: As
Grandes Navegações
Pelo
Tratado de Tordesilhas, assinado entre a Espanha e Portugal antes da descoberta
do Mundo Novo uma Linha Imaginária dividia as terras existentes entre
as duas potências.
É
tempo de descobrimento, espanhóis e portugueses lançam-se ao mar. Países
de pequena extensão de terra, Portugal e espanha, expandem seus territórios
através da colonização e franca exploração das terras conquistadas, por
seus intrépidos navegadores, navegar é preciso, viver não é preciso. Sob
esse lema, protegidos por seus monarcas, e movidos pela ganância chegam
os europeus ao novo continente. As colônias se multiplicam.
Sucumbe
ao Sabre e Arcabus a cultura das novas terras. Maldita ambição, em teu
nome, destemidas criaturas cortaram as águas do grande mar, e numa estocada
feriram as montanhas e o coração das florestas em busca de ouro e prata.
Entraram em tamanho delírio com a riqueza encontrada que se banharam por
assim dizer em ouro.
Setor 5: Brasil-
O Paraíso Terrestre
Avista-se,
enfim, uma nova terra; o santuário onde os mortais poderiam reunir-se
pela cultura e terem mais uma vez a chance de recomeçar.
Deparam-se
então com um imenso paraíso de raro esplendor, um novo país que se chamaria
Brasil.
Criaram-se
as entradas e bandeiras, movimentos para interiorizar a pátria nossa,
levando os olhos reais aos mais puros matais, que enriquecia mais e mais
a coroa, mas tornava arredio o dono da terra, que vivia na mata e da floresta
era o senhor.
Mas
era necessário povoar esta nação. Ora, pois pois, lançou-se mão do escravo...
feriram sem dó a Mãe África... Jogados em negreiros, o povo, reis, rainhas,
todos e qualquer um: velhos, mulheres, crianças e guerreiros atravessaram
o grande mar. O africano aqui chegou, na fé de Oxalá. Assim
o Brasil Morenizou.
Setor 6: Heróis
Nacionais - Guerreiros Saídos do Povo
Zumbi dos Palmares
Estendendo-se
de meados do século XVI aos fins do XIX, a escravidão, nas Américas, de
africanos e descendentes foi um dos episódios mais dolorosos da História
da Humanidade. Mas a toda crueldade, que despovoou a África e vitimou
milhões de seus melhores filhos, opôs-se um modelo de resistência admirável:
os quilombos.
Mas
de todos os quilombos amerucanos sem dúvida, o mais importante foi à confederação
de Palmares nascida por volta de 1590, quando escravos de um engenho pernambucano,
depois de uma rebelião sangrenta, refugia-se na Serra da barriga, atual
Alagoas, e lá criam as bases de um incômodo "Estado Livre" em
pleno Brasil Colonial.
Até
a destruição do seu reduto principal, em 1694 ( cem anos depois ), Palmares
foi de fato, um verdadeiro Estado autônomo encravado na capitania de Pernambuco:
no auge de sua produtiva existência suas relações com as comunidades vizinhas
chegaram a ter momentos de uma troca econômica rica e organizada. E essa
autonomia, abalando a autoridade colonial, motivou uma repressão jamais
vista.
De
1596 a 1716, ano da destruição de seu último reduto, os palmarinos suportaram
investidas de 66 expedições militares e atacaram 31 vezes. E em toda essa
luta avulta a figura do grande líder Zumbi. Estrategista comparável aos
grandes generais da História ocidental, como Ciro, Aníbal, Alexandre e
Napoleão, Zumbi dos Palmares, morto à traição em 20 de Novembro de 1695,
aos 40 anos de idade, é "ingresso na História", era afinal a
redenção de um dos maiores heróis da Humanidade.
Inconfidência Mineira
Revolta
contra a dominação colonial, ocorrida no final do século XVIII na região
de Minas Gerais. Na sua maioria, os inconfidentes são membros da elite
mineira. Mas quem se destaca no movimento é o soldado do Regimento dos
Dragões das Minas gerais Joaquim José da Silva Xavier, que entra para
a história como principal líder popular da luta pela Independência do
Brasil.
Conhecido
como Tiradentes, por ter sido dentista antes de entrar para o quartel,
é um homem de muita determinação. Para alguns historiadores, trata-se
apenas de um idealista, ingênuo, manipulado pela elite que comanda a Inconfidência.
De todos os rebeldes condenados, é o único enforcado. A execução ocorre
no Rio de janeiro em 21 de Abril de 1792. Seu corpo esquartejado e a cabeça
é exposta no alto de um poste na praça central de Vila Rica.
Independência
Fim
do Estado de Colônia, mas ainda não um estado Independente. A transferência
da corte portuguesa para o Rio de Janeiro transformou-se em foco de conflito.
Estima-se que cerca de 10 mil pessoas deixaram Lisboa junto coma família
real. A chegada da corte desencadeou um processo de desapropriação das
melhores residências do Rio de Janeiro para alojar os nobres portugueses.
Os donos das casas eram obrigados a cedê-las sem reclamar e, em troca,
recebiam apenas um pagamento simbólico. Além disso, os nobres portugueses
foram nomeados para os melhores cargos do serviço público em prejuízo
dos funcionários brasileiros. A idéia de independência tornava-se cada
vez mais intensa.
Em
1820 políticos portigueses iniciavam uma rebelião que tinha como objetivo
forçar o retorno de João VI a Portugal e recolonizar o brasil, que havia
sido elevado à categoria de Reino Unido em 1825. A revolta dos portugueses,
chamada de Revolução Liberal do Porto, deixou João VI numa situação difícil:
se não retornasse a Portugal correria o risco de perder trono português;
se abandonasse o Brasil correria o risco de perdê-lo para uma revolta
nacional.
Os
políticos de Porto certamente desconheciam a agitação que predominaca
no Brasil naquele momento. O rei, que vivia aqui desde 1808, sabia que
a independência era irreversível; seu retorno a Lisboa representaria,
sem dúvida, a autonomia do Estado brasileiro. João VI voltou para Portugal,
onde reassumiu o trono, e deixou seu filho no Brasil, D. Pedro I, na função
de príncipe regente.
Têm
início em Abril de 1821, as negociações para definir as bases em que se
organizaria o Estado Brasileiro. Portugueses que eram favoráveis à autonomia
do Brasil e representantes das camadas média e alta da sociedade brasileira
participaram dessas negociações com o futuro imperador do Brasil. É importante
informar que uma parte foi contra, chegando a haver uma tentativa de reação
quando o brasil declarou sua independência.
Finalmente
em 1º. De Agosto, um decreto do regente declarava que as tropas portuguesas
que desembarcassem no Brasil seriam consideradas inimigas. O rompimento
com Portugal estava concretizado. No dia 6 de Agosto, foi assinado um
manifesto dirigido "às nações amigas", anunciando a independência
do Brasil, mas ressaltando que continuávamos um "reino irmão de Portugal".
Proclamação da República
Movimento
político-militar que acaba com o Brasil imperial e instaura no país uma
República federativa. A proclamação da República é feita pelo marechal
Deodoro da Fonseca no dia 15 de Novembro de 1889, no Rio de Janeiro.
O
novo sistema de governo é inaugurado depois de uma campanha política que
dura quase 20 anos. Os ideais republicanos são antigos no país, mas é
apenas a partir de 1870 que opinião pública se mobiliza em torno deles.
O esforço nacional em torno da Guerra do Paraguai ( 1865 - 1870 ) coloca
em questão o regime federativo e a escravidão. Em dezembro de 1870, políticos,
intelectuais e profissionais liberais lançam no Rio de Janeiro o Manifesto
Republicano. Defendem um regime presidencialista, representativo e descentralizado.
No ano seguinte, o governo sanciona a primeira lei contra a escravatura.
Daí por diante, as campanhas republicanas e abolicionista caminham paralelas.
Lampião
Virgulino
Ferreira, Lampião, desafiou a seca e as caatigas do nordeste, para defender
o povo abandonado. Enfrentou as volantes do governo, e com seu bando roubou
os poderosos coronéis dos grandes latifundiários e dividiu com
os descamisados cabras da peste.
Setor 7: O
Brasil de Hoje - Caos Social
Oh!
Maldita ambição!
Feristes
o coração humano com as garras da maldade e destruição. Gerando incompreensão,
semeaste orgulho, vaidade e ira, lançando o caos à nação.
Nos
sentimos como índios, os primeiros habitantes do nosso Brasil. Como eles,
somos vítimas da violência, prisioneiros de jaulas que ajudamos a criar,
sofremos as estocadas da ganância. Reféns
que somos do refolgo humano, que alimentamos com o abandono, descaso,
humilhação. Criamos os filhos bastardos da cultura, da fome e da inanição...
Com a desgraça alheia, se construiu fortunas
e se escreveu o nome desta era de dor e desespero Vivemos sob o domínio
das trevas, mergulhados em uma grande e avassaladora falência da sociedade.
Setor 8: O
Banquete do Povo
Considerando
que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família
humana e dos seus direito iguais e inalienáveis constitui o fundamento
da liberdade, da justiça e da paz no mundo; Considerando que o desconhecimentos
e o desprezo dos direitos do homem conduziram a atos de barbárie que revoltam
a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres
humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria,
foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem;
Considerando
que é essencial a proteção dos direitos do Homem através de um regime
de direito, apra que o Homem não seja compelido, em supremo recurso, à
revolta contra a tirania e a opressão;
Considerando
que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre
as nações;
Considerando
que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé,
nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e no valor da pessoa,
na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declaram resolvidos
a favorecer no progresso social e a instaurar melhores condições de vida
dentro de uma liberdade mais ampla;
Considerando
que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com
a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efetivo dos direitos
do Homem e das liberdades fundamentais;
Considerando
que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da mais alta importância
para dar plena satisfação a tal compromisso;
A
Beija-Flor de Nilópolis convida o povo para seu grande banquete, em sua
pomposa redenção final, a apoteose da liberdade, fraternidade e igualdade.
Cid Carvalho, Shangai e Laíla
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