Em
500 anos de glória, Cabo Frio conta sua história
Justificativa:
O GRES do Boi da Ilha do Governador levará para a Avenida o Tema de uma cidade que estará comemorando em 2003 quinhentos anos de descoberta: CABO FRIO.
E importante ressaltar que a História de Cabo Frio, influenciou muito o desenvolvimento "sócio-cultural-econômico" do Estado do Rio de Janeiro, assim, integrando e sendo peça fundamental na História de nosso País.
Através de seus desfile, nossa Agremiação mostrará os seus encantos naturais, monumentos históricos, prática de esportes, badalações noturnas, eventos culturais, principalmente a Cabofolia e o seu Carnaval, considerado como o segundo Carnaval do Estado do Rio de Janeiro.
E através do Carnaval, a maior manifestação cultural brasileira, que mostraremos ao mundo, na Marquês de Sapucaí, 500 anos de glórias de uma cidade que conta e canta sua História...
Sinopse:
Ano
1503; parte a terceira expedição portuguesa para reconhecimento
do litoral brasileiro. Ocorre um acidente pela costa brasileira
e a frota se dispersa; dois navios sob o comando de "Américo Vespúcio", seguem viagem, contornando uma faixa de terra que
se assemelha a um "cabo" e somado aos "frios"
vindos do Atlântico Sul (Fenômeno da Ressurgência), levam os portugueses
a batizar o lugar de CABO FRIO.
Ao
chegar em "Cabo Frio" junto ao porto , os expedicionários
com os cristãos constroem e guarnecem uma fortaleza para explorar
o "Pau-brasil", a qual foi destruída pelos índios Tamoios
devido a muitas desavenças entre eles e os portugueses. Este fato,
no entanto, não impediu que os franceses continuassem a traficar
o "Pau-brasil" e outras mercadorias.
Em 1575, o
Governador do Rio de Janeiro, Antônio Salema, reúne um poderoso
exército com gente da Guanabara, São Vicente e Espírito Santo, apoiado
por grande tropa Tupiniquim catequizada, tendo como objetivo liquidar
o último bastião da confederação dos Tamoios e acabar com o domínio
francês que já durava alguns anos em Cabo Frio. Após a rendição
da fortaleza franco-tamoia, sangrenta batalha foi travada e, as
tropas vencedoras seguem pelo sertão, deixando rastro de uma grande
destruição nas aldeias onde passam e conseguem aprisionar uma quantidade
enorme de índios. Alguns sobreviventes refugiam-se na serra do mar
e Cabo Frio transforma-se em um verdadeiro deserto humano.
Seguida
esta batalha, os portugueses estabelecem um bloqueio naval mais
ou menos eficiente com a base na cidade do Rio de Janeiro; entre
1576 e 1615, o porto volta a ser freqüentado por navios europeus
em busca de pau-brasil, tornando-se também a base para pirataria
contra embarcações portuguesas que procuravam dobrar o cabo.
Em 13 de Novembro
de 1615 com a ajuda de 400 homens brancos e índios catequizados,
é levantada a fortaleza de Santo Inácio e fundada a cidade de Santa
Helena do Cabo Frio.
Em
1616, um rico fazendeiro e comerciante de escravos africanos do
Rio de Janeiro, "Estevão Gomes" é nomeado Capitão-Mor
de Cabo Frio e transfere o sítio da povoação colonial para o bairro
da passagem rebatizando o lugar como cidade de Nossa Senhora da
Assunção do Cabo Frio. Simultaneamente é construído o forte de São
Matheus e destruído o de Santo Inácio; na mesma época dá-se início
a formação de latifúndios.
Em 1617, "Estevão
Gomes" apoia o estabelecimento da aldeia de índios de São Pedro
do Cabo Frio, pelos jesuítas, que abriga 500 tupiniquins catequizados,
com o objetivo de evitar desembarque inimigo europeu na costa.
No
início do século XVIII, o forte de São Matheus é guarnecido e rearmado,
a defesa da Capitania passa a contar com parte da infantaria além
do regimento de cavalaria. A cidade de Cabo Frio expande-se, sendo
reformadas e construídas igrejas. Esta expansão urbana reflete o
sucesso de várias atividades econômicas exportadas para o Rio de
janeiro.
Na agricultura
destaca-se as plantações de anil, coxonilha, legumes, cana-de-açúcar,
mandioca, feijão e milho. Apesar da repressão portuguesa, a produção
de sal ainda é abundante; intermitentemente proibida, esta ordem
nunca foi cumprida, levando ao tráfico do produto marinho. São construídos
dois engenhos para a produção de aguardente e ergue-se a fazenda
Campos Novos, destinada à criação de gado para abastecimento de
açougues cariocas e de lavras de ouro das Minas Gerais.
O
surgimento da construção naval e da indústria do cal ( feitas com
conchas de lagoa ) abrem várias perspectivas econômicas regionais.
A abolição
da escravatura em 1888 desorganiza algumas atividades produtivas,
como a agricultura e a pecuária em pequena escala. A produção do
sal, entretanto, não é afetada, pois há alguns anos se fizera a
substituição do braço escravo pelos imigrantes portugueses do Aveiro.
Embora
a atividade pesqueira continuasse competitiva, em especial depois
da introdução das traineiras na captura em alto mar, até pouco mais
da metade do século XX, o parque salineiro continua a dominar a
produção econômica regional.
A atração
da iniciativa privada para exploração do sistema de energia elétrica
na cidade, a ferrovia Niterói - Cabo Frio e a posterior inauguração
da rodovia Amaral Peixoto contribuem para o aumento da produção
do sal e para o transporte eficiente até a capital da república
e outros importantes centros consumidores do país.
Acontece
o auge do desenvolvimento setorial com a instalação de duas grandes
usinas de beneficiamento de sal em Cabo Frio, e com a construção
do complexo industrial da Cia. Nacional de Álcalis; a crescente
industrialização do município atraiu numerosos trabalhadores brasileiros.
Com, a melhoria
das vias de acesso, as condições climáticas excepcionais, ou seja,
seus recursos naturais, o patrimônio natural e cultural extremamente
atrativos; estimulam o lazer semanal e o turismo das " praias
para o banho ". Antes, era ponto de atração de ricos aventureiros
da cidade do Rio de Janeiro, de encontro social de poucos privilegiados,
de praticantes de esportes náuticos e submarinos. Com a modernização
do atual Município, Cabo Frio melhorou ainda mais sua condição de
cidade turística, transformando-se em um paraíso repleto de esporte
e lazer para todas as idades.
Hoje,
através do nosso Carnaval, o Rei Momo convida a todos para mergulharem
neste mar de alegria, embalados ao som da Cabofolia!