FICHA TÉCNICA 2003

 

Carnavalesco     Cláudio de Jesus
Diretor de Carnaval     Comissão de Carnaval
Diretor de Harmonia     Tio Hélio
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     Mestre Felício
Puxador de Samba Enredo     Cadinho da Ilha, Flávio Martins, Gilson Bacana, Roger Linhares e Nando
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Raphael Rodrigues & Bárbara Leir
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Roberto Vinicius Gama de Carvalho e ???
Resp. Comissão de Frente     Márcio Valente
Resp. Ala das Baianas     Benedita (Tia Bené)
Resp. Ala das Crianças     Fátima

 

SINOPSE 2003

Em 500 anos de glória, Cabo Frio conta sua história

Justificativa:

         O GRES do Boi da Ilha do Governador levará para a Avenida o Tema de uma cidade que estará comemorando em 2003 quinhentos anos de descoberta: CABO FRIO.
         E importante ressaltar que a História de Cabo Frio, influenciou muito o desenvolvimento "sócio-cultural-econômico" do Estado do Rio de Janeiro, assim, integrando e sendo peça fundamental na História de nosso País.
         Através de seus desfile, nossa Agremiação mostrará os seus encantos naturais, monumentos históricos, prática de esportes, badalações noturnas, eventos culturais, principalmente a Cabofolia e o seu Carnaval, considerado como o segundo Carnaval do Estado do Rio de Janeiro.
         E através do Carnaval, a maior manifestação cultural brasileira, que mostraremos ao mundo, na Marquês de Sapucaí, 500 anos de glórias de uma cidade que conta e canta sua História...

Sinopse:

         Ano 1503; parte a terceira expedição portuguesa para reconhecimento do litoral brasileiro. Ocorre um acidente pela costa brasileira e a frota se dispersa; dois navios sob o comando de "Américo Vespúcio", seguem viagem, contornando uma faixa de terra que se assemelha a um "cabo" e somado aos "frios" vindos do Atlântico Sul (Fenômeno da Ressurgência), levam os portugueses a batizar o lugar de CABO FRIO.
         Ao chegar em "Cabo Frio" junto ao porto , os expedicionários com os cristãos constroem e guarnecem uma fortaleza para explorar o "Pau-brasil", a qual foi destruída pelos índios Tamoios devido a muitas desavenças entre eles e os portugueses. Este fato, no entanto, não impediu que os franceses continuassem a traficar o "Pau-brasil" e outras mercadorias.
         Em 1575, o Governador do Rio de Janeiro, Antônio Salema, reúne um poderoso exército com gente da Guanabara, São Vicente e Espírito Santo, apoiado por grande tropa Tupiniquim catequizada, tendo como objetivo liquidar o último bastião da confederação dos Tamoios e acabar com o domínio francês que já durava alguns anos em Cabo Frio. Após a rendição da fortaleza franco-tamoia, sangrenta batalha foi travada e, as tropas vencedoras seguem pelo sertão, deixando rastro de uma grande destruição nas aldeias onde passam e conseguem aprisionar uma quantidade enorme de índios. Alguns sobreviventes refugiam-se na serra do mar e Cabo Frio transforma-se em um verdadeiro deserto humano.
         Seguida esta batalha, os portugueses estabelecem um bloqueio naval mais ou menos eficiente com a base na cidade do Rio de Janeiro; entre 1576 e 1615, o porto volta a ser freqüentado por navios europeus em busca de pau-brasil, tornando-se também a base para pirataria contra embarcações portuguesas que procuravam dobrar o cabo.
         Em 13 de Novembro de 1615 com a ajuda de 400 homens brancos e índios catequizados, é levantada a fortaleza de Santo Inácio e fundada a cidade de Santa Helena do Cabo Frio.
         Em 1616, um rico fazendeiro e comerciante de escravos africanos do Rio de Janeiro, "Estevão Gomes" é nomeado Capitão-Mor de Cabo Frio e transfere o sítio da povoação colonial para o bairro da passagem rebatizando o lugar como cidade de Nossa Senhora da Assunção do Cabo Frio. Simultaneamente é construído o forte de São Matheus e destruído o de Santo Inácio; na mesma época dá-se início a formação de latifúndios.
         Em 1617, "Estevão Gomes" apoia o estabelecimento da aldeia de índios de São Pedro do Cabo Frio, pelos jesuítas, que abriga 500 tupiniquins catequizados, com o objetivo de evitar desembarque inimigo europeu na costa.
         No início do século XVIII, o forte de São Matheus é guarnecido e rearmado, a defesa da Capitania passa a contar com parte da infantaria além do regimento de cavalaria. A cidade de Cabo Frio expande-se, sendo reformadas e construídas igrejas. Esta expansão urbana reflete o sucesso de várias atividades econômicas exportadas para o Rio de janeiro.
         Na agricultura destaca-se as plantações de anil, coxonilha, legumes, cana-de-açúcar, mandioca, feijão e milho. Apesar da repressão portuguesa, a produção de sal ainda é abundante; intermitentemente proibida, esta ordem nunca foi cumprida, levando ao tráfico do produto marinho. São construídos dois engenhos para a produção de aguardente e ergue-se a fazenda Campos Novos, destinada à criação de gado para abastecimento de açougues cariocas e de lavras de ouro das Minas Gerais.
         O surgimento da construção naval e da indústria do cal ( feitas com conchas de lagoa ) abrem várias perspectivas econômicas regionais.
         A abolição da escravatura em 1888 desorganiza algumas atividades produtivas, como a agricultura e a pecuária em pequena escala. A produção do sal, entretanto, não é afetada, pois há alguns anos se fizera a substituição do braço escravo pelos imigrantes portugueses do Aveiro.
         Embora a atividade pesqueira continuasse competitiva, em especial depois da introdução das traineiras na captura em alto mar, até pouco mais da metade do século XX, o parque salineiro continua a dominar a produção econômica regional.
         A atração da iniciativa privada para exploração do sistema de energia elétrica na cidade, a ferrovia Niterói - Cabo Frio e a posterior inauguração da rodovia Amaral Peixoto contribuem para o aumento da produção do sal e para o transporte eficiente até a capital da república e outros importantes centros consumidores do país.
         Acontece o auge do desenvolvimento setorial com a instalação de duas grandes usinas de beneficiamento de sal em Cabo Frio, e com a construção do complexo industrial da Cia. Nacional de Álcalis; a crescente industrialização do município atraiu numerosos trabalhadores brasileiros.
         Com, a melhoria das vias de acesso, as condições climáticas excepcionais, ou seja, seus recursos naturais, o patrimônio natural e cultural extremamente atrativos; estimulam o lazer semanal e o turismo das " praias para o banho ". Antes, era ponto de atração de ricos aventureiros da cidade do Rio de Janeiro, de encontro social de poucos privilegiados, de praticantes de esportes náuticos e submarinos. Com a modernização do atual Município, Cabo Frio melhorou ainda mais sua condição de cidade turística, transformando-se em um paraíso repleto de esporte e lazer para todas as idades.
         Hoje, através do nosso Carnaval, o Rei Momo convida a todos para mergulharem neste mar de alegria, embalados ao som da Cabofolia!

Cláudio de Jesus

 

SAMBA ENREDO                                               2003
Enredo     Em 500 anos de glórias, Cabo Frio conta e canta sua história
Compositores     Aloisio Villar, Paulo Travassos, Roger Linhares, Cadinho da Ilha, Mestre Arerê, Jorginho Batuqueiro, Jorjão Jacaré, Welliton, Valfredo, Miguel e Patinho
A vinda do descobridor
Deu vida a imaginação
Homem branco navega
Em busca de colonização
Encontra o dono da terra
Índio é forte, é valente
Vai a luta, entra em guerra

Fui Santa Helena, eu fui
Senhora d`Assunção
Portugueses e franceses
Na batalha pelo chão
O Forte São Matheus surgiu
Na agricultura, produtos mil
A construção naval
E a indústria da pesca e sal

Joga a rede no mar pescador
Agradeça o alimento ao criador
Vou mergulhar nessa magia
Quinhentos anos é um mar de alegria

O Sol, em seu nascente, a brisa no ar
No cais meu bem, vamos namorar
Curtir a paisagem
Esporte é vida, lazer e saúde
Fonte da juventude

Lindas praias, dunas brancas
Cabo Frio é beleza natural
O Rei Momo vem brincar Cabofolia
É carnaval