FICHA TÉCNICA 2010

 

Carnavalesco     Agnaldo Correa
Diretor de Carnaval     Arialdo Russo
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     ...............................................................
Diretor de Bateria     ...............................................................
Puxador de Samba Enredo     ..............................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ...............................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................
Resp. Galeria de Velha Guarda     ................................................................

 

SINOPSE 2010

Bahia de todos os deuses, templo de tradição e fé!

Introdução:

          O quê que a Bahia tem?
          Tem encanto, tem magia, terra de feitiçaria, com tempero e alegria que a Bahia sempre dá!
          Cozinha quente baiana que o peixe eu vou pescar, bota o barco em pescaria pra saudar Yemanjá.
          Trago seu retrato baiana, na minha viola, o seu axé me consola e o Alaqueto vou cantar
          Lendária Bahia, terra de todos os deuses, de tradição e de fé... Em suas águas faço a prece, sementes do amor que cresce pra saudar Oxumaré.
          A mãe preta criou fama e faz nosso povo guerreiro, com Gêge, Angola e Ketu, nossa gente é mais bonita e no carnaval agita com saveiros em alto mar.
          Aqui as ondas vão e vem trazendo preces e ladainhas, muita fé a tradição, história de um povo aguerrido que construiu nosso chão.
          Axé mãe baiana, sua história é nossa lenda que da África fez brotar. Nossa gente brasileira com mãe preta se criou. Seus segredos vêm da arte, do samba e do candomblé e na lavagem do Bonfim, rezam pedindo axé.
          Salve pelourinho de tantas tristezas e mistérios que encantam a multidão.
          Hoje sou afro-brasileiro e neste samba trigueiro vou fazer minha oração.
          Bahia, terra sagrada, de cultura universal, onde canta o violeiro e samba de terreiro de rodas de capoeira que fez nascer meu carnaval.
          Canta Canários, canta, voa além do infinito e no canto mais bonito vem mostrar a tradição.
          Eterna Bahia, templo de tradição e fé, hoje ao povo brasileiro na avenida ou no terreiro, eu rezo pedindo axé!

Sinopse:

          Lendária Bahia. Onde tudo começou. Hoje o Canários faz de sua história o seu Porto Seguro. Foram nove naus e três caravelas cheias de histórias em busca da descoberta de nossos mistérios. A história da Bahia é a história do Brasil, este berço esplêndido, que trás em cada canto seu sincretismo religioso, de encantos e mistérios, que fazem da lendária Bahia a terra abençoada por todos os santos.
          Cantada em verso e prosa por Ary Barroso, a Bahia é decididamente a "Terra da Felicidade" exaltada nos versos "Na baixa do Sapateiro". Por que será que a Bahia encanta tanta gente? Quem conhece a Bahia sabe o quê que a Bahia tem! Tem encanto, tem magia, tem belezas naturais! E a sua cultura e sua gente que é fruto da miscigenação do índio, do europeu e do africano fazem da nossa Bahia a "Terra da Felicidade".
          A Bahia é tudo que falam dela e muito mais: é indígena, negra, branca, mulata, cafuza e mameluca. É ritmo, dança, e capoeira. É candomblé, é tempero, é fé e é tradição! Eita povo arretado, eita povo castigado, é do sol, do mar e do sertão.
          Pensa que essa terra é só dos Orixás? Não meu nego, também é terra de cristão! E na lavagem do Bonfim, a Igreja e o Terreiro rezam uma só oração.
          Dorival Caymmi já repetia em seus versos: " Você já foi a Bahia, nega? Não? Então vá, então vá, então vá..." Só conhecendo a Bahia, se conhece o povo de lá. A Bahia é pop, é reggae, é rock, é axé. Mas, sobretudo, a Bahia é terra de tradição e fé.
          A Bahia apresenta seu tabuleiro pra quem quiser se servir: Tem orixás, patuás e babalorixás. Terra de cultos de todos os santos, da mãe preta, mãe baiana e da riqueza do imaginário popular. Tem rodas de samba, tem Puxada de mastro, ternos de Reis, bumba-meu-boi, zambiapunga, capoeira e afoxé. Tem uma cozinha, meu rei de apimentar o sangue quente no Vatapá, no Caruru e no Acarajé. A Bahia é plural e singular, é pura baianidade, pura africanidade pra saudar Yemanjá!
          O Maculelê dá o ritmo, a capoeira o gingado e o " Lindro amor" faz a prece de Nossa Senhora da Purificação. Temos chegança ou marujada, temos congos ou congadas, temos tudo pra te agradar. E nos bailes pastoris, burrinhas, cabeçorras, ou caboclinhos encantam a criançada. E a Bahia se faz criança a cada carnaval que nasce. Pois baiano não nasce, estréia. Cada canto tem uma lenda, cada rito uma tradição e os Bacamarteiros, buscam seu tiro mais forte nos terreiros das fazendas, pra mostrar que baiano, é cabra macho e nasceu para lutar pela liberdade.
          O samba faz esquecer a tristeza que o violeiro canta em verso e a cozinha tempera as sementes do amor que as baianas mexem no tacho.
          Essa terra tem encantos que em retratos consola a saudade da Bahia cantada em toda viola. O afoxé é o deboche, o bailado é a capoeira e a terra é jardineira que faz o povo se encantar.
          Lá vai o saveiro pelo mar. Lá vai o barquinho e a prece pra saudar Yemanjá!
          Aqui Gil, Caetano, Gal, Bethânia e Mãe Canô fazem de cada sorriso um verso, de cada verso uma flor.
          Esse trio elétrico que passa deixa toda a Bahia em estado de graça, pois atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu! E quem já morreu deixa um verso pra mostrar o encanto seu.
          Deixa eu curtir o "Ylê", o sonho da liberdade! Deixa eu cantar meu verso, minha baianidade.
          A Bahia é a estação primeira do Brasil, onde Jorge amado fez de uma idéia singela a nossa querida mestiça "Gabriela, cravo e Canela".
          Aqui, mesmo quem é de fora se encanta. "Pierre Vergê fez do candomblé sua arte e sua crença.
          Mas tá pensando que é só isso? Bahia é festa todo dia, é trabalho e luta pela libertação. A história da liberdade é do negro do Índio e do cristão, é do povo brasileiro que deixou nesse terreiro, muita fé e tradição.
          Axé Bahia, o Pelourinho encanta e impressiona pela história de dor e sofrimento.
          Na cidade alta ou cidade baixa, o sangue do povo é o mesmo. É quente que nem pimenta e pula que nem pipoca.
          E hoje a nação Canariana vem exaltar em verso e prosa a alegria dessa gente, com lendas, fé e tradição, a história da Bahia, que construiu nossa terra, enalteceu nossa gente, valorizou nosso chão.

Agnaldo Corrêa

 

SAMBA ENREDO                                                2010
Enredo     Bahia de todos os deuses templo de tradição e fé
Compositores     Tiãozinho do Salgueiro e Timbó

Bahia, templo de tradições e fé
Relicário nacional
De uma cultura universal
Nossa gente brasileira
Com Mãe Preta se criou
E da África distante
Muita coisa assimilou, assimilou
Segredos da arte
Convívio com a dor
Mistérios da fé
Sementes do amor

Cozinha quente, capoeira e candomblé
O samba, que é coisa boa
Faz tristeza dar no pé

Lendária Bahia
Dos saveiros pelo mar
Das preces e ladainhas
Pra saudar Iemanjá
Da puxada do xaréu
De beleza singular
Do alaqueto, gegê e Angola
O violeiro a cantar

Trago o teu retrato, baiana
Na minha viola, quando não te vejo
Teu retrato me consola