Sou da Terra, Sou
do Reino, Sou Canários de Laranjeiras!
Desde o Século XVII, com a construção de chácaras no vale ao
redor do Rio Carioca, a região conhecida como “Vale do
Carioca” passou a chamar-se “Bairro de Laranjeiras”
devido ao grande número de Pés de Laranjas encontrados na
região. Hoje as laranjeiras dão lugar às austeras e suntuosas
palmeiras imperiais da Rua Paissandu, plantadas a pedido da
Princesa Isabel que residia no Palácio da Guanabara.
As palmeiras existem até o dia de hoje para contar a história do
Bairro que dá nome ao CCES Canários de Laranjeiras.
Foi na “Bica da Rainha” que Carlota
Joaquina usufruiu das águas ferruginosas que curavam seus
maus ares. Em seu séquito, era constante a presença da Rainha
Mãe Dona Maria – a Louca e suas mucamas. Por isso
criou-se a expresso “Maria Vai com as Outras!”.
Antes habitada por índios Tamoyos, o
bairro foi passando por transformações e foi construído com a
força do trabalho escravo.
É bom pegar o “bonde” da saudade e
cortar o Bairro para contar a sua história de tradições
políticas, culturais e carnavalescas.
Foi em torno do antigo bar “Lamas” que
surgiram as tradicionais rodas de samba e criaram-se
grandes torcidas de Futebol, como a do Campeão
Tricolor das Laranjeiras “Fluminense”. As manifestações
políticas também passaram por aqui desde a época do
Império. Laranjeiras concentra o centro político do Rio de
Janeiro com as sedes do Governo Estadual, do Governo Municipal e
a proximidade do Palácio do Catete que era sede do
Governo Federal e residência de Getúlio Vargas.
Seu casario antigo remonta as construções
europeias eternizadas pelo “Largo do Boticário” e antigos
Palácios Imperiais.
Seu condutor conduziu o bonde
através da Memória do Samba com o “Canários das
Laranjeiras” enaltecendo a sua importância num bairro tão
tradicional.
Veio o bonde elétrico e a construção de
obras suntuosas que deram cada vez mais importância ao bairro.
Laranjeiras foi residência de nobres,
escritores, compositores e sambistas como o maestro Heitor Villa
Lobos, Machado de Assis, Cecília Meirelles, Portinari, Oscar
Niemayer, Roberto Marinho e a Família Guinle.
Não importava o tema, mas para ser
discussão de verdade, de repercussão e alcance intelectual e
político da vida da cidade e do País, tudo era discutido nas
saudosas mesas de mármore do bar Lamas, freqüentadas por
gente de todas as classes e credos.
Veio o Metrô e o progresso se encarregou de
redesenhar a história do bairro e da cidade.
E nessa história, o “Canários das Laranjeiras”
se encarregou de deixar seu traço de poesia, cultura, samba e
tradição.
Por isso gritamos aos quatro cantos do
planeta que somos Canarianos, somos Tricolores e somos de
Laranjeiras.
Dona Carlota vem ai para mostrar meu
Carnaval. Eu vou na Bica da Rainha e “Maria vai com as Outras”
deixando a cidade louca.
Canários de Laranjeiras – Nós somos o
samba!
O Clube Carnavalesco Canários das Laranjeiras vêm pra Avenida
contar a história do charmoso Bairro de Laranjeiras. Desde o
Século XVII, o antigo “Vale do Carioca”, que recebia este nome
por ser banhado pelo “Rio Carioca”, transformou-se no bairro de
“Laranjeiras”.
Desde a época do Império, o bairro ficou
conhecido por abrigar o “Palácio das Laranjeiras” que era
residência da família imperial, o Palácio Guanabara, o Parque
Guinle e o Fluminense Football Club.
O bairro abriga ainda a antiga e famosa “Bica
da Rainha” construída pela Rainha Carlota Joaquina que vinha ao
Cosme Velho tratar da saúde nas águas ferruginosas que emanavam
dessa fonte. A rainha era frequentemente acompanhada de Dona
Maria “A Louca” e seu séquito de damas. Daí surgiu a expressão
“Maria Vai com as Outras”.
A história do bairro confunde-se com a história
do Clube Carnavalesco Escola de Samba “Canários das
Laranjeiras”. Fundado em Setembro de 1949, o enredo da Escola
irá contar a história do bairro através dos seus 62 anos de
glórias e tradições... passa pela história do bairro, a história
do Canários. As pessoas ilustre que passaram pelo bairro como
Oscar Niemayer, Cecília Meirelles, Machado de Assis, Família
Guinle, Generais e pessoas ilustres da política, do Futebol e
das artes transformaram o bairro em uma referência cultural e
charmosa que envolve cultura, arte, futebol e cidadania.
A história será contada desde os primeiros
habitantes, os índios Tamoyos, da força do trabalho escravo que
construiu os palácios, da tradição política e cultural do lugar
através dos tempos. Desde a época do bonde até a derrubada de
pontos tradicionais da elite carioca para a construção do Metrô,
o canários vem participando de cada momento de glória nos seus
enredos tradicionais e históricos.
E pegando carona no bonde da história,
contaremos a história do bairro de Laranjeiras e do Clube
Carnavalesco Escola de Samba “Canários das Laranjeiras” nestes
seus 62 anos de tradição e cultura.
“Eu sou o samba, de amarelo e branco ergo minha
bandeira. Quem tem histórias, tantas glórias? Canários das
Laranjeiras!
Roteiro do
desfile:
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Comissão
de Frente: "Dona Carlota e os anjos Canarianos guardiões
do Palácio das Laranjeiras”
D. Carlota Apresenta o Palácio aos súditos de
Laranjeiras sendo guardado pelos Anjos Guardiões Canarianos
que apresentam a história do Canários das Laranjeiras e do
Bairro coberto de glórias. |
Alegoria 1 (Abre-Alas):
"Palácio das Laranjeiras em berço esplêndido guardado pelos
gloriosos canários das laranjeiras e suas décadas de glória”
A Alegoria mostra o suntuoso Palácio das
Laranjeiras que foi residência da Princesa Isabel. Ele é
guardado por Canários Guardiões ostentando seis Estrelas que
representam as suas 06 décadas de Glórias. A sétima estrela
representa a sétima década rumo a superação e glória. O
Palácio é ladeado por Laranjeiras que dão nome ao antigo
vale do Carioca representando a prosperidade da Terra
Fértil. É o Canários da Terra, o Canários do Reino e O
Canários das Laranjeiras: A tríplice aliança da tradição, do
samba e da Glória. |
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Os primeiros índios – tamoyos |
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Os primeiros nativos que
cultivaram a terra fértil do Vale do Carioca exaltam
Laranjeiras com seus rituais indígenas. |
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O negro que construiu o Palácio |
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A
presença do trabalho escravo que faz parte da construção dos
palacetes imperiais e do Bairro de Laranjeiras. |
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Rio Carioca – o rio que corre
para o mar |
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As águas do Rio Carioca que
abençoam a terra fértil do Vale do Carioca |
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A nobreza imperial |
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Os
Nobres que frequentavam os palacetes imperiais. |
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1° Quadripé: A Bica da
Rainha
O
Quadripé representa a famosa Bica da Rainha onde A Rainha D.
Maria (A Louca) e seu séquito de damas se deleitavam com as
águas ferruginosas para curar os males. |
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Nobres cavalheiros |
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A
real sociedade portuguesa que acompanham as damas da corte. |
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Dona Maria – a louca – as baianas! |
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Dona Maria – A Louca vai à Bica
da Rainha abençoar-se com suas águas ferruginosas |
Marlene |
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Maria vai com as outras |
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As Plebéias que formam o séquito
da Rainha Louca |
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1° Casal de Mestre-Sala
e Porta-Bandeira: Amor pelo
pavilhão das Laranjeiras
Tradição que exalta o amor pelo Canários das
Laranjeiras, sua história, tradição e poesia enaltecendo o
Bairro de Laranjeiras. |
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As cortesãs da rua Alice |
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As meninas de vida fácil fazem a
alegria dos homens do império. |
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Maestro Heitor Villa Lobos |
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Com sua Batuta, nossos maestros
ditam o ritmo da história das Laranjeiras |
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Estandarte 1:
Instituto Nacional de Surdos e Mudos
A nobreza e a Tradição de Laranjeiras
abriga a honra da Inclusão Social. |
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Machado de Assis – no Largo do
Machado se faz história |
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É
uma Homenagem ao escritor que escreveu seu nome na memória
do Bairro. |
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Canarinhos das Laranjeiras |
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Tradição que vem de berço e é cuidada pelos pais aos jovens
meninos dos Tamanquinhos das Laranjeiras – a Semente do
futuro. |
Marcia Cristina |
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Parque Guinle – a família
elegante |
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Nos Jardins da Família Guinle, a tradição e o Glamour da
Família Carioca. |
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Seu condutor, dindin seu
condutor |
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O
Bonde da Memória atravessa a história de Laranjeiras. |
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Poesia, arquitetura e
pioneirismo |
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Cecília Meirelles, Portinari, Niemayer e Roberto Marinho –
Poesia, Arte, Arquitetura e Informação a serviços da Família
de Laranjeiras. |
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Largo do boticário |
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O
Casario Antigo relembra o Tempo das boas Boticas. |
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Arte Naif |
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A
arte Primitiva que habita o Cosme Velho. |
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Estandarte 2: Fluminense – o
tricolor campeão das Laranjeiras
Homenagem ao Clube de Futebol da Região |
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Bar “Lamas” – onde tudo começou |
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Nas noites boêmias, nasce a paixão carioca. |
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Torcida apaixonada |
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A
Nação Tricolor faz a Alegria das Laranjeiras |
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“Sou Canários das Laranjeiras –
a Velha Guarda” |
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A
Velha Guarda celebra a Estrela da sétima década de história
do Canários das Laranjeiras |
Vanderlei Joaquim |
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