FICHA TÉCNICA 2007

 

Carnavalesco     Jorge Caribé
Diretor de Carnaval     Jeferson Martins Lopes
Diretor de Harmonia     Osnir
Diretor de Evolução     Osnir
Diretor de Bateria     Osias Pitacio, Jeferson e Robson
Puxador de Samba Enredo     Jefinho do Amaral, Tiãozinho Cruz e Nunes
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     José Luis e Cida
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     Jorge Caribé
Resp. Ala das Baianas     Terezinha
Resp. Ala das Crianças     Sueli e Elizangela
Resp. Galeria da Velha Guarda     Wanderlube BicudoWanderlube Bicudo

 

SINOPSE 2007

Os tambores do Brasil

Sinopse:

          De origem africana, usado em quase todos rituais afro-brasileiro, típico do Candomblé e da Umbanda e de outros estilos relacionados e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na música ritual e religiosa, empregados para convocar os Orixás.
          O atabaque maior tem o nome de RUM, o segundo tem o nome de RUMPI e o menor tem o nome de Lê.
          Os atabaques no candomblé são objetos sagrados e renovam anualmente esse Axé. São usados unicamente nas dependências do terreiro, não saem para a rua como os que são usados nos Afoxés, estes são preparados exclusivamente para esse fim.
          Os atabaques são encourados com os couros dos animais que são oferecidos aos Orixás, independente da cerimônia que é feita para consagração dos mesmos quando são comprados; o couro que veio da loja geralmente é descartado, só depois de passar pêlos rituais é que poderá ser usado no terreiro.
          O som é o condutor do Axé do Orixá. È o som do couro e da madeira vibrando que trazem os Orixás, são sinfonias africanas sem partitura. Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo Alaghbê (nação Ketu), Xicarangurua (nações Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje), que é o responsável pelo RUM (o atabaque maior), e pêlos ogans nos atabaques menores sob o seu comando, é oAlaghbê que começa o toque e é através do seu desempenho no RUM que o Orixá vai executar sua coreografia; de caça ou de guerra, sempre acompanhando o floreio do Rum. O Rum é que comanda o RUMPI e o Lê.
          Essa é a diferença entre o atabaque do candomblé e do atabaque instrumento musical comprado nas lojas com a finalidade de apresentações artísticas, que normalmente são industrializados para essa finalidade.
          O som do atabaque é o mesmo tam-tam de todos os povos primitivos do mundo. Consiste numa pele seca de animal esticada sobre a extremidade de um cilindro oco.
          Ilú de Pernambuco – No Recife se toca Ilú, na Bahia se toca atabaques. No Maranhão se toca tambor. O ritmo do Maranhão é diferente do de Pernambuco e o de Pernambuco e similar ao tocado na Bahia. A diferença esta nos instrumentos.
          Inhã do Rio Grande do Sul – Batuque os atabaques são um pouco diferentes do que é usado no Candomblé
          Taque – E a percussão dos tambores ou atabaques que varia de acordo com a nação do Candomblé, Essa percussão pode ser feita com as mãos ou com duas varetas de nome aquidavi, ou por vezes com uma mão e um aquidavi, dependendo do ritmo (toque) e do atabaque que está sendo tocado.
          Na Angola e Congo são tocados só com as mãos, não se faz uso dos aquidavi. A palavra também pode ser usada como toque de candomblé referindo-se as festas públicas, ou toque de orixá, alguns exemplos:

  • O toque de Oxóssi é o Agueré;

  • O toque de Oxum é o Ijexá;

  • O toque de Obaluaiyê é o Opanijé;

  • O toque de Oyá é o Ilú;

  • O toque de Xangô é o Alujá;

  • O toque de Oxalá é o Igbi

Outros toques:

Adahun

Congo de Ouro

Na   roda   de   capoeira tocado no  berimbau e também é usado como jogo, toque para diferenciar o ritmo a ser jogado pêlos participantes.

Hamunha

Barra vento

Bravum

Muzenza

Sató

 

Atabaque (instrumento musical)  (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

          Atabaque (ou Tabaque) - Instrumento musical de percussão.
          O nome é de origem árabe: at-tabaq (prato). Constitui-se de um tambor cilíndrico ou ligeiramente cônico, com uma das bocas cobertas de couro de boi, veado ou bode.
          É tocado com as mãos, com duas baquetas, ou por vezes com uma mão e uma baqueta, dependendo do ritmo e do tambor que está sendo tocado. No Candomblé é considerado objeto sagrado.

Tambor (Origem:Wikipédia, a enciclopédia livre)

          Um tambor é um instrumento musical do tipo membranofone, consistindo de uma membrana esticada sobre um tubo ou caixa de ressonância que pode ser de vários formatos (cilíndrico, crônico, esférico entre outros). Existem tambores em que a extremidade oposta está aberta, como em um atabaque ou Bongô. Em outros, como os tímpanos a extremidade oposta é fechada. Também há os que tem peles nas duas extremidades, como por exemplo a caixa. A membrana, também atua  (percultida) com a mão ou uma baqueta. O corpo do tambor, além de dar suporte mecânico ás membranas, também atua como caixa de ressonância para amplificar o som resultante da batida. Um percussionista é o músico que toca os tambores. Na música popular, no rock e no jazz, a maior parte dos tambores utilizados está no conjunto de instrumentos conhecido como bateria.

História:

          Um bumbo de bateria. Os tambores são utilizados desde as mais remotas eras da humanidade. Acredita-se que os primeiros tambores fossem troncos ocos de árvores tocados com as mãos ou galhos. Posteriormente, quando o homem aprendeu a caçar e as peles de animais passaram a ser utilizadas na fabricação roupas e outros objetos, percebeu-se que ao esticar uma pele sobre o tronco, o som produzido era mais poderoso. Pela simplicidade de construção c execução, tipos diferentes de tambores existem em praticamente todas as civilizações conhecidas. A variedade de formatos, tamanhos e elementos decorativos depende dos materiais encontrados em cada região e dizem muito sobre a cultura que os produziu. Os tambores exerciam nas civilizações primitivas diversos papéis. Além da produção de música para rituais e festas, os tambores devido à sua grande potência sonora, também foram usados como meios de comunicação. Atualmente, além das peles de animais que continuam sendo usadas nos tambores tradicionais, utilizam-se também peles sintéticas ou membranas plásticas, que têm a vantagem de serem menos sujeitas às variações de temperatura e precisam de menos tensão para produzir sons com bastante qualidade.
          Atualmente, além das peles de animais, que continuam sendo usadas nos tambores tradicionais, utilizam-se também peles sintéticas ou membranas plásticas, que têm a vantagem de serem menos sujeitas às variações de temperatura e precisam de menos tensão para produzir sons com bastante qualidade.

          Tipos de tambores - Todos os tambores são membranofone, o que significa que o som é produzido por membranas esticadas, mas existem muitas características que podem variar.

Formato e matéria do corpo:

          O formato do corpo dos tambores varia devido à sua forma de construção. Tambores feitos de troncos de árvores escavados ou ripas de madeira fixadas por anéis, como um barril têm formato cônico, como os atabaques ou bojudos, como as corgas.
          Tambores com corpo metálico normalmente possuem o corpo totalmente cilíndrico, como os timbales, caixas e tom tons. Os tímpanos, por sua vez, possuem corpo esférico.
          Existem ainda muitos outros formatos possíveis. Alguns, como o djembê possui corpo em formato de cálice (mais largos em uma das extremidades). Outros, como o tambor falante, possuem corpo em forma de ampulheta (mais largos nas extremidades).

          Definição do Som – maior parte dos tambores produz sons sem altura definida, mas alguns são afináveis e permitem produzir notas definida. Os tímpanos permitem a afinação precisa e a variação da nota produzida através de pedais que alteram a tensão da pele. Os tom-tom e timbales permitem uma afinação um pouco menos precisa c cada tambor só produz uma nota. Isso significa que para obter a mesma quantidade de notas que dois ou três tímpanos produzem, seria necessária uma quantidade muito maior, de tom - tons. Alguns outros instrumentos permitem que o percussionista controle a altura da nota produzida alterando com as mãos a tensão da pele, tal como ocorre nas lábias c nos tambores falantes embora os tambores possam ser percutidos com baquetas ou diretamente com as mãos, que exercem ainda o papel de abafadores para alterar o timbre, a altura ou a intensidade do som produzido.
          Tambores de grande porte como o Taiko, normalmente necessitam de grandes baquetas, enquanto que as baquetas de tambores menores, como um tamborim não passa de pequenas varetas.
Os tambores são utilizados em todos os tipos de música, como instrumentos rítmicos, contribuindo para a marcação do tempo da música. Cada cultura e gênero musical, no entanto, utiliza um conjunto diferente de tambores, que servem para definir sua personalidade rítmica. Também é muito importante á utilização dos tambores em rituais religiosos, sobretudo nas religiões afro-brasileiras, tais como o Candomblé, Umbanda, Batuque, Xambá e Tambor de Mina, onde os tambores não só são utilizados para acompanhamento dos cânticos e danças, mas assumem também um papel sagrado de ligação com as divindades.
          Os tambores também exercem um papel mais utilitário na marcação rítmica de marchas ou na comunicação de comandos militares.

Exemplos de tambores:

  • Ashiko

  • Conga

  • Pandeiro

  • Taiko

  • Bata

  • Davul

  • Repenique

  • Tambor falante

  • Basler

  • Dholak

  • Surdo

  • Tambor de tora

  • Bodhrán

  • Djembê

  • Steel drum (tambor de aço) - É sim um idiofone

  • Tamborim

  • Bongò

  • Djun-djun

  • Timbales

  • Boucarabou

  • Doyra

  • Tímpano

  • Bumbo

  • Khol

  • Tabla

  • Tom-tom

  • Caixa

  • Malacacheta

  • Tabor

  • Zabumba

Capoeira (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

          A Capoeira é uma mistura de luta, dança arte marcial, cultura popular, música e brincadeira. Foi desenvolvida por escravos africanos trazidos ao Brasil e seus descendentes. É caracterizada por movimentos ágeis e complicados, feitos com freqüência junto ao chão ou de cabeça para baixo, tendo por vezes um forte componente acrobático. Uma característica que a distingue de outras lutas é o fato de ser acompanhada pôr música. A palavra capoeira tem alguns significados, um dos quais refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Foi sugerido que a capoeira obteve o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata.
          Existem dois estilos principais de capoeira, marcadamente diferentes um do outro. Um deles é chamado Angola e caracteriza-se por uma luta mais cadenciada e cautelosa, que presta especial atenção aos rituais e tradição da arte, ela surgiu e foi levada a cabo pêlos velhos mestres capoeiristas, em resposta à descaracterização que a capoeira vinha sofrendo com a ascensão da luta regional baiana. Ao outro estilo, chama-se Regional e é conhecido pêlos seus movimentos acrobáticos e sua apropriação de técnicas de outras lutas e artes marciais de origem não africanas, onde a estratégia e a técnica são os pontos principais.
          Ambos os estilos são marcados pelo uso de dissimulação e subterfúgio - a famosa mandinga - e são bastante ativos no chão, sendo freqüentes as rasteiras, pontapés, chapas e cabeçadas.

História:

          Durante o século XVI, Portugal enviou escravos para a América do Sul, provenientes da África Ocidental. O Brasil foi o maior receptor da migração de escravos, com 42% de todos os escravos enviados através do Atlântico. Os seguintes povos foram os que mais frequentemente eram vendidos no Brasil: grupo sudanês, composto principalmente pêlos povos lorubá e Daomé, o grupo guineo-sudanês dos povos Malesi e Hausa, e o grupo banto (incluindo os kongos, os Kimbundos e os Kasanjes) de Angola, Gongo e Moçambique.
          Os negros trouxeram consigo para o Novo Mundo as suas tradições culturais e religião. A homogeneização dos povos africanos sob a opressão da escravatura foi o catalisador da capoeira. A capoeira foi desenvolvida pêlos escravos do Brasil como forma de resistir aos seus opressores, praticar em segredo a sua arte, transmitir a sua cultura e melhorar a sua moral. Há registros da prática da capoeira nos séculos XVIII e XIX nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e Salvador, porém durante anos a capoeira foi considerada subversiva; sua prática era proibida e duramente reprimida. Devido a essa repressão, a capoeira praticamente se extinguiu no Rio de Janeiro, onde os grupos de capoeiristas eram conhecidos como maltas, e em Recife, onde segundo alguns a capoeira deu origem à dança do frevo conhecido como o passo. Em 1932, Mestre Bimba fundou a primeira academia de capoeira do Brasil
em Salvador. Mestre Bimba acrescentou movimentos de artes marciais e desenvolveu um treinamento sistemático para a capoeira, estilo que passou a ser conhecido como Regional. Um contraponto, Mestre Pastinha pregava a tradição da capoeira com um jogo matreiro, de disfarce e ludibriação, estilo que passou a ser conhecido como Angola. Da rivalidade desses dois grandes mestres, a capoeira deixou de ser marginalizada, e se espalhou da Bahia para todos os estados brasileiros.

Afoxé (ritmo) (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

          Afoxé é um ritmo do Candomblé. O Afoxé e um ritmo que em alguns lugares é conhecido com Igexá, ou Ijexá. A marcação do agogô é sua batida característica, tornando esse ritmo facilmente identificável. O Afoxé se tornou popular, principalmente pela atuação do grupo baiano, Filhos de Gandi. Cantores renomados como Virgínia Rodrigues, Maria Bethânia e Caetano Veloso também interpretam afoxés, contribuindo também para a difusão do ritmo.

Afoxé (bloco) (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

          Afoxé também chamado de Candomblé de rua - é um cortejo de rua que saí durante o carnaval de Salvador, Bahia. O afoxé é um bloco carnavalesco de comportamento específico, seus foliões estão vinculados a diversos terreiros de candomblé. Têm consciência de grupo, de valores c hábitos que os distinguem de qualquer outro bloco.
          Pode ser encontrado também em Fortaleza, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. As principais características são as roupas, nas cores dos Orixás, as cantigas cm dialeto lorubá, instrumentos de percussão, atabaques, agogôs, afoxés e xequerês.

Afoxés da Bahia:

  • Filhos de Ghandi

  • Filhos de Ogum de Ronda

  • Luaê

  • Filhas de Gandhi

  • Filhos do Congo

  • Olorun Baba Mi

  • Filhas de Olorum

  • lie Oya

  • Tenda de Olor

  • Filhos de Korin lïfan

  • Kambalagwanze

Afoxés de Pernambuco (Oxum Panda)

  • lie de Egbá

  • Afoxé Obá Ayrá

  • Alafin Oyó

  • Afoxé Axé Ifá

  • Grupo de Cultura Negra Afoxé Timbaganju;

Cucumbi (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

          Cacumbi e Cucumbi - Não se sabe ao certo a origem do Cacumbi, acredita-se que é uma variação de outros tipos de dança como Congada, Guerreiro e Reisado.
          O grupo apresenta-se na Procissão de Bom Jesus dos Navegantes e no Dia de Reis, quando a dança é realizada em homenagem a São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Pela manhã, os integrantes do grupo assistem à missa na Igreja, onde cantam e dançam em homenagem aos santos padroeiros. Depois das louvações, o grupo sai às ruas cantando músicas profanas e, a tarde, acompanham a procissão pelas ruas da cidade.
          Seus personagens são: o Mestre, o Contra-Mestre e os dançadores e cantadores; o grupo é composto exclusivamente por homens. Os componentes vestem calça branca, camisa amarela e chapéus enfeitados com fitas, espelhos e laços. Só o Mestre e o Contra-Mestre usam camisas azuis. O ritmo é forte, o som marcante e o apito coordenam a mudança dos passos.
          Os instrumentos que acompanham o grupo são: cuíca, pandeiro, reco-reco, caixa e ganzá.
          No Sergipe, o Cacumbi é encontrado nos municípios de Lagarto, Japaratuba, Riachuelo e Laranjeiras. O aculelê é remanescente do cucumbi, e hoje tem vida própria.
          Na Enciclopédia da Música Brasileira - Cucumbi - Instrumento folclórico de origem africana, usado na dança homônima e também nas taieiras.
          Cucumbi - Dança dramática ou folguedo. Alguns autores a consideram de origem banta. Segundo Melo Morais Filho, o nome era dado na Bahia aos negros congos que, no dia da circuncisão dos filhos (ritual da puberdade), faziam uma refeição de cucumbe e realizavam o bailado do cucumbi.
          Chama cucumbre - a origem do termo cucumbi (provavelmente "pepino", como se depreende do espanhol e do francês, deixando presumir influência remota islâmica, o que excluiria a hipótese banta como origem africana). Hoje parece estar em desuso, e suas últimas referências no Brasil datam do séc. XIX. Provavelmente surgido na Bahia, o bailado foi daí levado ao Rio de Janeiro pêlos negros. Realizava-se no Natal e no Carnaval. No Rio de Janeiro, organizado em sociedades carnavalescas, os cordões carnavalescos e blocos carnavalescos atuais.
          Os personagens vestiam-se com tangas e cocares de penas, adornavam-se com colares de coral, miçangas e dentes de animais, - e usavam armas como arco – e – flecha e pequenos bastões (grimas). Os personagens conhecidos são: rei, rainha, capataz (chefe do grupo), língua (embaixador ou intérprete), quimboto (feiticeiro), mameto (criança, filho dos reis) e caboclo todos solistas; havia ainda príncipes, princesas, embaixadores, augures e outros que dançavam, tocavam e executavam coros. Na apresentação do cucumbi, formam-se dois grupos: o do rei negro e o do caboclo (grupo de índios).
          Após dançarem, o grupo do caboclo ataca o do rei negro. O caboclo mata o mameto, filho do rei, e o língua, enviado pelo rei, comunica o fato à rainha. A pedido dela, o quimboto ressuscita o mameto através de magia e fulmina o caboclo com o olhar. O caboclo, também pela magia, ressuscita e tenta matar novamente o mameto. Trava-se uma batalha entre os dois grupos, e o caboclo e os índios são vencidos.
          Ao final, o quimboto ou se casa com a filha do rei ou a recusa, seja for casado. O grupo entoa as louvações e a despedida, e vai apresentar-se em outra parte. Citam-se os seguintes instrumentos: ganzás, xequerês, chocalhos, tamborins, adufes, agogôs, marimbas e piano – de – cuia.

Congada (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

          Congadas são manifestações folclórico – religiosa de origens mistas, se destacando as influencia afro – brasileira, hoje incorporada pela igreja católica em algumas regiões do Brasil como em Catalão, Goiás. Na celebração de lestas aos santos, onde a aclamação é animada através de danças, com muito batuque de zabumba, l lá uma hierarquia, onde se destaca o rei, a rainha, os generais, capitães, etc. São divididos em turmas de números variáveis, chamados ternos.

Bumba – meu – boi (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

          A origem do bumba-meu-boi remete ao século XVIII, resultante das divergências e do relacionamento entre os escravos e os senhores nas Casas Grandes e Senzalas. Refletia as condições sociais de negros e índios. A essência da lenda enlaça a sátira, a comédia, a tragédia e o drama, e demonstra o contraste entre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi.
          No aspecto teatral, cm relação ao desfile e à representação, a dança deriva de antigas tradições espanholas e portuguesas de encenar peças religiosas ao povo para comemorar festas católicas, muitas delas nascidas na guerra entre a igreja e o paganismo.
          No Brasil, esse costume foi introduzido pêlos jesuítas, que utilizavam pequenas peças em sua obra de evangelização de indígenas e negros.
          O bumba-meu-boi toma aspectos semelhantes aos de uma tragicomédia, considerando a estrutura de seus personagens alegóricos, encenações contextuais c a reprodução dos conflitos e desenlaces de forma alegre e carnavalesca. Outro ponto importante a realçar é que o folclore tem uma ampla identificação por parte do público.
          Ao espalhar-se pelo país, o bumba-meu-boi adquire nomes, ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes.
          No Maranhão, Rio Grande do Norte e Alagoas são chamados bumba-meu-boi, no Pará e Amazonas é o Boi-Bumbá: em Pernambuco é Boi Calemba; e com cada cidade o "Boi" tem sua identificação.

Frevo (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

          O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha e do maxixe. Surgido em Recife no final do Século XIX, o frevo se caracteriza pelo ritmo extremamente acelerado. Muito  executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, capoeiras saiam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.
          A dança do frevo pode ser de duas formas, quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo tem cerca de 100 passos.
          A importância do Galo da Madrugada na preservação do frevo. O Galo da Madrugada é um bloco carnavalesco que preserva as tradições locais. Eles tocam ritmos pernambucanos e desfilam sem cordões de isolamento. O galo da madrugada é atualmente o melhor lugar para se ouvir e se dançar frevo no carnaval.
          O levante de Vassourinhas: Quando as primeiras notas de Vassourinhas são executadas no carnaval pernambucano, a multidão ergue os braços, grita junta e dança freneticamente, durante alguns segundos.

Tipos de Frevo:

  • Frevo de rua

  • Frevo canção

  • Frevo de bloco.

Maracatu (Origem: Wikipedia, a enciclopédia livre)

          Maracatu é uma dança originária de Pernambuco e sua música é uma mistura das culturas indígena e africana. Nasceu com a decadência dos folguedos do Auto dos Gongos, no século XIX, de onde foi herdada a tradição do cortejo. Durante a festa eram emitidos sons dos tambores para avisar que a polícia estava a caminho para reprimir a brincadeira.
          Variedades do Maracatu – Existem duas variedades de maracatu, o maracatu nação também conhecido como maracatu de baque virado e o maracatu rural também chamado de maracatu de baque solto.
          Maracatu de Baque Solto ou Rural teve sua origem na metade do século passado e reúne uma mistura de elementos de várias festas populares. É uma dança frenética ao som dos chocalhos, percussão acelerada do surdo, acompanhada da marcação do tarol, da batida cadenciada do gonguê e do barulho dos ganzás. Uma das principais figuras é o Caboclo de Lança que faz a sua evolução munido de: lança de mais de dois metros de comprimento (feita de madeira com uma ponta fina); enorme cabeleira de papel celofane cobrindo o chapéu – de – palha; rosto tingido de urucum; camisas e calças de chitão; chocalhos presos na altura das nádegas, provocando um barulho forte.Maracatu de Baque Virado ou Nação é uma celebração dos devotos dos Cultos Afro-brasileiro da linha Nagô. Formado por: rei, rainha, dama – de –honra da rainha e do rei, príncipe, princesa, ministro, embaixador, duque, duquesa, conde, condessa, vassalos, damas – de – passo, porta-estandarte, escravo sustentando um enorme pálio (guarda-sol) que protege o casal real, guarda-coroa, corneteiro, baliza, secretário, lanceiros, batuqueiros, caboclos de pena e baianas, boneca, Calunga, que encarna a divindade dos orixás recebendo em sua cabeça os axés e a veneração do grupo; e, o cantador de toadas, que os integrantes respondem ou repetem ao seu comando. A instrumentação do Maracatu Nação é formada basicamente por alfaias, ganzás (também chamados mineiros), gongue e caixa. Algumas nações adotaram o agbê para a linha de molhos.

Jongo (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

          Jongo é uma dança de origem africana da qual participam homens e mulheres, também conhecido pelo nome de Caxambu.
          Trata-se de uma dança de umbigada trazida para o Brasil por escravos, provavelmente da Angola.
          Dançava-se o jongo nos estados que ficam em torno do rio Paraíba do Sul, na Região Sudeste do Brasil. Há comunidades que mantêm a tradição da dança, como Valença/RJ, por exemplo. No Rio de Janeiro, a comunidade da Serrinha (Madureira), a partir dos ensinamentos de Mestre Darci, representa um foco de resistência e difusão dessa "brincadeira" feita ao som de tambores.
          Há ainda grupos folclóricos brasileiros que trabalham para manter vivo o jongo, já que, tradicionalmente, o conhecimento da dança, do toque e dos pontos era permitido apenas aos jongueiros velhos, de modo que, à medida que essas pessoas partiam, levavam consigo o conhecimento dessa prática da cultura popular brasileira.

Samba de roda (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

          O samba de roda é um estilo musical tradicional afro-brasileiro, associado a uma dança que por sua vez está associada à capoeira. E tocado por um conjunto de pandeiro, atabaque, berimbau, viola e chocalho, acompanhado por canto e palmas. O Samba de Roda no Recôncavo Baiano, é uma mistura de música, dança poesia e festa. Presente em todo o estado da Bahia, o samba c praticado, principalmente, na região do Recôncavo. A manifestação cultural está presente em obras de compositores baianos como Dorival Caymmi, João Gilberto e Caetano Veloso. O samba teve início por volta de 1860, tentando preservar a cultura dos africanos que vieram para o Brasil. De acordo com pesquisas históricas, o Samba de Roda foi uma das bases de formação do samba carioca. A manifestação está dividida em dois grupos característicos: o samba chula e samba corrido. No primeiro, os participantes não sambam enquanto os cantores gritam a chula - uma forma de poesia. A dança só tem início após a declamação, quando uma pessoa por vez samba no meio da roda ao som dos instrumentos e de palmas. Já no samba corrido, todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto O samba de roda está ligado ao culto aos orixás e caboclos, à capoeira e à comida de azeite. A cultura portuguesa está também presente na manifestação cultural por meio da viola, do pandeiro e da língua utilizada nas canções. E finalmente, os tambores nas escolas de samba entre ambos os enredos e pagodes, os tambores se firmam e resistem até os dias atuais e assim a Escola de Samba Em Cima da Hora viaja através dos sons com garra e axé. Vamos invocar os deuses e orixás para novamente ajudar os trabalhos da escola e obter o campeonato e voltarmos para a avenida dos sonhos de todos os cariocas sambistas, Marquês de Sapucaí. Juntos, vamos rumo à vitória e que se rufem os Tambores do Brasil para saudar a grande escola de samba Em Cima da Hora.

Ordem do desfile:

  • Comissão de frente: "sou a origem negra"-atabaque

  • Carro abre alas: os tambores do Brasil

  • 1ª ala: tambores de origem negra

  • 2ª ala: tambores indígenas

  • 3ª ala: tambores das capoeiras e maculelês

  • 1° casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

  • Rainha da bateria

  • 4ª ala: bateria - os tambores dos afoxés

  • 5ª ala: passistas - a umbanda li o candomblé

  • 6ª ala: tambores dos folguedos

  • 7ª ala: tambores dos bumbas

  • 2° carro o folclore

  • 8a ala: tambores do forro

  • 9ª ala: tambores do maracatú

  • 10ª ala: o jongo da serrinha

  • 11a ala: os tambores do olodum

  • 12ª ala: baianas - tambores do carnaval

  • 3° carro: Os tambores do samba

  • Velha guarda

 

SAMBA ENREDO                                                2007

Enredo

    Os tambores do Brasil

Compositores

    Jayme Cesar, Nilson Castro, Ivani Ramos e Roberto Iguaçu

Ecôôu.........
Um toque na terra
Dos negros guerreiros
Óh África mãe seu filho nos traz
Um ponto de fé em louvor aos orixás
Prá ginga do Candomblé
Na Umbanda sedução
Atabaques no terreiro
A noite inteira em devoção
O índio entoou
Na crença floresceu
Um batuque de encantos
Ao folclore concedeu
( capoeira )

Ê Capoeira
Maracatu, Maculelê e o Bumbá ( obá ) ( obá )
Ê tem a congada, Bumba meu boi
São os tambores a rufar

Na fé dos Filhos de Ghandi
Uma canção ijexá
Salve o frevo salve o Jongo e Olodum
salve a levada dos nossos tantãs
No samba o som que ecoa
Vem da bateria a sua emoção
Na Em Cima da Hora
Um canto então surgiu
Rufem os tambores do Brasil

Ô ô........
Ressoa o tambor
E traga vibração
Que incendeia o meu pavilhão