FICHA TÉCNICA 2013

 

Carnavalesco     Humberto Abrantes
Diretor de Carnaval     Nenem
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................
Resp. Galeria de Velha Guarda     ................................................................

 

SINOPSE 2013

Muito Prazer! Sou Acari em verde, rosa e ouro.
E a Favo faz a festa na Intendente

Sinopse:

          Anoitece no subúrbio Carioca...
          Histórias, lendas, crenças...
          Realidade ou fantasia para povoar as mentes de nossos ilustres fundadores.
          Corre a década de 40 e toda a cidade do Rio de Janeiro fervilha num movimentado renascimento em busca de progresso.
          E lá no subúrbio surge Acari, um bairro da Zona Norte de nossa cidade Maravilhosa. Seu nome é de origem Tupi e significa “Água de Akara” pela junção dos termos:
          Akara-significa diversas espécies de peixes da família dos ciclídeos e Y – Água.
          Faz limite com os bairros de Pavuna, Costa Barros, Coelho Neto e Irajá.
          Até o século XIX, o bairro tinha ocupação predominantemente rural com muitas fazendas, (fazenda Botafogo, Areal) onde se abrigavam muitos escravos. Onde existiam muitos cortumes. Sua principal referência geográfica era o Rio Acari. Na Década de 40 as chácaras deram lugar a barracos de madeira, cabines de luz e água precária, dando início à formação da favela “Coroado”. Nesta época o transporte era pelo trem Maria Fumaça da estrada de ferro Rio D'Ouro. Nesta época a comunidade teve o privilégio de receber Grande Otelo e Oscarito nas filmagens da Atlantida.
          O Rio Acari é um dos maiores cursos d'água do Rio de Janeiro. Tem sua nascente na serra do Gericinó e sua foz no Rio Mériti, o qual separa a capital fluminense da cidade de Duque de Caxias.
          No final da década de 50, foi construído o conjunto residencial amarelinho as margens da avenida Brasil. Segundo seus moradores mais antigos o conjunto Amarelinho teria sido construído no mesmo local onde antes existia um grande laranjal. Outros dizem que o nome é uma simples referência a cor dos prédios.
          Do outro lado da Avenida Brasil o “Ceasa”, um dos principais mercados atacadistas de hortifrutigranjeiros do Rio de Janeiro.
          O “Ceasa” movimenta a economia local e se tornou referência para as pessoas que deram certo na comunidade.
          A comunidade foi crescendo e com ela toda a movimentação, toda a criatividade de seus moradores para as festividades:
          Blocos carnavalescos foram nascendo, O “Mimo de Acari”, “Amizade de Acari”, “Peida na Colher”, Quilombo de Acari”, faziam a festa de seus moradores nos festejos momescos.
          Grupos de Clóvis ate hoje sobrevivem animados levando a Lenda de Clóvis, o bate bola aos novos integrantes do grupo.
          Na Itália do século dezessete numa cidade chamada Veneza existia um carnaval onde as pessoas saiam com máscaras brancas e graciosas pelas ruas acompanhadas de suas fantasias. Naquela época só eram permitidas máscaras claras, porque as máscaras escuras eram consideradas como disfarces do demônio.
          Numa dessas festas de Veneza três adolescentes resolveram sair mascarados. Luigi, Giovanni e Pedro. Eles estavam tão empolgados com a festa que beberam demais e acabaram saindo da cidade em direção a um caminho repleto de sítios e fazendas.
          No meio daquela estrada Giovanni avistou algo estranho num chiqueiro de porcos e disse: Olhem, parece que existe um velhinho caído no meio dos porcos. Os rapazes aproximaram-se do lugar e viram um idoso fantasiado de palhaço, sem máscara e sem maquiagem, caído no local. Resolveram dar um susto e acabaram sufocando o ancião. Quando perceberam o acontecido voltaram correndo para o carnaval de rua.
          Lá pelas tantas um palhaço se aproxima dos rapazes usando uma máscara vermelha de diabo carregando nas mãos uma bola feita de bexiga de porco e diz:
          I Am Clown...
          I Am a Hell's clown!
          Todos entenderam que o nome dele era Clóvis pois ninguém falava a língua inglesa. Naquele mesmo segundo o palhaço misterioso jogou sua bexiga suína em direção aos rapazes surgindo uma nuvem de fumaça branca e eles desapareceram.
          A multidão pensando que a mágica fazia parte do espetáculo aplaudiu o número.
          A partir daquele dia, este ser misterioso com sua máscara demoníaca acompanhada de sua bola de porco passou a aparecer nas festas de rua do carnaval de Veneza.
          A tradição carnavalesca deste traje foi trazida no século dezenove pelos europeus ao Rio de Janeiro e dura até os dias atuais em vários bairros de nossa cidade.
          Mas Lendas e Mistérios são criados e sobrevivem, passando de geração a geração.
          Contam velhos fundadores do bairro de Acari que um de nossos ilustres fundadores chama-se Toninho Boiadeiro, assim apelidado por sua mania de andar a cavalo. Sua turma de amigos até hoje são lembrados. Zeca Lobisomem, Zé Aruanda e Toninho Índio.
          Conta a Lenda que Toninho Boiadeiro tinha o poder de desaparecer, pois tinha a capacidade de se transformar em tronco de árvore quando pressentia que alguma coisa ruim poderia lhe acontecer.
          Ou em bode preto que fumava charuto perseguindo as donzelas.
          Os nomes Aruanda, Boiadeiro e Índio sem dúvida evocam figuras e divindades das religiões afro-brasileiras.
          Aruanda é o lugar onde moram os orixás e as divindades superiores.
          Boiadeiro é o nome de um caboclo muito presente na Umbanda.
          Índio também evoca caboclo sem falar no bom e velho lobisomem que já pertence ao folclore mundial.
          A população de Acari todo ano se prepara para festejar a visita da imagem de Nossa Senhora de Nazaré para a realização do tradicional Círio seguido de Missa e show popular.
          Falando de Festa e Show o que não falta nesta comunidade é animação. O ano inteiro a comunidade se veste de festa.

Com a Filha de João
Antonio ia se casar
Mas Pedro fugiu com a noiva
Na hora de ir pro altar...

          A dança de Quadrilha chegou ao Brasil no século XIX com a vinda da Corte Real Portuguesa. Rapidamente esta dança de salão, típica da nobreza, caiu nas graças de nosso povo animado e festeiro.
          É importante lembrar que a quadrilha é uma dança característica dos caipiras, pessoas que moram na roça e possuem costumes muito pitorescos.
          Ainda hoje a dança apresenta marcação alternadamente, em português e Francês: Balancê... Avan Tu... Anarrier...
          Continuando nas festas a partir da década de 80 os bailes funks do Rio de janeiro começaram a ser influenciados por um novo ritmo da Flórida, o Miame Bass, que trazia músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas.
          Ao longo da nacionalização do funk, os bailes até então, realizados nos clubes dos bairros do subúrbio expandiram-se a céu aberto, nas ruas, onde as equipes rivais se enfrentavam disputando quem tinha a aparelhagem mais potente, o grupo mais fiel e o melhor DJ. Com o tempo o funk ganhou grande apelo entre moradores de comunidades carentes, as músicas tratavam o cotidiano dos frequentadores. Abordavam a violência e a pobreza das Comunidades. Sua Batida repetitiva é denominada pancadão ou tamborzão.

“Eu só quero é ser feliz...
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci!”

          Outra febre de animação na comunidade eram os Clássicos no Guaiuba, local onde aconteciam os jogos de futebol que movimentavam as tardes na comunidade.
          Os escudos de Flamengo e Vasco foram pintados no vestiário do campo de futebol, havendo no meio o escudo do time local com o sugestivo nome de Amizade de Acari. Amizade que também pode significar a aliança entre os moradores, cujo símbolo maior, duas mãos, (branca e negra) se apertando em união.
          E dentro de nossa realidade, “de alegrias e tristezas”, dois acontecimentos me tornaram um bairro mundialmente famoso.
          Primeiro: Existia na comunidade uma feira onde os produtos que eram vendidos eram de origem duvidosa.
          Celulares, CDS,bicicletas,retrovisores, peças de automóveis, baterias de carro, peças de geladeira, ferro de passar roupa e etc... Daí a junção da palavra “roubo” com a palavra “alto” que gerou o apelido da feira. “Feira do Robauto” mais tarde passando a se chamar Feira de Acari.
          Segundo: ... As Mães de Acari!
          Em 26 de julho de 1990, 11 jovens desapareceram na região de Magé, no Grande Rio. Nenhum deles foi encontrado e os parentes das vítimas sofrem com a sensação de descaso.
          O caso que começou com o sequestro de 11 jovens do subúrbio do Rio de Janeiro mudou a rotina de 11 mães que ficaram conhecidas como as mães de Acari.
          A Campanha ganhou grande notoriedade ao ser envolvida na trama da novela Global “Explode Coração” da autora Glória Peres.
          Em 1998 foi inaugurada a estação de Metro que recebeu o nome Acari- Fazenda Botafogo que oferece aos moradores da região uma excelente opção de transporte.
          Mas os agitos da noite Acariense são embalados por bailes funks, pogodes, forró e muito samba sob estrelas e a luz do luar que ilumina nossos simpáticos habitantes e os eternos namorados que como eles mesmos dizem:
          “A comunidade está uma uva”
          Muito Prazer,sou Acari, um dos complexos mais simpáticos e significativos da cultura do povo carioca.
          Por tudo isso, sou Acari, uma comunidade que é uma uva, que de tão doce virou mel, que o saudoso “Nego velho” em 2004 acabou fundando um bloco carnavalesco, “Favo de Acari” que se tornou um bloco campeão e em 2008 se transformou no Grêmio Recreativo Escola de Samba Favo de Acari, que hoje me faz enredo e risca no chão da avenida a minha trajetória de vida nas cores verde, rosa e ouro que são as cores do meu pavilhão.
          Verde que já cobriu o Acari e hoje é esperança no coração de cada morador...
          Rosa que é o amor e a paixão de tantas vidas e histórias que tenho pra ser contada.
          E ouro que é a luz em cada morador na fé de um futuro de paz.
          Muito prazer sou Acari, de moradores e pessoas Ilustres como Dona Baiana, Dona Vera, Pai do Banha, Dona Ivanilde, Tia Rosa da Mangueira, Seu Lico da Barbearia, Tião Mocotó, Seu Jorge cabeça branca, Padre Juan, Funil,Dé, Márcio Pintinho,Nosso Poeta Deley de Acari, Sr. Poroca, Paulo Bagunça, Sr. Armando, Dona Nilza do Favo, Dona Heloisa, Dona Shirley, Dona Herminia, Dona Sandra, Dona Clotilde, Dona Severina Biica, Dona Elza, Cesário, Manel Gordo,
Dona Denise, João Pinho, Dona Sussa, Sr. Almir, Dona Aparecida, Dona Damiana, Tonho Panela, Tia Paizinha, Dona Mila, Dona Maria Preta, Dona Sonia, Dona Hilda, Dona Penha Rezadeira, Dona Dora, Bigode de Aço, Bico doce, Sr. Corinto, Darci de Acari, Sr. Haroldo, Sr. Matogrosso, Tião Feijoada, Zé Cabriole, Beto Bamba, Sr. Walmir Panela e tantos outros ilustres de nossa comunidade.
          Em Acari tudo convive harmoniosamente, como uma história de amor e seu final feliz,
          Símbolos de São Jorge e Escrava Anastácia, Bob Marley, Nossa Senhora Aparecida e Versículos da Bíblia compõe painéis fazendo parte do visual de nossa comunidade.
          Onde brancos e negros se unem em busca de amizade, amor, solidariedade, progresso, dias melhores e respeito a tudo e a todos.
          E falando em respeito, realizamos em 2012 a Primeira Parada Gay, Acari – Amarelinho Contra Homofobia. E entendemos que orgulho gay ou orgulho LGBT é o conceito segundo o qual, gays, lésbicas, bisexuais e transsexuais devem ter orgulho da sua orientação sexual e identidade de gênero. Que a diversidade é uma dádiva e que a orientação sexual e a identidade de gêneros são inerentes ao individuo e não podem ser intencionalmente alteradas.
          A palavra Orgulho é usada neste caso como um antônimo de vergonha que foi usada ao longo da história para controlar e oprimir indivíduos LGBT.
          E fechamos nosso desfile em comemoração aos nossos 32 anos...
          Pois afinal de contas em 23 de julho de 1981 era criado pelo Decreto 3158 com alterações do Decreto 5280 de 23 de Agosto de 1985...
          ACARI
          Um bairro da cidade do Rio de Janeiro.
          Uma cidade que é um orgulho para seu povo e uma paixão para todo turista que a visita e que agora recebe de forma merecida o reconhecimento oficial de seu carinhoso apelido de cidade maravilhosa. Rio de Janeiro, Patrimônio Cultural da Humanidade ACARI,
          Se você não me conhece... Venha!
          Muito Prazer!!!
          E quando 2013 chegar e os microfones anunciarem que a próxima escola a desfilar é o Grêmio Recreativo Escola de Samba Favo de Acari o Locutor certamente dirá.
          Muito prazer! Sou Acari em verde, rosa e Ouro. E a Favo Faz a Festa na Intendente!

Pesquisa de Enredo – Diego Jesus e Humberto Abrantes

 

SAMBA ENREDO                                                2013
Enredo     Muito Prazer! Sou Acari em verde, rosa e ouro. E a Favo faz a festa na Intendente
Compositores     ???

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