HISTÓRICO

          Com o objetivo de fundar uma grande agremiação, que representasse dignamente o município de Duque de Caxias nos desfiles das escolas de samba do Rio, os dirigentes da Grande Rio e Acadêmicos de Caxias fundaram o Grêmio Recreativo Acadêmicos do Grande Rio, no dia 21 de março de 1988. Tendo à frente membros da tradicional família Soares da Silva, o Sr. Antônio, seu filho Jaider e a nora Sônia, e outras pessoas da sociedade caxiense, acabou concretizando-se a nova entidade e, com isto, quem saiu ganhando foi a comunidade, pois, com um grande carnaval, a Acadêmicos do Grande Rio, ao exibir-se na Avenida Rio Branco, conquistou o direito de apresentar-se na Marquês de Sapucaí, pela primeira vez (no sábado), pelo Grupo 1, da Associação das Escolas de Samba. É a segunda vez que escolas de Duque de Caxias se fundem: em 1971, a Cartolinha de Caxias, Caprichosos do Centenário e Unidos de Vila São Luiz, já haviam se transformado em Grande Rio (e, como aconteceu em 1988, conseguiram pela primeira vez ascender um grupo).
          O GRES Acadêmicos de Duque de Caxias foi fundado no dia 22 de março de 1988, representando, assim, a realização de um sonho. No entanto, a sua filiação à Associação das Escolas de Samba da cidade do Rio de Janeiro exigia que a agremiação fosse oriunda de um bloco carnavalesco.
          Foi criado, então, para esse fim, o GRBC Lambe Copo, localizado no bairro da Prainha, no Município de Duque de Caxias. Contando com o apoio de quase todas as Escolas de samba da Associação, políticos do município, a sociedade caxiense e, principalmente dos sambistas, o Lambe Copo filiou-se à Federação dos Blocos Carnavalescos do Rio de Janeiro, possibilitando a eleição para a primeira diretoria do Acadêmicos de Duque de Caxias.
          Reunidos os fundadores, o Sr. Milton Abreu do Nascimento, conhecido como Milton Perácio, foi eleito Presidente. Este decidiu que a Escola deveria ter um Patrono e um Presidente de Honra, pessoas de influência para ajudar ou até mesmo financiar o carnaval da Escola. Depois de contatar vários empresários do município, sem obter êxito, foi lembrado o nome da família Soares que, acreditando no nosso ideal e dando um voto de confiança aos sambistas desta cidade, aceitou o convite. A partir daí, o Sr. Antonio Jaider Soares da Silva passou a ser o Presidente de Honra e o Deputado Messias Soares, nosso Patrono.
          O GRES Acadêmicos de Duque de Caxias iria disputar o quinto grupo de acesso das Escolas de Samba. No entanto, surgiu a idéia de que a Escola poderia disputar o segundo grupo e, para tal, teria que adotar o nome da antiga Escola GRES Grande Rio, pois a mesma já fazia parte do grupo mencionado.
          Assim, após várias reuniões com a Diretoria e os membros da antiga Escola Grande Rio, o Presidente de Honra Antônio Jaider Soares determinou que se fizesse a fusão das duas agremiações: no dia 22 de setembro de 1988, surgiu a "nova" Escola, com o nome de ACADÊMICOS DO GRANDE RIO.
          Em 1989, sob a Presidência de Milton Perácio, a Escola conquistou o segundo lugar, passando para o primeiro grupo, com o enredo "O Mito Sagrado de Ifé", do carnavalesco Edson Mendes e Ricardo Ayres, e com samba de autoria dos compositores Licinho e Nilson Kanema.
          Em 1990, ainda sob a mesma Presidência, a Escola desfilava no primeiro grupo das Escolas de Samba, com o enredo "Porque Sou Carioca", do carnavalesco Wani Araujo e Fernando Lopes, e com samba de autoria dos compositores Adão Conceição, G. Martins e Barberinho. Nessa ocasião, conquistou o segundo lugar, ascendendo para o grupo Especial da Liga Independente das Escolas de Samba.
          Em 1991, agora sob a Presidência de Jaider Soares, o GRES ACADÊMICOS DO GRANDE RIO fazia seu desfile na Marquês de Sapucaí entre as grandes Escolas, com o enredo "Antes, Durante e Depois o Despertar do Homem", dos carnavalescos Wani Araujo e Fernando Lopes, e com samba de autoria dos compositores Andrade, Ventura, e Léo. O desfile não foi muito feliz, fazendo com que a Escola retornasse ao primeiro grupo.
          Em 1992, também sob a Presidência de Jaider Soares, retornou ao Grupo Especial, com o enredo "Águas Claras para um Rei Negro", dos carnavalescos Lucas Pinto e Sonia Regina, e com samba de autoria dos compositores G.Martins, Adão Conceição, Barberinho, Queirós, e Nilson Kanema.
          Ainda sob a Presidência de Jaider Soares, em 1993, o Acadêmicos do Grande Rio apresentou um belíssimo carnaval, conquistando o nono lugar, o que lhe deu o direito de permanecer no Grupo Especial da Liga Independente das Escolas de Samba. Na ocasião, foi a primeira Escola a se apresentar na segunda-feira, empolgando a Sapucaí com um contingente de 4.500 componentes que apresentaram o enredo "No Mundo da Lua", do carnavalesco Alexandre Louzada e com samba dos compositores Nego, G. Martins, Adão Conceição, Carlinhos P2, Dicró, Jacy Inspiração, Juarez Dy Galvoza, Mais Velho, Rocco Filho e Ronaldo.
          Em 1994, sob a Presidência de Helinho de Oliveira, apresentou-se com o enredo "Os Santos que a África Não Viu", do carnavalesco Lucas Pinto, e com samba de autoria dos compositores Helinho 107, Rocco Filho, Roxidiê e Mais Velho. Nesse ano, houve vários problemas com as autoridades eclesiásticas. Houve, inclusive, uma visita de representantes da Igreja, devido a uma denúncia de que a Escola sairia com imagens sacras. Felizmente, nada foi encontrado e a Escola se classificou em décimo segundo lugar, permanecendo no Grupo Especial.
          Em 1995, sob a Presidência de Otávio Vilas Gomes, a Escola apresentou-se com o enredo "Estórias para Ninar um Povo Patriota", do carnavalesco Lucas Pinto, e com samba de autoria dos compositores Adão Conceição, Marquinhos do Açougue, Paulo Mumunha e Anísio Silva. Na ocasião, a Escola teve muitos imprevistos e contratempos mas, com a garra da comunidade e o empenho da diretoria, conseguiu o décimo sexto lugar, permanecendo mais uma vez no Grupo Especial.
          Ainda sob a Presidência de Otávio Vilas Gomes, em 1996, a Escola conquistou o décimo primeiro lugar, permanecendo no Grupo Especial. O enredo apresentado foi "Na Era dos Felipes o Brasil Era Espanhol", do carnavalesco Roberto Szanieck, e o samba tinha autoria dos compositores Barberinho, Jailson e Bebeto.
          Em 1997, com a Administração do Presidente Helinho de Oliveira, o Acadêmicos do Grande Rio apresentou o enredo "Madeira Mamoré a Volta dos que Não Foram, Lá no Guaporé", do carnavalesco Alexandre Louzada, e samba de autoria dos compositores Grajaú, Jarbas da Cuíca, Muralha e Sabará. A Escola fez um brilhante desfile, obtendo o décimo lugar e permanecendo, mais uma vez, no Grupo Especial.
          Em 1998, apresentou o enredo "Prestes, o Cavaleiro da Esperança", do carnavalesco Max Lopes, e samba de autoria dos compositores João Carlos, Quaresma e Carlinhos Fiscal. Apesar de ser um enredo polêmico, a Escola conseguiu levar as arquibancadas ao delírio. Infelizmente, não teve a colocação merecida e ficou em sétimo lugar, mas isso comprovou que a Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio tornou-se um dos maiores expoentes do samba brasileiro, graças à competência, habilidade e perseverança do Presidente Helinho de Oliveira, juntamente com o Presidente de Honra Jaider Soares e o Diretor de Carnaval Milton Perácio.