A biodiversidade com justiça ambiental, o ouro verde voltará a brilhar

Sinopse:

          Brasil, berço da maior biodiversidade do planeta, dimensões continentais, banhado pelo Atlântico, rico e culturalmente mais injusto socialmente.
          No século XV, a natureza pulsa plena em toda sua força. Seu primeiro habitante, o índio, harmonizado em seu ambiente, preserva-lhe a fauna e flora e cada espécie viva da natureza é respeitada em sua forma de ser.
          Eis que surge, em suas mãos, desbravando oceanos, os europeus, que aqui chegando trazem consigo os primeiros problemas ambientais: primeiro, a violência contra os índios e a sociodiversidade indígena. Depois, a agressão contra a natureza, através da retirada do pau – Brasil. O Brasil era visto apenas como uma terra a ser explorada nas suas riquezas naturais. E a introdução de novas espécies de animais, a caça e o aprisionamento de animais silvestres dão origem ao processo de extinção e aos nossos problemas de equilíbrio ecológico, que hoje é tão grave, quanto jamais fosse, na época, possível de imaginar.
          A formação das cidades no fim do século XIX e a modernização industrial no decorrer do século XX vão trazer muitos efeitos negativos para a natureza. É o início da produção em massa de lixo e esgoto, poluindo rios e lagos... O “Ouro verde” ofusca-se. Seu brilho já não reluz como antes.
          Na modernidade a sociedade industrial e sua busca incessante pelo lucro mantêm uma relação devastadora coma a natureza: derrubam montanhas para aterrar lagos e mangues, esgotos industriais comprometem rios, praias e baias, a poluição do ar é causada pelas chaminés das fábricas e pelos canos de descarga dos automóveis, navios derramam óleos provocando graves acidentes ecológicos. Em sua mais nova versão de danos à biodiversidade, surge a biopirataria.
          Ao mesmo tempo, os danos ambientais atingem sobretudo as camadas sociais mais pobres. São os pobres que não tendo onde morar e vão ocupar beiras de rios, manguezais, morros e áreas de risco. São os pobres que sofrem primeiro os efeitos perversos da injustiça ambiental: as enchentes, a poluição sonora e do ar, a seca, a falta de saneamento...
          A permanência desse modelo industrial e desse ideal de modernidade levará ao fim de algumas espécies, pondo em risco a biodiversidade, provocando um desequilíbrio ambiental e comprometendo a vida do planeta. A permanência desse modelo também levará milhares – talvez milhões – de pessoas a morrer por doenças causadas pela ausência de saneamento básico, pelas enchentes, pelos deslizamentos de terra, por problemas respiratórios, por péssimas condições de vida.
          Preocupados com esta situação representantes de sociedades do mundo inteiro se reúnem num Fórum Internacional na Cidade do Rio de Janeiro em 1992. a ECO – 92, onde normas e leis são estipuladas na intenção da preservação do meio ambiente e de uma sociedade mais justa, dando total atenção para os problemas sócio – ambientais e da biodiversidade, criando assim, a agenda 21, importante carta – documento que surge e define ações para a promoção da justiça ambiental, em suas duas principais vertentes: local e global. A agenda 21 local quer reunir a comunidade e os atores sociais para discutir um programa sócio – ambiental que promova a justiça social e que seja ambientalmente sustentável.
          A agenda 21 global trata de acordos internacionais entre os Estados e empresas tradicionais de forma pactuar regras que sejam ambientalmente sustentáveis e permitam pensar na preservação do planeta para as futuras gerações.
          Colocar a justiça ambiental no centro das preocupações no Brasil é criar condições para fazermos do nosso pais uma terra com maior igualdade social e sustentabilidade ambiental, fazendo assim, efetivamente o “ouro verde” voltar a brilhar.

Desenvolvimento do Enredo:

          O enredo será desenvolvido em três setores: no primeiro será mostrado o “Ouro verde”, com o paraíso Brasil em toda sua exuberância com índios, flora e fauna a plena harmonia do ecossistema.
          O segundo setor trará a chegada dos europeus, e com eles a industrialização moderna e a busca do lucro a qualquer custo, onde a natureza foi brutalmente agredida pelos diversos tipos de degradação ambiental, tais como: queimadas, extinções de animais e vegetais, poluição das águas, poluição do ar, biopirataria, etc...
          No terceiro e último setor mostraremos o Fórum Internacional – ECO – 92 e as possíveis formas de conservação da biodiversidade através das ações deixadas pela Agenda 21, deixando na avenida como mensagem o dever de cada cidadão em preservar cada espécie viva existente no planeta.

Soler Vianna, Marcos Paulo, Valtér Guilherme e Adilson Corrêa

Apêndice:

Biodiversidade - O termo nasceu em 1986 durante um Congresso da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos. Vem ganhando importância por causa de quatro fatores:     a percepção tanto dos cientistas quanto da opinião pública da magnitude da destruição da natureza, não só ,pela poluição, fenômeno conhecido, mas também por causa da erosão genética, e da extinção de espécies animais e vegetais:

• O surgimento da Biologia da Conservação, uma ciência aplicada que estuda os mecanismos que regulam a diversidade biológica e que determinam a extinção;

• A criação de leis em todos os países do mundo voltadas par a proteção do meio ambiente;

• Os avanços da biotecnologia têm produzido fenômenos fantásticos (como a clonagem da ovelha Dolly), despertando cada vez mais o interesse das indústrias.

Biodiversidade esta ligado diretamente a preservação da vida em todos os níveis , desde um organismo unicelular a um ecossistema , cuidar da biodiversidade quer dizer não extinguir nenhuma espécie viva na natureza.

Ouro Verde - Com relação a biodiversidade é necessário enfatizar que ela não é uma matéria- prima igual as outras, Ela esta presente nos três níveis de organização da vida (genéticos, de espécies e de ecossistemas) e existe três visões a respeito do uso da biodiversidade: Utilitarista - acredita que a biodiversidade é o "Ouro Verde", explorável pela biotecnologia e que permitirá ao país entrar numa nova onda de crescimento econômico. As outras duas formas são: a Preservacionista e de Uso sustentável, e esta ultima pode ser dividida em três categorias: de consumo, de produção e de não-consumo.

Conservação da biodiversidade - IN SITU (mantendo a diversidade no lugar): A melhor forma de proteger a biodiversidade é mantendo as espécies preservadas em seu estado selvagem nos seus respectivos habitantes, para preservar as características genéticas que elas desenvolveram durante milênios, na constante interação com os fatores ambientais de fato, a experiência brasileira e internacional tem mostrado que para a efetiva proteção à biodiversidade, nada é mais seguro cio que a existência de unidades de Conservação, protegendo os ecossistemas inteiros em seu estado original. O modelo começou a ser adotado no Brasil na década de 30, quando foi inaugurado o primeiro Parque Nacional.

Conservação da biodiversidade - EX SITU (fazendo estoques): urna outra estratégia de conservação da biodiversidade é aquela onde se guarda exemplares dos organismos, ou partes deles, em instituições especializadas, é realizada em herbários, coleções zoológicas, jardins botânicos e zoológicos, bancos germoplasmas e em coleções de cultura de microorganismos.