FICHA TÉCNICA 2000

 

Carnavalesco     José Félix
Diretor de Carnaval     Paulo Miranda
Diretor de Harmonia     Arlete Cordeiro
Diretor de Evolução     Arlete Cordeiro
Diretor de Bateria     Arnaldo Manoel de Jesus (Mestre Mug)
Puxador de Samba Enredo     Gera
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Marcelo Alves dos Santos (Marcelinho) e Ruth Alves de Noronha (Rutinha)
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Marcelo e Daiane Silva da Costa
Resp. Comissão de Frente     Jorge
Resp. Ala das Baianas     Ivete Pereira da Silva
Resp. Ala das Crianças     Departamento Feminino

 

SINOPSE 2000

Trabalhadores do Brasil

            Getúlio Vargas foi o presidente brasileiro que mais longo período permaneceu no governo. Gaúcho da fronteira, nascido em
São Borja, tornou-se Presidente da República por meio de movimento popular e
militar - a Revolução de 1930.
            A Era Vargas foi o conjunto das políticas econômicas e sociais. Introduzidas no país a partir de 1930, marcaram de
maneira indiscutível e indelével o processo de industrialização, urbanização e organização da sociedade brasileira.
            No Estado Novo, como único chefe da nação, fechou o Congresso, reprimiu as liberdades públicas, isolou os
descontentes, perseguiu inimigos, agregou possíveis opositores, impôs-se como chefe de Estado e projetou-se como líder
popular. Como populista e como estadista.
            Na concepção varguista o bom Estado é aquele forte e centralizador, tomando a si a tarefa de desenvolver o país em áreas
estratégicas como siderurgia, petróleo, comunicações, tecnologia. Com programas de propaganda política e Festas Cívicas,
através do DIP(Departamento de Imprensa e Propaganda), fortaleceu o espírito de nacionalismo.
            Projetando-se como "pai dos pobres", consolidou a legislação social com as Leis Trabalhistas: salário-mínimo, estabilidade,
aposentadoria, registro profissional, entre outras.
            Com a Redemocratização, as eleições e a deposição de Vargas, o país voltou à normalidade constitucional e democrática.
            As décadas de 30, 40 e 50 são a saudade com sabor de alegria. A Era do Rádio, da "Época de Ouro" da música popular
brasileira, da Galeria Cruzeiro. Do surgimento das Escolas de Samba, dos corsos, e Sociedades Carnavalescas. É o tempo
dos cassinos, dos shows de vedetes, da "Pequena Notável", das Rainhas e Reis do Rádio. Aparecem a televisão e os cadilacs
dirigidos por rapazes nos "tempos da brilhantina". As "boazudas" do teatro rebolado e de revistas e o debochado humor da
chanchada.
            Getúlio retornou à presidência em 1951. A oposição se apoiou na grande imprensa, que fora submetida à censura durante
o Estado Novo, culminando num atentado político. Desgastado, Vargas escapa de uma nova deposição apelando para o
suicídio.
                        Ao povo, legou a Carta-Testamento fazendo uma declaração nacionalista:
                        "(...) Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade
                        e saio da vida para entrar na história".

            Foi amado, odiado e encarado como grande estadista. Não pretendemos enaltecer ou diminuir sua imagem. mostraremos o
homem Getúlio Vargas, seu tempo, sua trajetória política, suas iniciativas sociais e econômicas. Recordaremos um tempo nem
tão distante: a época de Getúlio Vargas, e façamos avaliações desse legado ao entrarmos em um novo século em que
comemoramos os 500 anos do Brasil.

José Felix

 

SAMBA ENREDO                                                2000
Enredo     Trabalhadores do Brasil - A época de Getúlio Vargas
Compositores     Zezé do Pandeiro, Amilton Damião, Ailton Damião, Edyne e Edinho Leal
O raiar de um novo dia
Desafia meu pensar
Voltando à época de ouro
Vejo a luz de um tesouro
A Portela despontar (lálalaiá)
Aclamado pelo povo, o Estado Novo
Getúlio Vargas anunciou
A despeito da censura
Não existe mal sem cura
Viva o trabalhador ôôô

Nossa indústria cresceu (e lá vou eu...)
Jorrou petróleo a valer...
No carnaval de Orfeu
Cassinos e MPB

O Rei da Noite, o teatro, a fantasia
No rádio as rainhas, a baiana de além-mar
Tantas vedetes, cadilacs, brilhantina
Em outro palco o movimento popular
E no Palácio das Águias
Ecoou um grito a mais
Vai à luta meu Brasil
Pela soberana paz
Quem foi amado e odiado na memória
Saiu da vida para entrar na história

Meu Brasil-menino
Foi pintado em aquarela
Fez do meu destino
O destino da Portela
(O raiar...)