FICHA TÉCNICA 2001

 

Carnavalesco     Sandro Gomes
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 2001

Ousadia de um homem a frente do seu tempo
(Senador Nelson Carneiro)

Prezados Senhores,
            O GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA RENASCER DE JACAREPAGUÁ, Escola de Samba fundada em 1992, filiada à Associação das Escolas de Samba da cidade do Rio de Janeiro, teve os seguintes desempenhos:
            A Campeã do Grupo D em 1999, desfile realizado em Bonsucesso, com o enredo “A Saudade Mata a Gente, Morena”, mostrando os antigos carnavais. Carnavalesco: Sandro Gomes.
            O Vice-campeã do Grupo C de 2000, desfile realizado na Av. Rio Branco, com o enredo “O Inicio da História com Certidões e Vitórias”, homenageando nosso querido Brasil. Carnavalesco Sandro Gomes.
            Segunda Escola a desfilar no Grupo B na Marquês de Sapucaí em 2001, na terça feira de Carnaval.

Introdução:

            Em reunião da Diretoria, em busca de um enredo para o Carnaval de 2001, num consenso, surgiu a proposta em homenagear um legislador. Em pesquisa junto a partidos políticos, legisladores e diversos segmentos da sociedade, o nome do Senador Nelson Carneiro sempre foi lembrado.
            Ao entrarmos em contato com o Instituto Senador Nelson Carneiro, não tivemos dúvidas em homenagear o parlamentar que tanto influiu na vida nacional, na vida de todos nós, considerado o modernizador da Sociedade Brasileira, que tomou parte em todos os acontecimentos nas últimas seis décadas, e desfilarmos com o enredo “Ousadia de uni Homem à Frente do seu Tempo”, tendo como objetivo principal divulgar a obra e preservar a memória do maior legislador brasileiro, Senador Nelson Carneiro.

Apresentação:

            Nelson de Souza Carneiro nasceu em Salvador, Bahia em 8 de abril de 1910. Em 1929, ainda acadêmico da Faculdade de Direito da Bahia, lançou-se através dos comícios da Aliança Liberal (1929/30), ao lado de grandes nomes como José Joaquim Seabra, João Neves, Batista Luzardo, Raul Bittencourt, João Carlos Machado, Dano Crespo e outros.
            Advogado, homem de letras, jornalista desde 1929, profissão essa que exerceu até 1980, quando se aposentou como redator do Jornal do Brasil, depois de haver integrado as redações de O Imparcial, da Bahia, e além de vários outros hebdomadários cariocas.
            Orador do centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade da Bahia, conquistou, por concurso de provas e títulos, a Livre Docência de Direito Judiciário Civil.
            Advogado militante (1932/1982), atuou na Bahia, Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Rio Grande do Sul. Durante dez anos, integrou o conselho federal da Ordem dos Advogados, quando aquela entidade manteve a mais dura oposição ao regime ditatorial.
            Fundador e primeiro presidente da Associação Brasileira de Direito de Família (1984) e, desde a fundação, foi titular da cadeira n° 44, da Academia Brasileira de Letras Jurídicas.
            Convocado em 1947 para assumir uma cadeira na representação baiana na Câmara dos Deputados, deixou a bancada da imprensa, de que participava desde 1933.
            Reeleito iniciou a campanha pelo divórcio (1951) vitoriosa vinte e seis anos depois (1977). Esse recorde de perseverança somente seria superado com a inclusão na constituição vigente do texto que assegura a impenhorabilidade da pequena propriedade rural, objeto de projeto seu, rejeitado, quarenta e um anos antes, em 1947.
            Em 1958, em virtude de não poder acompanhar Otávio Mangabeira no apoio ao governo da Bahia, desistiu de pleitear novo mandato. Foi então que ingressou na política no Rio de Janeiro, elegendo-se sucessivamente por três vezes Deputado Federal (1958,1962 e 1966) e Senador por três outras, sempre, como o candidato mais votado (1970, 1978 e 1986), na última com cerca de dois milhões e quinhentos mil votos.
            Em momento difícil da vida política brasileira, coube-lhe relatar a emenda constitucional que, instituiu o parlamentarismo, que com os defeitos que a circunstância explica, possibilitou a posse do Presidente João Goulart.
            Durante os debates da Constituição de 1967, teve atuação destacada, sendo de sua autoria vários textos (Inclusive o que tornou ordinário o recurso ao Supremo Tribunal Federal contra as decisões do Superior Tribunal Militar sobre os crimes praticados por civis e militares).
            Na véspera da cassação de Juscelino Kubitschek, coube-lhe pronunciar na Câmara dos Deputados corajoso discurso, o único da época, contra o ato discricionário que se anunciava.
            Mais tarde, juntamente com o deputado Pedroso Horta, líder do MDB na Câmara dos Deputados, abandonou a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, por haver o dito órgão se recusado a investigar a morte do deputado Rubens Paiva,
            Em 1973, na condição de líder do MDB no Senado, acompanhou o deputado Ulisses Guimarães e o jornalista Barbosa Lima Sobrinho na peregrinação por todo o pais durante a campanha da anticandidatura presidencial.
            Foi, ainda, presidente do Parlamento Latino-americano (1982 a 1985) e de seu grupo brasileiro, da Associação Parlamentar de Turismo e do Instituto de Previdência dos Congressistas e, por vários anos, presidente da frente parlamentarista.
            Como vice líder do PMDB, foi dele o parecer contra a intervenção em Goiás, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e recusado pela união das correntes governistas em plenário. No Senado, liderou por três anos a bancada do MDB (7 senadores oposicionistas contra 59 da Arena), presidiu a Comissão de Legislação Social e integrou as Comissões de Relações Exteriores, de Constituição e Justiça e a de Municípios.
            A aprovação da Lei do Divórcio, em 1977, projetou definitivamente seu nome em todo o pais, não só pela sua presença na tribuna parlamentar como em centenas de conferências e debates pelo território nacional.
            Para que se possa avaliar a sua dedicação à causa legislativa convém lembrar que a partir de 1972, quando foi implantado o serviço de dados do Prodasen, o Senador Nelson Carneiro foi autor de 1530 projetos de lei (média de 95,6 por ano) e, desde 1973, proferiu nada menos que 1632 discursos e apartes (média de 108,8 por ano) sem incluir os proferidos durante a constituinte.
Durante o regime militar, foi o autor do maior número de leis apresentadas, a contar de 1972, pelos dados oficiais disponíveis, Nelson Carneiro conseguiu aprovar e ver sancionados mais de cinquenta projetos de sua autoria, além de uma emenda constitucional, um decreto legislativo e quatro resoluções, o que, sem duvida, o torna um dos recordistas na tarefa legiferante dentro do Congresso Nacional.
            Durante a Constituinte, o Senador Nelson Carneiro surpreendeu até mesmo seus mais antigos companheiros, admiradores e amigos: o peso da idade, sem dúvida, passou desapercebido tanto que ele esteve presente em 97% (noventa e sete por cento) das votações, num exemplo, raro, de assiduidade ao trabalho e de respeito à Nação. Fossem as sessões matutinas, vespertinas, noturnas ou mesmo aquelas que se prolongaram pelas madrugadas, lá estava o Senador Nelson Carneiro, com seus discursos (64) ou apartes (10).
            Ao reabrir os trabalhos do Senado Federal, em fevereiro, o Senador Nelson Carneiro entregou à Comissão Especial do Código Civil, de que foi presidente, detalhado parecer sobre cerca de 300 emendas do plenário ao livro do direito da família.
            Senador Nelson Carneiro aceitou concorrer e foi eleito para à presidência do Senado Federal, mas por temperamento, evitou o chamado ‘corpo a corpo’, na procura de votos. Modesto, por estar, segundo ele concorrendo ‘por antiguidade’. Vitorioso ocupou o cargo durante o período de 1989 a 1991.
            Nelson Carneiro, que dedicou 65 dos seus 86 anos de vida à política brasileira, veio a falecer no bairro São Francisco, Niterói, em 06 de fevereiro de 1996, deixando sua obra como legado e testemunha de sua luta por uma sociedade melhor.

Sandro Gomes

Cronograma de Desfile:

1° ALA - (BAIANAS) A BAHIA E SEUS MISTERIOS.
A lavagem da igreja do Senhor do Bonfim.

2° ALA - ADVOGADO.
Ainda acadêmico da faculdade, lançou-se através dos comícios da aliança liberal ao lado de grandes nomes.

3° ALA - JORNALISTA.
Profissão esta, que exerceu no IMPARCIAL da BAHIA, GAZETA do RIO , A NOTA e JORNAL DO BRASIL.

4° ALA - BOTAFOGUENSE DE CORAÇÃO.
Sua paixão pelo time do Botafogo do Rio de Janeiro.

5° ALA - AMOR AO CARNAVAL.
O Senador Nelson Carneiro tinha paixão pelo Carnaval.

6° ALA - MEMBRO DA ACADEMIA DE LETRAS JÚRIDICAS.
Fundador e primeiro Presidente da Associação Brasileira da Família. Desde a fundação foi titular
da cadeira n° 44 da Academia Brasileira de Letras Jurídicas.

7° ALA - DEPUTADO DA BAHIA.
Convocado para assumir a cadeira na representação Baiana na Câmara dos Deputados.

8° ALA - EXILADOS.
Veio exilado no porão do navio, para o Rio de Janeiro.

9° ALA - DEPUTADO DO ESTADO DA GUANABARA.
Reeleito , iniciou sua campanha em prol do divórcio.

10° ALA - O CULPADO FOI VOCÊ. (COMÉDIA)
Peça de teatro que ele escreveu em prol de seu projeto na lei do divórcio.

11° ALA - SENADOR DO RIO DE JANEIRO.
Foi Senador com o maior número de votos da eleição. Reelegeu-se a mais três mandatos sucessivos.

12° ALA - PROJETOS E LEIS.
O Senador foi autor de 1530 projetos e leis.

13° ALA - (BATERIA) PATRIMÔNIO ECOLÓGICO ARTÍSTICO E CULTURAL.
A defesa da ação popular.

14° ALA - RECONHECIMENTO DE FILHOS ILEGÍTIMOS.
A lei que dispõe o reconhecimento de filhos ilegítimos.

15° ALA - DIREITO DA MULHER CASADA.(PASSISTA MASCULINO E FEMININO)
A lei que regula os direitos civis da mulher casada.

16° ALA - PROÍBE A DISCRIMINAÇÃO ENTRE SEXOS.
A lei que a mulher passa a ter o tratamento dados aos homens.

17° ALA - AMIGADO COM FÉ, CASADO É.
Permite o registro de união como casamento, após 5 anos de vida em comum.

18° ALA - (CRIANÇAS) CÓDIGO DE MENORES.
A lei que da proteção ao trabalho do menor.

19° ALA - CURSO NOTURNO GRATUITO.
A lei que estabelece que as instituições de ensino superior vinculados a união passem a ministrar curso noturno.

20° ALA - LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
Liberdade de expressão da atividade intelectual, artística e científica.

21° ALA - MISSÕES NO EXTERIOR.
Suas missões diplomáticas em vários países.

22° ALA - INSTITUTO NELSON CARNEIRO.
A divulgação da sua obra e a preservação da memória do maior legislador brasileiro.

23° ALA – (VELHA GUARDA)
Garantia por parte do Estado e da sociedade na proteção aos idosos.

 

SAMBA ENREDO                                                2001
Enredo     Ousadia de um homem à frente do seu tempo
Compositores     Jorge Trivela, Maurício do Boné, Serginho Percussão, Helenir, Marcelinho e Chico Mé

Foi uma vida de glória
De trajetória de Vitórias tão brilhantes
Nelson de Souza Carneiro
O homem modernizador
Um presente da Bahia
Do colo de São Salvador

Aceitando desafios
Fez por todas as idades
Pelas mulheres o direito de igualdade

( Renascerá... )

Renascerá
Um sol mais justo
Para o povo brasileiro
Ai que saudade me dá
Sua ousadia exemplo para o mundo inteiro
Defendendo a natureza
Visando o bem estar do amanhã
O ouro negro e o verde das matas
O sonho não se apagará
Lei do divórcio, sempre foi sua paixão
A estrela solitária conduziu seu coração

Vem também saudadear
Com Renascer vem sacudir
Quem nasceu para brilhar
Hoje vamos aplaudir