FICHA TÉCNICA 2002

 

Carnavalesco     Sandro Gomes
Diretor de Carnaval     Valdir China
Diretor de Harmonia     Nelson Floriano (Nelsinho)
Diretor de Evolução     Nelson Floriano (Nelsinho)
Diretor de Bateria     Mestre Ricardo
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Diego & Gisele
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     Wilma
Resp. Ala das Crianças     Gláucia Gomes de Arruda

 

SINOPSE 2002

Dos dias de reis, aos contos históricos dos 500 anos de Angra

Apresentação:

          G.R.E.S. Renascer de Jacarepaguá, com sede na Av. Nelson Cardoso, 82 - Tanque - Jacarepaguá - Cep: 22 730 – 000 – Tel: 2420-2947, Escola de Samba Filiada à Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro , fundada em 02 de agosto de 1992, tendo as cores: vermelho, verde e branco, remanescente do Bloco Carnavalesco Bafo do Bode fundado em 1958.
          Escola de Samba campeã do grupo D em 1999, desfile realizado em Bonsucesso com o enredo "A SAUDADE MATA A GENTE MORENA" mostrando os antigos carnavais; vice-campeã do grupo C de 2000, desfile realizado na Av. Rio Branco com o enredo "O INÍCIO DA HISTÓRIA COM CERTIDÕES E VITÓRIAS”, homenageando nosso querido Sétima Escola a desfilar na terça – feira de carnaval, pelo Grupo B na Marques de Sapucaí em 2002.

Introdução:

          No ano de 1502, chegaram os portugueses navegando em caravelas e como era o dia 6 de janeiro, dia dos Reis Magos, deram a esta localidade o nome de Angra dos Reis.

Sinopse:

Setor 1 - O Descobrimento:

          No universo marinho o senhor dos mares novamente conduzia as esquadras de caravelas, que na Segunda expedição descobriu a bela Baía.
          O nome Angra dos Reis está relacionado com a data da descoberta do local. Foi em 1502, que um navegador português encontrou a bela baía, justamente no dia 6 de janeiro, o Dia de Reis. É uma das cidades mais antigas do Brasil.
          No início de sua história, foram os índios, guaianás, tupinambás, tamoios e carijós que desfrutavam das Belezas Naturais, chefiados pelo cacique cunhambebe. Os colonizadores sé chegaram em 1556, ali foi criado um povoado, sorria constantes invasões de piratas e corsários.
          Tomou-se vila em 1608, recebendo o nome de Vila de Reis Magos da Ilha Grande. A elevação da cidade de Angra dos Reis deu-se em 1853.

Setor 2 - Desenvolvimento e progresso

          A região de angra, propícia à navegação, marcou positivamente a economia da região, seu porto permitiu grande “desenvolvimento com a exportação de café”.
          No século XX fatores decisivos modificaram o panorama do município. Destacamos a construção de um novo porto, o arsenal da marinha, a instalação do estaleiro (verolme), e grandes empreendimentos turísticos.
          A Rodovia Rio-Santos e a construção da Petrobrás do maior terminal de desembarque da América Latina consolidaram o progresso.
          Na década de 70, as usinas atômicas Angra l e Angra 2 deveriam ser o marco de uma nova potência nuclear chamada Brasil.

Setor 3 - Cultura, folclore e carnaval

          A Festa do Divino Espírito Santo de Angra dos Reis é uma das mais antigas do país e possui uma parte folclórica muito rica e característica da terra.
          Durante esta fantástica Festa são apresentadas várias atrações, como: Dança das Jardineiras, Dança dos Velhos, Dança dos Lanceiros, Dança dos Marujos, Jongo, As Pastorinhas, Quadrilhas, Cana-Verde, Moçambique, Cateretê, Tonta, Ciranda.
          Crendices ou superstições, vindo na bagagem dos colonizadores e escravos, adquiriu a.crendice no Brasil. Boitaíá, Saci Pererê, São Longuinho, Mãe do Ouro, Mula-sem-cabeça, lobisomem, a lenda da ilha, a lenda da carioca.
          Carnaval - nenhuma data é mais festejada em todo o Brasil do que o carnaval.
          Angra dos Reis já foi palco de lindos carnavais.
          Hoje a cidade quer voltar com o seu carnaval junto com as 5 (cinco) Escolas de Samba que são: G.R.E.S Santo António, G.R.E.S Liberdade, G.R.E.S Fortaleza, G.R.E.S Camorim e G.R.E.S Morro do Carmo, vão apresentar o Carnaval na rua, em homenagem a história dos 500 anos de Angra.
          Procissão Marítima, Festa Marítima o grande carnaval do mar, evento tradicional em Angra, a procissão de barcos é sempre realizada no dia 1 de Janeiro.

Setor 4 - Belezas naturais, a preservação de Angra

          Angra com 365 Ilhas, 8 Baías, 2000 Praias.
          A vegetação local é rica, dentro de seus limites o pouco que resta de sua antiga Mata Atlântica é motivo de orgulho e preservação para seus habitantes.
          A pesca foi uma das principais fontes de recursos do município.
          Quanto ao turismo, Angra tem muito que oferecer, Igrejas Seculares, Sobradões com Girandolas e sacadas de ferro dos tempos coloniais da época. As paisagens Naturais, de belezas inigualáveis, praias de brancas areias e águas límpidas refletem o verde das matas, passeios de lanchas e hotéis com um relativo conforto. Não deixe isto acabar, faça Angra dos Reis viver mais 500 anos.

Histórico:

Folia de Reis

          Em Angra dos Reis, revestiu-se outrora essa festa de invulgar brilhantismo, justificado por coincidirem com as comemorações do descobrimento do município, origem de seu nome.

Setor 1 - O Descobrimento

          No universo marinho o senhor dos mares novamente conduzia as esquadras de caravelas. A descoberta desta grande e bela baía - Angra dos Reis - aconteceu na segunda expedição Portuguesa ao Brasil. Angra (enseada largamente aberta, existente em costas altas) dos Reis, (por ter sido visitada em 06 de janeiro de 1502, dia dos reis magos).
          No inicio de sua história, foram os índios, Guaianás, Tupinambás. Tamoios e Carijós que desfrutavam do local. E também foi grande foco de resistência da população indígena contra a dominação Portuguesa.
          Piratas Franceses e Ingleses aqui apoiavam para o tráfego clandestino do pau - Brasil. E a eles os nativos da região se afeiçoaram tomando o Português como inimigo comum.
Cessadas as lutas entre índios e os brancos invasores, puderam estes se estabelecer no território do atual município de Angra.
          Os colonizadores Portugueses só chegaram à região em 1556, instalando-se no local que é conhecido como Vila Velha.
          Foram estes os primeiros núcleos de povoados fundados pêlos filhos do capitão-mor. Com o progresso da comunidade, a vila passou à Paróquia dos Santos Reis Magos, 91 anos depois de seu descobrimento.
          Em 1617 quase coloca tudo a perder, muita pessoas abandonaram a região, que entrou em decadência. Mas a excelente posição geográfica era incontestável. Por isto em 1624 as atenções se voltaram novamente para ela. Porem, o núcleo da cidade foi transferido de lugar, passando para onde se encontra até os dias de hoje.
          Em 1835 Angra foi elevada à condição de cidade. Por ser propícia a navegação, a região tornou-se grande exportadora de prontos agrícolas vindo de São Paulo e Minas Gerais. Angra dos Reis não fugiu a lei dos impostos.
          Viveu pujanças e decadência, passou por período de grande desenvolvimento, mas, logo depois, estava em fase de decadência profunda.

Setor 2 - Desenvolvimento e progresso

          O município de Angra dos Reis, pela sua lavoura e comércio foi um dos mais importantes do Brasil.
          Dos engenhos existentes daquela época, o engenho central do Bracui era o mais importante pelo aperfeiçoamento e sistema de máquinas – difusão pelo vapor, - e não pelo esmagamento da cana por meios de moedas.
          De 1850 a 1913 isto é, 63 anos corridos, Angra viveu seu período máximo de estagnação. A banca do pescador foi construída pela municipalidade, ainda com os recursos do imposto sobre o peixe salgado em 1914, pelo mesmo engenheiro que construiu o colégio Naval. Além da banca do pescador, hoje destinada aos pescadores artesanais, possui várias lojas em sua parte externa e banheiro.
          O fruto aí está. O progresso, como se desejoso de premiar o amor ao berço natal, foi se achegando: 1928 – construção do cais do porto, novo ciclo do café, plantação de banana, exportação, um novo surto econômico se faz sentir. É como se Angra saísse de um período de trevas para luzes de um renascer. A criação da estiva e sindicato de empregados de armazéns e cais do porto (resistência) foi à representação do pulso forte, da mola propulsora desse novo surto econômico e promissor. Mais uma vez se sentia as graças da mãe de Deus, vindo ao socorro de Angra, era preciso agradecer. Estiva – resistência, num assomo de gratidão promoverá às suas custas a festa de nossa Senhora da Conceição - padroeira da cidade , no dia 8 de dezembro de 1933, mais ou menos.
          Grandes realizações empresariais se sucedam: Estaleiro Verolme, Usina Nuclear, Terminal da Petrobrás, confirmam o progresso, garantem a estrutura de Angra dos Reis. Portentosa, economicamente estabilizada, os valores renovados, zona urbana bem calçada e edificada, nem mais sequer existindo um terreno vazio no centro, ficando no esquecimento a cidade só de frontarias econômica, trazendo fontes de divisa não só local como para o estado.
          O aspecto urbano se renova, as construções crescem agora em sentido vertical, debaixo para cima, o comércio evoluiu dos armazéns aos supermercados, as casas bancárias se multiplicam. E a abertura da grande rodovia litorânea Rio-Santos (BR-101).
          Angra sentiu-se pequena para tanto progresso.

Setor 3 - Cultura, folclore e carnaval

          A festa do Divino Espírito Santo de Angra dos Reis é uma das mais antigas do país e possui uma parte folclórica muito rica e característica da terra.
          Carnaval - Nenhuma data é mais festejada em todo o Brasil do que o carnaval.
          Angra dos Reis já foi palco de lindos carnavais como relembram os saudosistas fazendo rebuscar em memórias os blocos que mais se destacaram em nossa terra.

          Flor de abacate - verde e amarelo
          Cascata - verde e branco
          Lírio do amor
          Moreninha do sertão
          Os narigudos
          Os satrapas

          Na década de 50 o carnaval em Angra recebeu nova roupagem com a fundação de ranchos e escolas de samba.
          No ultimo carnaval de Angra apresentaram quatro escolas no desfile oficial que são: G.R.E.S. Santo António, G.R.E.S. Fortaleza, G.R.E.S. Carmo, G.R.E.S. Camorim e quatro blocos: G.R.B.C. Terra Nossa, G.R.B.C. Glória, G.R.B.C. Balneários e G.R.B.C. Ponta do Leste.
          No ano de 2002 a cidade quer voltar com o seu carnaval, as 5 escolas de samba que são: G.R.E.S. SANTO ANTÓNIO, G.R.E.S. LIBERDADE, G.R.E.S. FORTALEZA, G.R.E.S. CAMORIM e G.R.E.S. MORRO DO CARMO, vão apresentar o carnaval na rua, em homenagem a história dos 500 anos de Angra dos Reis.
          Procissão Marítima - Festa marítima o grande carnaval do mar, evento tradicional em Angra dos Reis, a procissão de barcos é sempre realizada no dia 1 de janeiro.

Belezas naturais a preservação

          Angra com 365 ilhas, 8 baias e 2000 praias, e tem 819 km quadrados de área, sendo que só a ilha grande e detentora de 150 km deste total. A população da cidade é de cerca de 100 mil habitantes sendo que durante o verão este número simplesmente duplica ou até triplica.
          
A vegetação local é rica em madeira de lei, tais como Jacarandá, arribo, cedro, canela – preta e maçaranduba, entre outros.
          De origem Portuguesa a festa do Divino de Alenquer, do século XVII.
          
Durante o apogeu do ciclo do ouro, no século XVIII, a festa recebeu novos elementos, enriquecendo e oficializando a realeza do Imperador Divino, representado por um menino escolhido entre as famílias importantes da cidade, representando o "Divino Poder" sendo recebido com todas as honras, mesmo nas cerimônias religiosas as quais assiste juntamente com seu séquito ato solene.
          Hoje a festa do Divino conta com a folia dos festejos religiosos e passeata do imperador com a sua folia e a bandeira que é representada como as de antigamente trazendo na mesma a efígie do divino em forma de pomba, e várias fitas de diversas cores como adorno ou ofertas dos devotos, que alcançaram alguma graça.
          
Dança das Jardineiras - as Jardineiras apresentam as vendedoras de flores, comum naquela região. Esta dança é executada por moças, metade vestidas de jardineiras e metade de jardineiros, trazendo nas mãos um arco florido, com o qual fazem evoluções.
          Dança dos Velhos - a dança mais popular e conhecida da festa é sem dúvida a dos velhos. Os velhos representam os antigos escravos da terra que homenageavam o menino Imperador com os seus movimentos simples e alegres que contagiam o público.
          
Dança dos Lanceiros - Os lanceiros representam o corpo de guardas do menino imperador, e são personificados atualmente por adolescentes.
          Dança dos Marujos - encerrando o espetáculo de cada noite festiva, apresentam-se os marujos, representando os marinheiros da esquadra portuguesa que segundo a lenda tripulavam a barca que trazia o menino Imperador.
          
Jongo - o jongo é uma dança de origem africana da qual praticavam homens e mulheres.
          As Pastorinhas - As pastorinhas é um grupo folclórico característico das festas natalinas e sua origem remonta possivelmente, as festas e cantos singelos dos pastores da idade média.
          
Quadrilha - Dança de salão de origem Francesa muito em voga no século XIX. Hoje deturpada pela estilização, é apresentada durante os festejos juninos.
          Cana - Verde - Originária de Portugal! é uma dança que faz parte do fandango, conjunto de danças rurais.
          
Moçambique - Bailado guerreiro de origem negra, sem enredo ao som de instrumentos de percussão semelhantes às danças de combate das congadas.
          Cateretê - O nome de origem tupi, mas a coreografia mostra muita influência africana também conhecida por catira.
          
Tonta - Modalidade valsada e sapateada do fandango e cujos versos improvisados devem incluir referências ao sol, porque a tonta é unicamente dançada ao raiar do sol.
          Caranguejo - Modalidade do fandango, canção.
          
Ciranda - Movimento do século passado dão voltas inteiras e fica cada um com seu par.
          Crendices ou Superstições - Vindo na bagagem dos colonizadores e dos escravos, adquiriu a crendice no Brasil, novos coloridos acrescentados pela fantasia de raças incultas, mas de viva imaginação,e que impressionados por fenômenos naturais, cuja origem não podem compreender, nem pesquisar, se contentam em manter e transmitir de geração, em geração tais criações fantásticas, procuramos focalizar apenas aquelas mais envolvidas com a nossa Angra dos Reis
          
Boitatá (de boi: cobra, tatá: fogo). Seria uma cobra de fogo que vaga pelos campos protegendo-os.
          Saci Pererê - Mito do folclore brasileiro difundido de norte a sul e de procedência ameríndia.
          
São Longuinho - Possível corruptela da longuinho (nome de Santo Martyrologum Romanum).
          Mãe-do-Ouro - Ser fantástico que segundo a superstição popular guarda as minas de ouro.
          
Mula-sem-Cabeça - Conforme a crente0 popular, amante de padre é metamorfoseada em mula decapitada.
          Lobisomem - É um mito universal que os colonizadores portugueses trouxeram para o Brasil.
          
A lenda da Ilha - O seu abrigo milagroso só voltaria a vê-la no quatriênio seguinte, segundo a lenda só aparece nos anos bissextos.
          A lenda carioca – vem daí os mais antigos desta terra, transmitiram aos seus filhos: segundo a qual em horas mortas de certas noites são vistos juntos à fonte os namorados de outrora.
          
Ainda sobre a decantada fonte carioca, conta-se que o forasteiro que beber a água da bica do meio deixará ou esquecerá desta cidade.
          Angra tem dentro de seus limites o pouco que resta da antiga Mata Atlântica, motivo de orgulho e preservação para seus habitantes.
          
A pesca já foi uma das principais fontes de recursos do município, porém, com a poluição da baía, este segmento caiu bastante atravessando momentos bem difíceis.
          Quanto ao turismo, Angra tem muito que oferecer: Igrejas seculares, alguns poucos sobradões com girândolas e sacadas de ferro o que restou dos tempos coloniais da época de fausto aristocracia dos senhores de engenho.
          
As paisagem naturais, de beleza inigualáveis, praias de brancas areias e águas límpidas refletem o verde das matas. O pitoresco passeio de lanchas, circulando pequenas ilhas. Hotéis com um relativo conforto e restaurantes onde é oferecida refeição sadia e bem cuidada.
          Não deixe isto acabar, faça Angra dos Reis, viver mais 500 anos.

Sandro Gomes

 

SAMBA ENREDO                                                2002
Enredo     Dos dias de reis , aos contos históricos dos 500 anos de Angra
Compositores     Melo, Gilmar, Gilberto e Ricardo

É lindo ...
Te contemplar espelho d'água
Deságua os encantos sobre mim
Balneário de riquezas
Onde a natureza não tem fim ... e assim
O índio lá na mata também viu
O aportar dos portugueses em dia de reis
O batizado se fez

A cobiça no olhar brilhou
Brilhou, brilhou
Loucos pra te conquistar
Aventureiros de além mar
Piratas e corsário, amor

Seu porto fez progresso no comércio do café
A festa do divino fortalece minha fé
Sambei seu carnaval de rua
Em noite de Lua , eu vi assombração
É Angra , é magia , teu folclore é tradição
Eu vou me vestir de emoção
Ao ver a procissão marítima
Comemorar o Reveillon
No teu mar que me agita

Sacode, balança, quero amar você
Teu clima me faz renascer
Parabéns , parabéns
500 anos de puro lazer