FICHA TÉCNICA 2009

 

Carnavalesco     Paulo Barros e Paulo Menezes
Diretor de Carnaval     Antonio Carlos Salomão
Diretor de Harmonia     Luis Carlos
Diretor de Evolução     Luis Carlos
Diretor de Bateria     Paulo Araújo (Mestre Paulão)
Puxador de Samba Enredo     Rogerinho Renascer
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Luiz Augusto Felipe e Denadir da Silva Inocêncio
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Fábio Júnior e Jéssica
Resp. Comissão de Frente     Alice Arja
Resp. Ala das Baianas     Renato
Resp. Ala das Crianças     Não teve
Resp. Galeria de Velha Guarda     Aguaci da Conceição Ferreira (Dona Sissi)

 

SINOPSE 2009

Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?

Sinopse:

          Durante milhares de anos, o homem caminhou sobre a Terra. Hoje alguns povos ainda se deslocam lentamente, passo a passo, como os ciganos e peregrinos. Caminhar é o meio de locomoção mais antigo e rudimentar.
          Vencer longas distâncias carregando sua bagagem sobre os ombros, ou arrastando-a. O peso aumentava e as dificuldades de carregar artefatos, alimentos e utensílios, também. O transporte terrestre cresceu com a domesticação dos animais, tais como cão, cavalo, rena, burro, camelo, boi, búfalo, elefante, lhama, etc, pois o homem percebeu que poderia usar a força animal para sua locomoção e o transporte de carga. Uma mão na roda passam a ser os carros de boi, as carroças, as carruagens. O conhecimento se funde e os bichos que levavam o peso no lombo começam a puxar os primeiros veículos. Picadas e trilhas viram caminhos e estradas. A viagem segue.
          Até a era pré-moderna, as pessoas passavam uma vida inteira restritas a viagens de poucos quilômetros. Para vencer pequenas distâncias, atravessavam meses de viagem, em andanças intermináveis que pouco influenciavam a mudança de paisagem.
          Velas ao mar, o vento favorável conduzia a terras distantes, línguas incompreensíveis, culturas diversas. As grandes navegações criaram novas rotas, périplos perigosos; múltiplos trânsitos revelaram um mundo desconhecido. As viagens científicas foram as primeiras a traçar os mapas, desenhando e nomeando baías, enseadas, rios, montes e praias.
          Naus e caravelas enfrentam os perigos dos mares, onde realidade e fantasia se confundem, tornando ainda maior o desafio: o medo dos monstros marinhos, dos naufrágios e do fim do mundo na linha do horizonte não impediu os navegantes de buscar ilhas desertas, terras perdidas. Aportaram em outros cantos povoados por animais e plantas exóticas, gente estranha. O interminável oceano conduziu os viajantes a tantos outros mares, outros continentes, outras culturas. Países invadidos, trocas culturais, científicas e econômicas. Novos horizontes se abriram e o homem explorou o mar, dominou a sua superfície, mergulhou no seu mundo silencioso e escuro.
          Esse desejo insaciável de explorar o desconhecido, ultrapassar fronteiras e limites, levantou âncoras e asas. Poderiam os navegantes que se orientavam através das estrelas imaginar que o homem, séculos depois, estaria navegando pelos céus? Que todo o conhecimento extraído das viagens náuticas seria utilizado para cruzar os ares e pousar nas estrelas? Planos invertidos, os navegantes dos céus contemplam os mares de suas aeronaves. Observam o planeta azul e, mais uma vez, se emocionam com suas conquistas.
          O ímpeto da vitória conduz a muitos lugares, produz visões e emoções que só serão vivenciadas por aqueles que não temem o perigo, a altura, a velocidade. Que paixão é essa que leva o homem a correr riscos inaceitáveis em busca da superação? Movido pelo mesmo desejo de descobrir novas emoções, o homem se desloca em motos envenenadas, salta pelos ares em pára-quedas, coloca asas e experimenta um vôo solitário. Pilota carros de alta tecnologia, em que uma fração de segundos o separa do grito da vitória. Ciência e tecnologia são investidas no ganho de melhor desempenho nas pistas.
          Todo esse conhecimento, pouco a pouco, vai sendo incorporado ao cotidiano. Os novos veículos criados permitem uma melhor locomoção e os antigos caminhos se transformam em verdadeiras estradas, para permitir acesso mais rápido entre cidades. Os carros deslizam nas avenidas, se multiplicam. Correm histórias e identidades pelas pistas. Passado e presente se sobrepõem nas ruas. Caminhos que contam a história da humanidade. Um enredo que narra mais uma paixão. Aquela que atravessa séculos conduzindo o homem chega à Sapucaí: "Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?" A Renascer cruza a Avenida.

Paulo Barros e Paulo Menezes

 

SAMBA ENREDO                                                2009
Enredo     Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?
Compositores     Gabriel da Penha, Leandro Nogueira, Luiz Gustavo, Deco e Hélio Luna
Passo-a-passo, caminhei
Pelas estradas da história
E encontrei na trajetória
A essência de viver
Levei na bagagem
A coragem pra vencer
Andanças que a "fé" confortou
Distâncias que a roda encurtou
E o mundo se movimentou (e no mar)
Velas ao vento, são novos tempos
Mistério no olhar
Ao longe... O horizonte
E o prazer em desbravar

Lá vou eu, o infinito desvendar
Do mar, vi o céu
Do céu, vi o mar
No futuro, o que será?

Máquinas, tecnologia
Nas pistas, uma paixão que contagia
Corre nas veias superação
Testar limites, ser campeão
Motores da evolução
Vou desfilar... A bateria a me embalar
Viajar de alegoria... Que emoção!
De Jacarepaguá, eu vim sambar
E acelerar seu coração

Vai Renascer a esperança
A confiança a me guiar
Sou peregrino, que não se cansa
Ao meu destino vou chegar