FICHA TÉCNICA 2001

 

Carnavalesco     Mauro Quintaes
Diretor de Carnaval     Guilherme Amorim Nóbrega
Diretor de Harmonia     Guilherme Amorim Nóbrega
Diretor de Evolução     Guilherme Amorim Nóbrega
Diretor de Bateria     Lourival de Souza Serra (Mestre Louro)
Puxador de Samba Enredo     Edson Marcondes (Nêgo)
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Reinaldo Teixeira (Ronaldinho) e Marcella Alves
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Carlos Eduardo Júnior (Mosquito) e Priscila Rosa
Resp. Comissão de Frente     Caio Nunes
Resp. Ala das Baianas     Lecy Souza de Oliveira (Tia Ciça)
Resp. Ala das Crianças     Margareth Valença

 

SINOPSE 2001

Salgueiro no mar de Xarayés, é pantanal, é carnaval

            Nas terras e no Mar de Xarayés, num mundo vasto, imenso, não mais alcançável pelos olhos naturais, surge a civilização do Pantanal. Um universo pleno d’água, fauna diversa e exuberante, flora variável, que só podemos olhar com os olhos da imaginação. E, assim, vá, SALGUEIRO, navegue no seu imaginário fortemente lúdico, que surge do mundo das águas.
           
É o Pantanal, alimentado pelo volumoso Rio Paraguai. Desta forma, encontre, SALGUEIRO, a história das nações indígenas que contribuíram para que o território brasileiro seja bem mais vasto do que era. Descubra a dignidade dos Guaikuru, que se desenvolveram fazendo intercâmbio com o Império Inca, na Cordilheira dos Andes, utilizando-se da malha viária calçada de pedras com oito palmos de largura – denominada Peabiru, que ligava a região de Itatins, no Pantanal sul-matogrossense com a capital Inca, em Cuzco (Peru), e ao Oceano Atlântico, onde hoje está São Vicente.
            Os Guaikuru, os primeiros pantaneiros, foram exímios criadores de gado, utilizadores de armas de caça e fabulosos cavalgadores, os únicos dentre as demais nações indígenas. Revele, SALGUEIRO, que esses valentes índios cavaleiros foram ferrenhos inimigos dos jesuítas e dos colonizadores espanhóis, donos do atual território sul-mato-grossense.
            Os Guerreiros Guaikuru, aliados aos portugueses desde os primeiros contatos e, definitivamente, a partir de 1791, firmaram o "Tratado de Paz e Aliança Eterna" com a Coroa Portuguesa. Sem os Guerreiros Guaikuru, hoje não teríamos o Pantanal, que seria do Paraguai.
            Da nação Guaikuru, o SALGUEIRO descobre outras tribos de real importância para a história e a cultura dessa região: Guarani, Payaguá, Guaxarapo, Xarayés, Kadiwéu, Nhandewá, Kaiowá, Tupi, Terena e Guató.
           
Espanhóis e portugueses, os colonizadores da região, exercitam a primeira visão do paraíso, entrando pela Bacia do Prata até chegarem ao Pantanal e, desta forma, seguem em direção à Serra de Prata. Eles consideravam que ali estava o Paraíso na Terra.
            Nossos índios de fronteira trocam suas vivências com os paraguaios e bolivianos, que passam a ser nossos vizinhos após a definição do território pantaneiro.
            É preciso navegar, SALGUEIRO, penetrar no universo água-pantaneiro-bugre. É preciso descobrir o povo já misturado de índio, caboclo, negro e branco. E, com a bandeira salgueirense, encontrar as Índias Castelhanas, que, unidas e integradas neste Novo Mundo, construíram lendas e histórias fantásticas da magia pantaneira, bem como seu folclore, sua culinária, seus hábitos cotidianos e sua arte através da pintura, da dança e da música.
            Continue, SALGUEIRO, vá navegando. Penetre mais por este universo, já que as águas te dão essa permissão. Vá, e, em lugar de grades águas, encontre os Kadiwéu, primeiros descendentes dos Guaikuru, naquilo que foi o imenso mar de Xareyés.
            Saboreie, SALGUEIRO. Farte-se na abundância da natureza que vai lhe proporcionar uma comida farta e de paladar inigualável. Enriqueça-se de prata e ouro. Ouça o canto de múltiplos tipos de aves e veja seus animais.
           
Por sua grandeza, pela grandeza e riqueza do seu povo e de sua natureza, pelas lutas em favor da independência do Homem e do espírito e por ser um dos mais significativos ecossistemas do planeta, que urge a sua preservação, o Pantanal, diz o SALGUEIRO, é o Santuário Ecológico da Humanidade

 

SAMBA ENREDO                                                2001
Enredo     Salgueiro no mar de Xarayés, é Pantanal, é Carnaval
Compositores     Augusto, Zé Carlos do Saara e Rocco Filho
Um sonho me levou
Com Salgueiro a navegar
Na chalana da ilusão
Pelo mar de Xarayés...
Linda aquarela
Fui ao império dos sol
Por pedras encravadas pelo chão
Caminho da paz e da cultura
Que uniu as civilizações

E a passarela vira um mar de amor
Canta Salgueiro
E o Pantanal vai dando um show de cor
Enfeitiçando o mundo inteiro

Heróicos Guaykuru
Um galopar de liberdade
Um dia o Pantanal chorou...chorou...chorou
E floresceu brasilidade
Lá se vai o predador
E a cobiça do invasor
Pantaneiro canta e dança
Num mar de felicidade
Conta lendas castelhana
Me embala neste teu sonhar... teu sonhar
Sinto a falta do teu cheiro
É gostoso teu tempero
Óh! Morena...morená

Voa...voa Tuiuiú... que beleza!
Deixem em paz a Arara Azul e a natureza
O Salgueiro na avenida é emoção
A voz mais alta em nome da preservação