FICHA TÉCNICA 2012

 

Carnavalesco     Renato Lage e Márcia Lage
Diretor de Carnaval     Anderson Abreu, Luiz Eduardo Lima Azevedo (Dudu Azevedo), Renato Duran e Paulo Barros (Paulinho)
Diretor de Harmonia     Alda Anderson Alves, Jomar Casemiro (Jô) e Siromar de Carvalho da Silva (Siro de Carvalho)
Diretor de Evolução     Alda Anderson Alves, Jomar Casemiro (Jô) e Siromar de Carvalho da Silva (Siro de Carvalho)
Diretor de Bateria     Marco Antônio da Silva (Mestre Marcão)
Puxador de Samba Enredo     Melquisedeque Marins Marques (Quinho), Sérgio da Silva (Serginho do Porto) e Leonardo Bessa
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Sidclei Marcolino dos Santos (Sidclei) e Gleice Brito (Gleice Simpatia)
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Carlos Eduardo Júnior (Mosquito) e Luana Gomes
Resp. Comissão de Frente     Hélio Bejani
Resp. Ala das Baianas     Maria da Glória Lopes de Carvalho (Tia Glorinha)
Resp. Ala das Crianças     Não teve
Resp. Galeria de Velha Guarda     Maria Aliano (Caboclinha)

 

SINOPSE 2012

Cordel branco e encarnado

Sinopse:

          Salgueiro (Cheio de poesia, imaginação e encantamento) apresenta:

Cordel Branco e Encarnado

Minha “fia”, meu senhor
Deixa eu me apresentar
Sou poeta e meu valor
Vai na avenida passar
Basta imaginação
Um “cadim” de inspiração
Que eu começo a versar

Vou cantar a minha arte
Que nasceu bem lá distante
Num lugar que hoje é parte
Da nossa origem errante
Vim das bandas da Europa
Nas feiras, a boa trova
Era demais importante!

Foi assim que o mar cruzei
Na barca da encantaria
Chegou por aqui um Rei
Com bravura e poesia
Carlos Magno o os doze pares
Desfilando pelos mares
Da mais real fidalguia

E veio toda a nobreza
Que um dia eu imaginei
Rainha, duque, princesa
E até quem eu não chamei:
Um medonho de um dragão
Irreal assombração
Dessa corte que eu sonhei

Também tem causo famoso
Que nasceu lá no Oriente
De um tal misterioso
Pavão alado imponente
Que cruza o céu de relance
Dois jovens, e um só romance
Vencendo o Conde inclemente

Todas essas histórias
Renasceram no sertão
Onde vive na memória
O eterno Lampião
E não houve um brasileiro
Que de Antônio Conselheiro
Não tivesse informação

Pra viajar no meu verso
É preciso ter “corage”
Vai que um bicho perverso
Surge que nem “visage”?
Nas matas sertão afora
Lobisomem, caipora
Que medo dessas “image”!!

Pra findar esse rebuliço
Rezar é a solução!
Valei-me meu “padim” Ciço!
Vá de retro, tentação!
Nossa Senhora eu não quero
(Tô sendo muito sincero)
Cair nas garras do cão!

E não é que meu santo é forte?
Cheguei ao céu divinal
É tamanha a minha sorte
A minha vitória afinal
É cantar com alegria
Fazer verso todo dia
Na terra do carnaval

Ao ver chegar a tal hora
Da minha “alegre” partida
Saudade, palavra agora
Tem posição garantida
Mas não se avexe meu irmão
Que hoje a coroação
Acontece é na avenida

Pois eles hão de herdar
Todo esse sertão sonhado
Monarcas que vão reinar
Na corte do Sol dourado
Poetas de tradição
Recebam de coração
Um cordel Branco e Encarnado

E agora eu vou sem medo
Fazer festa “de repente”
Vai nascer um samba-enredo
Pra animar toda a gente
Afinal, não sou melhor
Muito menos sou pior
Só um poeta diferente!

Renato Lage, Márcia Lage e Departamento Cultural

 

SAMBA ENREDO                                                2012
Enredo     Cordel branco e encarnado
Compositores     Marcelo Motta, Tico do Gato, Ribeirinho, Dílson Marimba, Domingos PS e Diego Tavares

Sou "cabra da peste"
Oh minha "fia", eu vim de longe pro Salgueiro
Em trovas, errante, guardei
Rainhas e reis e até heróico bandoleiro
Na feira vi o meu reinado que surgia
Qual folhetim, mais um "cadim, vixe maria!"
Os doze do imperador
Que conquistou o romanceiro popular
Viagem na barca, a ave encantada
Amor que vence na lenda
Mistério pairando no ar

Cabra macho justiceiro
Virgulino, é Lampião
Salve, Antônio Conselheiro
O profeta do Sertão

Vá de retro, sai assombração
Volta pra ilusão do além
No repente do verso
O "bicho" perverso não pega ninguém
Oh meu "padinho", venha me abençoar
Meu santo é forte, desse "cão" vai me apartar
Quero chegar ao céu num sonho divinal...
É carnaval! É carnaval!
Salgueiro, teus trovadores são poetas da canção
Traz sua côrte, é dia de coroação
Não se "avexe" não

Salgueiro é amor que mora no peito
Com todo respeito, o rei da folia
Eu sou o Cordel Branco e Encarnado
"Danado" pra versar na academia