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Sacode, mexe-mexe vamos
ver o que vai dar.
Na era do zodíaco cada um tem seu lugar
Introdução:
No momento em que o mundo passa por diversas transformações, quando uma nova era já se iniciou, nos preocupamos com a evolução e desenvolvimento da raça humana. Quando os valores e caráter se misturam com a necessidade de sobreviver, é necessário buscar apoio e orientação nas ciências que estudam o comportamento humano, com a finalidade de compreender e ser compreendido.
Por isso estamos buscando na Astronomia e na Astrologia, ciências que estudam as influências dos Astros no futuro da raça humana e no comportamento do homem, um autoconhecimento para tentar superar dificuldades, relacionamentos e comportamentos errôneos que levaram ao atual estágio em que nos encontramos.
Hoje nossa agremiação passa por diversas dificuldades, mas a pior de todas é a falta de credibilidade e o desentrosamento com a comunidade, que por sua vez também não faz nenhum esforço para mudar essa realidade.
Por isso convidamos os compositores, sambistas e amigos a fazer parte desta corrente, que quer ver hoje no G.R.E.S. União de Guaratiba o que foi enquanto Bloco Carnavalesco.
Sinopse:
Zodíaco
Grande área celeste na qual se move o sol, e no seu movimento aparente todo o sistema solar, com seus planetas, luas, etc.
Esta grande área está localizada dentro da Via Láctea, que por sua vez é formada por várias estrelas e outros corpos celestes. Estas estrelas na sua grande maioria estão agrupadas, formando assim constelações.
Zodíaco: rota através da qual o Sol parece se mover. Está dividida, de forma imaginária, em doze partes, o que corresponde a doze constelações de extensão bastante irregular, mas valendo cerca de 30 graus de Longitude. Sendo assim, o Zodíaco é uma representação gráfica, elaborada por meio de cálculos complexos e minuciosos, de componentes astronômicos e astrológicos. No seu somatório podemos dizer que o Zodíaco tem 360 graus e está dividido em doze partes, chamadas de signos.
Podemos então correlacionar a trajetória dos astros durante o ano solar com seus dias e meses.
Cada signo do Zodíaco recebeu o nome da constelação na qual se achava localizado há milênios, quando tudo isso se iniciou. A cada um dos doze signos do Zodíaco atribuem-se influências e características próprias. As influências benéficas e maléficas de cada planeta, juntamente com as do Sol e da Lua, são modificadas pêlos signos de acordo com sua localização no mapa astral de cada um.
Dessa forma, Júpiter pode indicar riqueza em um signo, fama em outro e beleza em outro mais. Do mesmo modo que Saturno pode indicar fealdade, pobreza ou deformidade, segundo a sua posição no horóscopo.
Como já dissemos antes, para traçar um mapa astral ou ler um horóscopo é necessário elaborar cálculos complexos e minuciosos de componentes astrológicos e astronômicos.
O Zodíaco é encontrado em quase todas as tradições do mundo; é o símbolo de difusão mais universal, a grande roda da vida (do grego ZOE: vida, e DIACOS: roda). Encontramo-lo na imagem da Serpente mordendo a própria.
Astronomia
Ciência que estuda os movimentos, fenômenos e Leis dos corpos celestes. O termo Astronomia deriva das palavras gregas ASTRON: astro e NOMOS: lei dos astros.
Sua origem se confunde com as da civilização. A necessidade de ordem prática como a de estabelecer um calendário ordenado, exigia a observação do céu estrelado, e é por isso que em todos os povos da antiguidade já encontramos certos conceitos Astronômicos. O reconhecimento da ordem geral cios movimentos celestes levou ao conceito de lei natural, imutável. A associação de fatos ordinários da vida aos fenômenos celestes deu a estes uma importância toda especial ligada à previsão dos destinos humanos: nasceu a Astrologia.
Astrologia
Arte ou ciência de predizer os futuros acontecimentos humanos pela posição das estrelas e de outros corpos celestes. O estudo da Astrologia, como o da Astronomia, já era desenvolvido nas antigas civilizações Mesopotâmicas e na Grécia. Na eficácia desta arte, espalhou-se rapidamente: Roma, índia, China, Egito, Arábia, Babilônia e Assíria.
No início a Astrologia era usada no coletivo, mas estudos minuciosos levaram os gregos a traçar um horóscopo individual, tendo por base a posição dos planetas no momento do nascimento ou da concepção. O campo da Astrologia alargou-se até abranger quase todas as ciências conhecidas, cores, metais, pedras, plantas e animais, e todas as espécies foram associadas aos signos do Zodíaco e colocados sobre sua tutela.
Os doze signos do
zodíaco e suas características
Doze forças:
Estamos na presença de doze caracteres, doze arquétipos elaborados no decorrer dos tempos pela intuição humana. É certo que não existe escorpião ou aquário 100%: isso seria simples demais; cada ser é uma mistura fabulosa de elementos diversos. Mesmo no tema Astral, entram em um jogo múltiplas combinações que fazem da pessoa um caso absolutamente único: a influência, as interações entre os signos, planetas e casas.
Estes doze signos dividem-se em quatro famílias que têm conexão com os quatro elementos nos quais se baseia a natureza: Fogo, Terra, Ar e Água. No equilíbrio dessas forças os valores masculinos do Fogo e do Ar confrontam os valores femininos receptivos da Terra e da Água.
Áries
É o primeiro signo do Zodíaco: 21 de março a 20 de abril, o despertar rude das forças vitais. Ele manifesta a causa primeira, a essência primordial. Na tradição védica, corresponde ao deus do fogo, Agni. Áries exprime, portanto, o sopro do fogo criador que anima toda a matéria e lhe comunica a vida. É o impulso criador e transformador.
As reações do Ariano se manifestam pelo arrebatamento, pela inspiração súbita, pelo impulso brusco e sem reflexão sobre as conseqüências possíveis do seu comportamento. Ele não duvida; suas impressões parecem-lhe emanar do infinito, progride por acessos de humor, por saltos e rompantes, por penetrações sucessivas. Sempre em efervescência criativa, não suporta a rotina nem os obstáculos; inquieto e insaciável abre caminho de cabeça abaixada, o que muitas vezes lhe vale muitas decepções. A força da sua energia espontânea o expõe a todos os riscos, todos os perigos. Ele deve exprimir-se de um modo ou de outro, manifestar-se, senão explode. Os empreendimentos novos lhe permitem servir-se ao mesmo tempo da sua ousadia e da sua atividade transbordam e; mas a sua efervescência indomada muitas vezes o faz ir além do objetivo lixado, o que o conduz direto à ruína. Não importa se, ele se recupera, está pronto para recomeçar, a tentar novamente a sorte. E um ser que vive, pensa e reage em função do momento.
O Ariano é dotado de uma constituição vigorosa, de grande vitalidade e de boa capacidade de recuperação. Seu élan vital o leva ao esbanjamento da energia, donde o perigo de congestão cerebral para o organismo; psicologicamente, a neurose o espreita se não sabe controlar seu impulso. Os nativos deste signo têm necessidade de darem-se ares; "brilhar" na natureza lhes faz o maior bem. Eles devem exprimir-se com seu corpo, gastar-se fisicamente, senão sua superagitação mental ocupa todo o campo da sua consciência. A riqueza do seu inconsciente lhes dá discernimento em todos os domínios; pressentem mais do que sabem.
Expressivos e generosos, passionais, vivem de sensações fortes, choques, angústias. Porém, há emoção demais nesses seres ao mesmo tempo entusiastas e cândidos para que vejam a realidade sob a luz verdadeira: esta muitas vezes é deformada pela sua imaginação e pêlos fantasmas. Seu pouco senso prático é compensado por um dinamismo que cria sua torça. Mas cuidado com os atos refletidos e depois lamentados; atenção às decisões impensadas. Mais vale parar ao primeiro movimento de irritação para se controlar. O Ariano inteligente pode então se desenvolver de modo criativo. Seu problema: pode conservar intacto o entusiasmo do começo de uma tarefa até o fim. Altruísta, bom companheiro, este impulsivo tem necessidade de se exteriorizar: pode então constranger os que o cercam por gestos bruscos e explosões. Quando, pela concentração, consegue dominar a violência dos seus impulsos, torna a encontrar a energia pura do fogo sagrado.
Touro
Segundo signo do Zodíaco, situado entre 21 de abril e 20 de maio, o Taurino materializa as forças criativas postas em movimento por Áries: a vegetação fortifica suas raízes, as plantas crescem, os primeiros frutos aparecem. Imagem da fecundidade, poder da Terra - Mãe fecundada pelo fogo. A vida, oculta no seio da matéria, toma impulso: o instinto desperta.
Estimulado por uma energia positiva, em afinidade com a sua, este signo dá o melhor de si mesmo. Sua sensibilidade é guiada pelo impulso instintivo do desejo. É a imagem da natureza no trabalho, com sua lenta maturação e sua potência.
O Taurino atrai a dominação: precisa saber que influência, que elemento o controlará. Tem necessidade de ser estimulado pela atenção dos outros e é conduzido pelo que possui: paixões, inclinação irresistível, maternidade ou paternidade... Pelo seu poderoso magnetismo, atrai e transforma as forças secretas que o cercam. Um médium nato.
Paciente e laborioso, as tarefas penosas não o desagradam. Ele vibra com o Belo, tudo lhe pode dar prazer. Sente-se em comunhão com o cosmos. Fiel à amizade, é sólido nas suas relações sociais e profissionais. Mas pode ser egoísta, egocêntrico, preguiçoso, indolente, e glutão: sua receptividade e sua sensualidade, então mal controladas, desabrocham a vontade; toma-se então o escravo satisfeito dos apetites que o governam.
Obediente aos seus hábitos, apegado à ordem dos trabalhos e dos dias, de humor teimoso, é obstinado em suas realizações. As emoções o marcam, ele as remói por muito tempo antes de explodir seu ressentimento ou sua angústia no momento em que os que o rodeiam menos esperam.
De natureza vegetativa, lento em se mover e em comover, sua saúde física depende do domínio dessa espécie de ruminação mental que o ocupa por trás de sua placidez. Malgrado sua lentidão, uma vez lançada, sua massa afasta todos os obstáculos: vai direto ao objetivo, infatigavelmente. O taciturno transforma-se então num ser ardente, que pode transbordar sua energia na alegria, na cólera, ou canalizá-la num espírito realista e prático. Eficiente, tem urna inteligência palpável.
Seu prazer de viver vem das raízes: ele capta, mama a energia da natureza. Este amor pela terra e seus frutos pode dar-lhe um instinto vivo de possessão que favorece o atrativo do ganho. Mas sua vida continua sendo uma dança de coisas e de seres, uma festa na qual, meio escravo e meio senhor, tenta existir calma e simplesmente na harmonia natural.
Gêmeos
De 21 de maio a 21 de junho, encontramo-nos em uma nova etapa para a natureza que conquista, após a fecundação (fogo) e a germinação (terra), o elemento ar. As plantas desenvolvem todas as suas ramificações, as árvores que sorvem luz e substâncias aéreas expõem ao céu as suas ramadas e os frutos aparecem. Nestes dias, o ser assegura sua evolução descobrindo sua dualidade: o mito dos gêmeos Castor e Pólux, o fluxo alternado de inspirar e expirar. Neste signo, o primeiro com dupla polaridade, descobre-se a união dos princípios masculino e feminino. No ciclo do inundo, os geminianos marcam a eclosão do ovo, a diferenciação do elemento pai-mãe: o mundo da dualidade, o mundo dos contrários se cria e se materializa novamente.
As tendências dos Geminianos se manifestam por uma busca da independência, transição que traz consigo uma divisão de si mesmo. A formação do eu só pode realizar-se por um desapego diante da situação, e o consciente, ao despertar, assinala sua separação do inconsciente. Este signo duplo, emblema da tomada de consciência e do impulso da inteligência, se caracteriza por sua atividade que se interessa por tudo e pela sua adaptação a todas as situações. Seus motivos de ação não decorrem do raciocínio, mas dos atos espontâneos. Movido pela inspiração do momento, vai direto ao objetivo. Suas faculdades de malabarista lhe permitem sair de situações as mais difíceis. Embora seja pouco vidente, deve desconfiar da sua instabilidade e desse dom de imitação que pode sufocar a personalidade profunda.
Desembaraçado, intuitivo, falador, precisa refrear seus lados exaltados. Sua vida, sob todos os aspectos, é variável e móvel. Este ativo dotado de grande vitalidade possui um psiquismo fraco e a solidez dos seus nervos nem sempre consegue contrabalançar sua desordem mental. Esta pessoa volúvel, companheira agradável e desorientadora, levada aos extremos e dotada de atitudes múltiplas, tem uma grande faculdade de esquecer. Apaixonados um dia, alheios no dia seguinte, os Geminianos se interessam por todas as novidades: precisam fugir à monotonia. Seres inteligentes e impacientes pertencem ao signo mais móvel do Zodíaco. Estes eternos mutáveis dão pouco valor à duração ou ao enraizamento. Sua atenção se esgota rapidamente e precisam sempre encontrar soluções astuciosas para abreviar sua ação.
Os nativos do signo têm de se tornar senhores da sua intuição para possuírem o alento e a clareza necessários à boa conduta da sua vida. Tal como o bambu, eles se dobram, mas não partem.
Câncer
Com o solstício atinge-se um ponto culminante do ciclo natural: Câncer, de 22 de junho a 22 de julho, simboliza o triunfo das forças geradoras e materiais. Então, a unidade ternária - espermatozóide (Áries), óvulo (Touro) e germe (Gêmeos) - se transforma num indivíduo. A nova célula constrói sua carapaça e suas defesas, tal como um caranguejo. Este primeiro signo da água pode assumir a imagem de uma fonte ou de um arroio.
O nativo de Câncer reflete, portanto, a formação da vida ainda irrealizada: ao mesmo tempo ele se busca, quer defender-se contra a agressão externa e procura seu caminho na vida. Seus estados d'alma se banham num mar de sensações vagas, de impressões indistintas que giram em tomo das três necessidades básicas: fome, sede e sono.
Influenciado pelas suas tendências hereditárias, permanece preso às tradições e costumes do passado; o clã, a família, a casta social formam um universo do qual ele não gosta de se desligar. Sua existência se desenrola como que em retiro, do mundo e o ser funciona e se anima comunicando-se com as forças subterrâneas do psiquismo. O indivíduo desse tipo será frequentemente um sedentário; calo e apaixonado do silêncio interior e de seu mundo de sonhos que sabe estimular à vontade, o nativo de Câncer vive concentrado em si mesmo e se identifica facilmente com sua mãe. O que não lhe impede, entretanto, de ter grande gosto pelas viagens e excelente contato com os outros, se quiser. As imagens da sua experiência presente servem mais tarde para alimentar suas lembranças do passado; tende para lembranças e imaginação, tem o prazer da casa, do lar, de todo um ambiente íntimo, caloroso, onde se sente seguro. Esta necessidade pode tomá-lo tímido, pudico e, muitas vezes, desarmado perante as duras realidades do quotidiano. Arisco, "no mundo da lua", apreciando a solidão e o recolhimento, ele pode criar uma atmosfera mágica em sua vida, e seu afastamento diante das coisas pode levá-lo ao alheamento. Este intuitivo hipersensível, este doente imaginário, muitas vezes se recolhe na sua carapaça, o que pode levar a certa esquizofrenia. Ele precisa ter ao seu redor energias ali vás para dissipar as brumas da sua emotividade. Paradoxalmente, seu efeito passa por uma realização na e pela vida coletiva, mas sem restrições e na qual lhe será dado transmitir a outrem um pouco da sua vida interior. O nativo de Câncer precisa de apoio para sua atividade, do contrário fica andando em circulo...
Leão
De 22 de julho a 22 de agosto passa no céu a energia transmutadora do Leão. O indivíduo atinge sua maturidade, tal como a vegetação ambiental: é o fruto em todo o seu esplendor.
Eis aqui o estado da plena consciência do eu e do nascimento do intelecto, aquela faculdade de discernimento. O eu racional é concebido como uma unidade diferente das outras, que sabe orientar seu destino com toda liberdade. .O egocentrismo traz a marca dessa vontade da qual o Leonino é tão orgulhoso. Ele aparece então como um elemento à parte de toda a sociedade que desejará sempre modelar mais ou menos segundo a sua visão brilhante do universo. Excelente organizador, condutor de seres, ergue seu Eu como um estandarte e, para ele, querer já significa poder. Compraz-se na competição que revela o poder da sua energia e do seu esforço; este último é constante, como se o Leonino quisesse imprimir sua marca em tudo o que toca. Ser de paixão e de ideal sabe se mobilizar inteiramente e dedicar-se a uma única tarefa, que se realizará a despeito de e contra todos. Consegue sentir-se livre em seu movimento, será eficiente e se entregará de todo à sua tarefa. Este realista e idealista ama, naturalmente, os clãs, os partidos, as células, onde pode revelar-se em todo o seu esplendor. Sua força de iniciativa, sua constituição robusta, sua obstinação e seu grande coração são, além disso, um grande apoio para o grupo.
Sua pessoa, centro do inundo, gosta de exibir poder e riqueza, o que pode torná-lo insuportável. Leal, porém, suas explicações são claras. Ele ama, obrigatoriamente, a verdade...
Escravo do seu poder e dos seus excessos, esse ambicioso permanecerá fiel à sua causa, em detrimento de uma adaptação ágil a novas situações; tentará conservar o universo que criou sob medida; as desilusões podem ser cruéis para seu orgulho.
Este signo do fogo deve dominar a chama que o anima e reconhece que ela não nasce dele...
Virgem
De 23 de agosto a 22 de setembro, o Sol percorre o sexto signo zodiacal: Virgem.
Começa um novo ciclo da natureza. A terra, tornada estéril, não é mais produtiva. Uma vez formada a individualidade no signo de Leão, ela se fortalece, se firma, neste sexto signo: após a surpresa da descoberta do seu ego, chega o momento das contas e da reflexão calculista sobre si mesmo. O ser busca sua medida na razão, é o triunfo da lógica: separam-se os elementos para assimilar somente os que são escolhidos. O nativo de Virgem é um organizador: o espírito triunfa sobre a matéria. A energia se investe da inteligência: o espírito temperado disfarça as fraquezas do físico.
O nativo de Virgem se coloca "do outro lado", seu olho é o do biologista ou do relojoeiro que perscruta os fenômenos exteriores. O universo parece transformar-se numa máquina que se deve controlar para servir-se dela; portanto, só se valorizam as partes. Tudo é regulamento, os usos e convenções substituem a sensibilidade, a vida social fechada serve de base às trocas: eis aqui o reino da linguagem e do comércio. Esta faculdade de conhecer consolida o despertar da análise; é a libertação do ser pelo pensamento. Penso, portanto existo.
Sua constituição muitas vezes é fria e seca, dando-lhe um temperamento nervoso e funções vitais reduzidas. Este ser seletivo e econômico dá importância aos detalhes; sujeito à inquietação, ele não pára de criar problemas para si mesmo. Para ele, a vida tem como que um lado dramático, dir-se-ia que ela o ameaça; as forças do instinto lhe dão medo, o amor parece a atentado ao pudor.
Sua reflexão sobre cada coisa lhe dá uma posição realista, às vezes em demasia; uma sociedade Virgem seria esterilizada, inodora, incolor e insípida. A perfeição moral e a honestidade são instituídas como valores supremos. O nativo de Virgem se pretende clássico, prático, analítico e prefere a calma serena às alegrias transbordantes do prazer. Do mesmo modo que o ser de Leão é expansivo, o deste signo é reservado, sóbrio, e tentado a isolar-se. Este inquieto que busca a sabedoria numa perpétua falta de segurança é susceptível e irritável. Sua reserva muitas das vezes oculta sua gentileza.
Seus prazeres são os do dever cumprido. O perigo que o espreita: estreitar seu eu e sua visão do universo até amesquinhá-los. Contudo, o nativo de Virgem pode encontrar sua fecundidade no espírito e verter a luz do pensamento para fazê-lo brilhar sobre o mundo; este era o papel das virgens sagradas, guardiãs do Logos, a inteligência divina.
Libra
De 23 de setembro a 22 de outubro, o Sol passa pelo signo da Balança; eis o declínio do mundo orgânico, mas também o impulso do sentido espiritual. A vida passa do exterior para o interior e a Balança equilibra os elementos antagônicos; ela reconcilia, em seu centro eqüitativo, a vida e a morte. Seu mundo é o da medida e dos semitons; a tolerância e a reconciliação aparecem, assim como a vontade da harmonia; o equilíbrio entre os contrários se faz espontaneamente: estes tomam-se complementares em lugar de se combaterem. Criação, dissolução e recriação das formas do universo compõem o movimento dinâmico da Balança que se converte sempre no equilíbrio das forças.
Assim como o nativo de Virgem se recolhe sobre si mesmo e se separa do mundo, o nativo de Libra inicia a integração consciente da personalidade no Todo: o grupo social não só é aceito como também desejado. Vênus Afrodite, deusa do amor, das artes, do verdadeiro, da beleza, da graça, vela sobre este reino. Nenhuma forma de energia é rejeitada, o nativo de libra procura harmonizá-las todas. O universo é experimentado como poesia, música, amor e conhecimento espiritual. O nativo de Libra transmite a intuição: o ser se dirige para seu centro e aprende a se conhecer em relação aos outros. De natureza delicada, o nativo de Libra é nervoso e acusa todas as variações do meio; seu equilíbrio é sempre reencontrado, mas sua fluidez o ajuda. Ao mesmo tempo espontâneo e tímido este ser é orientado essencialmente pelo sentimento. Agradável ou desagradável, estes são seus critérios de escolha. Generoso, franco, hospitaleiro, ele se apega às pessoas quando as sente, mas pode ser asfixiado pelo seu próprio ambiente; seu humor estável compensa sua sensibilidade às vezes dolorosa. Ele se amolda às circunstâncias com toda destreza e tem uma tendência de deixar os outros à vontade.
O nativo de libra gosta de guardar, encantar e seduzir, e fará todas as concessões necessárias para salvaguardar a paz ao seu redor. Este amor à justiça é seu ideal humano. Tudo é concebido como uma alternativa. Privado de meios de ataque, este signo não aprecia a conquista e procura a facilidade. Ele terá a tendência de deixar a maior parte do trabalho aos outros e lhe dar o toque final. Pelo seu movimento, este signo reconhece a lei da energia essencial que cria a dualidade.
Escorpião
De 23 de outubro a 21 de novembro, o Sol percorre o céu no eixo do Escorpião. Este signo da água introduz um novo aspecto do nascimento: a morte-renascimento. Neste mês, tudo se fecha na obscuridade e na fermentação interna da terra. Cria-se então o húmus, essa decomposição do vegetal que servirá de base para uma nova vida.
Após Câncer, que preside a entidade em vias de evolução, e os três signos precedentes que simbolizam a formação da entidade humana: individualização (Leão), despertar da inteligência (Virgem) e da intuição (Libra), em Escorpião, o ser passa por uma prova iniciática que o aproxima da unidade primordial e o libertam do conflito dos contrários, morte-vida, sombra-luz, e os outros etc. O nativo deste signo herda a consciência de uma energia universal que transcende o espaço-tempo; como na iniciação órfica em Elêusis, ao realizar ciclo vida-morte, ele se liberta.
O nativo de Escorpião passa por estados de crise exacerbados; sua tarefa consiste em tornar-se senhor dessas energias inferiores que, senão, devoram sua personalidade. Este conflito latente e permanente deve ser resolvido. A dúvida e a esperança são superadas pela sujeição da ação; este ser receptivo, chamado por Deus e tentado pelo Diabo, deve descer ao inferno para se realizar; se hesitar diante da prova, ele se fechará na crise e se engolfará no vulcão das suas paixões desenfreadas. Malgrado sua lucidez, o nativo de Escorpião encontra-se projetado em situações indesejadas; a hipocrisia, o dom de dividir para reinar, um atrativo duvidoso, a fascinação exercida por sua pessoa impregnada da aura do sexo, suas atitudes enigmáticas, seus ressentimentos, ocultos e depois brutalmente revelados, fazem dele um ser temido. Seu gosto pela perfeição nos detalhes, sua perseverança, seu pressentimento de relações entre causas e efeitos, seu senso crítico criam no mundo social um nó de forças em torno de sua pessoa.
O nativo de Escorpião se banha na noite do mistério, até mesmo sua toalete é mágica. Ao mesmo tempo fada e feiticeira, a mulher nativa deste signo é frequentemente "fatal". Uma vontade interiorizada, mas onipresente, um temperamento secreto e passional, tendências exclusivas e tirânicas exigem dos outros que adotem certa estratégia em relação a ele.
Se o nativo de Escorpião sacrifica suas prerrogativas, se deixa ir à sua profunda intuição do jogo do universo e dos seres, pode chegar ao alheamento e à visão: ele se sabe, então, ao mesmo tempo espectador e ator do teatro cósmico.
Sagitário
De 22 de novembro a 20 de dezembro, a natureza se tranqüiliza e adormece. O signo do Sagitário, este arqueiro centauro, meio cavalo e meio homem, simboliza o poder instintivo realizador no e pelo humano. É a hora do recolhimento e da síntese. A violenta fermentação do Escorpião se transforma aqui numa nova chama. Fogo purificador que se prorroga para o ilimitado: a abdicação do eu, o abandono do ego. Decantação das aspirações demasiado humanas, a serviço de uma experiência que ultrapassa o indivíduo. Filósofo ou nômade dos grandes espaços, o Sagitariano, de posse de todos os seus meios, é ao mesmo tempo instrumento das paixões humanas e artesão da sabedoria. Ele age, transforma e vive o super-humano.
Quer sempre abrir-se para dimensões mais vastas na sociedade e na sua consciência; este signo ora conformista ora anarquista, sabe projetar a energia como um arqueiro dispara sua flecha. Sua inteligência atenta seu lado guerreiro, sua tolerância ativa fax dele ser de grandes empreendimentos. Seus objetivos são altruístas e universais. Ele aspira à harmonia entre o temporal e o eterno. Sua inspiração pode vir das altas esferas, pois sua atividade mental não se limita à lógica racional. Generoso, sua compreensão inata da psicologia do próximo faz do Sagitariano uma união na sociedade: diplomata, ele sabe manobrar as situações. Ele quer viver uma vida completa, ultrapassando sujeições e regras, tende a fazer brilhar seu ser em limites cada vez mais distantes. Sua vontade poderosa o separa de si mesmo e o projeta, em saltos, numa busca sempre maior; suas forças libertadoras o impulsionam para realização espiritual num sentimento intenso de dependência do mundo. Aspira tornar-se o instrumento da sinfonia maior. Gosta de mesclar-se à embriaguez da existência, essa dança louca onde reconhece e traça seu caminho.
Ser isento de laços, adapta-se com simpatia, se assimila com facilidade, em toda confiança; vive em harmonia com o meio, tem necessidade dessa aventura para se superar sem cessar ao contato de novas expressões. Se não pode se desabrochar, se fecha em si mesmo e projeta seus fantasmas numa pretensão sem limites, uma verdadeira intumescência megalomaníaca do eu. Sacerdote dos deuses deve domar o ardor do seu cavalo interior, encontrar-se seu além em si mesmo, transformar-se em brasas.
Capricórnio
Decorre a estação de Capricórnio entre 21 de dezembro e 19 de janeiro. O Sol retoma sua marcha para o Zênite em dias longos. A terra frequentemente parece adormecer num sono mediativo. A seiva das árvores corre no tronco e nas raízes.
O Capricorniano é movido pelo processo de interiorização e de concentração; nesse recolhimento cria-se pouco a pouco o futuro. Essa quimera, meio bode, meio golfinho, entrega-se instintivamente à ascensão dos píncaros e ali se assimila. A personalidade dessa pedra pode elevar-se ao diamante se ela se abrir para o exterior, ou reduzir-se na avareza e na mesquinhez e se fecha em si mesmo, essa torre de marfim.
Imagem do destino, do tempo, este signo tende a desencanar a vida, a reduzi-la à sua expressão mais simples, a apagar nele o desejo terrestre. Isto lhe permite afirmar-se na vida social instaurando-a em estado organizado. Ele busca também a libertação na vida espiritual. Sua existência é uma seqüência de despojamentos sucessivos até a imagem arquetípica do velho sábio, do ermitão liberado das paixões, até a inteligência purificada e concreta; este vidente da realidade tem a morte por companheira. O esqueleto com a foice, de Dürer...
Após o equilíbrio entre o eu e o si (Libra) e aquele entre este mundo e o além (Escorpião), após a consciência das correspondências universais (Sagitário) chega o tempo da gestação de uma nova encarnação: o Natal. O nativo deste signo em geral é calmo, à primeira vista modesto, às vezes taciturno. De acesso difícil, este ser frio, recolhido em si mesmo, oculta suas riquezas no seu interior. Para compreendê-lo é preciso aprender a conhecê-lo. O Capricorniano sabe escolher a retirada diante do que faz: delicado à tarefa empreendida, ao seu objetivo, ele não sabe fazer-se valer e sua frieza marca seu distanciamento do instinto. Mas esta falta de motividade aparente oculta uma hipersensibilidade defendida por múltiplos mecanismos de inibição. Este ser flegmático, seco, muitas vezes orgulhoso, pouco espontâneo, apóstolo do domínio de si, nem sempre provoca a simpatia imediata. Pouco susceptível de ser intimado, sua severidade muitas vezes marca suas reações com o próximo e sua lentidão tranqüila pode transformar-s e em peso, melancolia ou depressão; entretanto, sabe resistir às situações mais difíceis, como um granito. Sua firmeza de caráter o afasta dos projetos prematuros, sem relação com a realidade. Tendo um objetivo certo, ele o perseguira vigorosamente até o êxito final.
Resoluto na tempestade pode transformar-se em condutor imparcial de homens, firme em sua apreciação e em sua vontade, gostando do trabalho. Este político, este organizador, tem necessidade da ação que nutre sua energia. Ambicioso, dominador, o Capricorniano tem medo de amar e se realiza no esforço para alcançar posições importantes. Mas no fim do caminho ele chega à renúncia, ao alheamento do mundo; tornado clarividente chega a uma lucidez ascética. O velho sábio...
Aquário
De 20 de janeiro a 18 de fevereiro, o Sol passa pela constelação de Aquário. Durante esta fase, o processo vital se elabora lentamente nas profundezas da terra: a semente se decompõe e se empenha numa primeira transmutação interna. Este signo do ar, Décimo primeiro, é o da resolução dos contrários: as dualidades se apagam e só permanecem na consciência do ser, em contato com a energia infinita. O ser se absorve na consciência universal e dela tira a força do seu porvir; ele se embrenha, então, no caminho do que está além de si. O instinto se vê superado em benefício do espiritual: o homem-deus experimenta sua dependência íntima com o cosmo inteiro.
O dever e o princípio moral dão lugar ao espírito que anima os grupos humanos. O dom não é mais um dever social e sim alegria da participação; após a renovação e o despojamento vem o tempo de um despertar que empenha todo o ser numa nova era que superará o medo de viver e a angústia de morrer. Na verdade, a felicidade tão procurada pela humanidade se esquiva sem cessar ao fato do esquartejamento entre o ideal e o real, o espírito e o corpo, o bem e o mal, e outros dualismos. O Aquariano é presa de uma energia que abre o caminho para uma libertação de todos os entraves; todos os meios, até os mais insólitos, silo bons para lutar contra essa inércia paralisante. Se o Sagitariano simboliza a abertura para um despertar, e o Capricorniano, a disciplina interior, o Aquariano evoca a iluminação, o abandono de si, a emergência de um ego cósmico impessoal.
O nativo de Aquário tem uma percepção espiritual do mundo, uma visão lúcida dos acontecimentos, um contato natural com a face oculta das coisas. A percepção da realidade final ocorre nos turbilhões da existência. Quando este contato se perde, vem à confusão, razão porque pode então acontecer que o Aquariano se projete sobre ídolos que ele próprio terá criado. Ele se dispensará porque não saberá mais retirar sua força das fontes vivas do seu ser.
A resolução de seus problemas está nele e não unicamente fora dele. O indivíduo deve compreender que está onde está, deve controlar as energias, fazer a transmutação e a síntese. O movimento deste signo contém a espiral ascendente e a queda livre. Sua encarnação está cheia de dificuldades, é pouco suportável para essa natureza doce, generosa, sensível, profundamente humana e benevolente. Às vezes sente-se estranho aos outros ao mesmo tempo em que não pode viver sozinho. Sempre corre o risco de se iludir. Na sociedade, ele age de modo original.
Dotado de intuição e invenção, esse criador tem uma tendência de ver miragens a acreditar-se realizado embora não acalente mais que uma quimera. Crédulo, ingênuo, pode deixar-se prender nas armadilhas do mundo, planeja-se acima da realidade. Mas, graças à transparência do seu ser, pode realizar aquela limpidez espiritual que o anima. Com efeito, sabe desligar-se de si mesmo e não se deixa levar pelas suas paixões. O amor lhe é familiar, a serenidade, a paciência, a imaginação são seus ramos. A perfeição baseia seu futuro na ordem cósmica.
Peixes
O Sol entra na era de peixes a 19 de fevereiro, nela permanecendo até 20 de março: o começo de nova germinação da natureza que bebe as águas e reanima a seiva. Ao mesmo tempo fim e começo de um ciclo do qual os Peixes, símbolos da fusão dos contrários ultrapassados, marcam uma finalização. Involução-evolução, vemo-nos aqui no domínio das águas, as mesmas onde se banha o feto, e que estiveram na origem da vida terrestre. É a imensidão oceânica, dissolvente e fecunda, local de uma proliferação de vidas nascentes que ligam o indivíduo à espécie e que permitem a mutação. O mundo fenomenal purificado por Aquário retorna às suas origens e nelas se regenera. O nativo deste signo alcança uma visão mais ampla do universo e concentra sua ação na realização da fraternidade humana. A energia do nativo de Peixes se exprime na fusão absoluta com o que ele faz.
Seu comportamento ó regido pela intuição, sua personalidade é marcada por uma agilidade que pode, ademais, torná-lo vulnerável e muito impressionável. Animado pelo amor à humanidade, seu movimento tem um fluxo perpétuo. O eu deseja absorver-se na situação até superá-la. Deseja transpor os limites, donde o risco de irresolução diante da escolha a fazer e dos caminhos a abrir. Este ser de vocação comunitária sente as pessoas e as coisas na qualidade de virtualidades.
Ele tem uma percepção do conjunto. Inconstante, imerge sua atenção num vasto campo de consciência; receptivo, recebe o impulso de fora. Contraditório, atormentado, corre o perigo de se perder no labirinto da sua personalidade e muitas vezes não tem confiança em si mesmo. Ele se busca, foge de si mesmo, encontra-se, nada nas águas e nas correntes do mundo, barco desgarrado. Suas facetas são muitas e momentâneas, mais que um "eu", é um "nós". Confuso, efervescente, intuitivo e mutável, o nativo de Peixes segue suas premonições. Compassivo, reage a todas as solicitações externas sem procurar discriminá-las. Afetuoso, debate-se na vida, espreitado pêlos perigos de uma abertura grande demais para o mundo. Sua força é imaculável, evita o obstáculo e mistura as pistas. Modela e sonha... ou se perde em paraísos artificiais. Completamente receptivo, o contato profundo com outrem alimenta seu ser. Não obstante, permanece de bom grado afastado do quotidiano e visa à voluptuosidade da aniquilação no Todo. Tem uma tendência a realizar este retomo passando pela abnegação, pelo sacrifício. Pode realizar a fusão, tornar-se, como diz o Tao Te King, "O Vale do Universo".
Fábio Paradelas
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