FICHA TÉCNICA 2012

 

Carnavalesco

    Felipe Herzog, Diogo Villa Maior e Leonardo Pimenta

Diretor de Carnaval     Eduardo José da Silva (Zezinho Orelha)
Diretor de Harmonia     Paulinho Curicica
Diretor de Evolução     João de Jesus
Diretor de Bateria     Celsinho do Repique
Puxador de Samba Enredo     Ronaldo Ylê e Leo San
Primeiro Casal de M.S. e P. B.

    Wanderson Sodré da Conceição e Andressa Dornelles

Segundo Casal de M.S. e P. B.     Rafael Santos e Débora Santos
Resp. Comissão de Frente     Diogo Villa Maior
Resp. Ala das Baianas     Comissão de Baianas (Lucinha, Cezar e Dagmar)
Resp. Ala das Crianças     Roberta Rosa
Resp. Galeria de Velha Guarda     Osvaldo

 

SINOPSE 2012

As cartas não mentem jamais

Sinopse:

          A pergunta foi feita. Embaralhe. Agora corte. Escolha suas cartas. Prepare-se para a verdade. As cartas não mentem jamais! Jovem e guerreira, a União do Parque Curicica, unida por um sonho comum, pergunta à cigana: “quando vai chegar a hora de gritar 'É Campeã'?”. O destino arma-se a sua frente e lança o desafio: “és mesmo capaz de fazer merecer seu desejo”? Bravamente a comunidade se agarra a seu padroeiro São Jorge para que ele abra as portas da avenida e abençoe todos os foliões que agora desfilarão em busca do tão almejado sonho. Sorte ou desventura? O jogo está na mesa.
          Ávida por revelar a desafiadora profecia, a Escola pergunta: “de onde vieram as cartas? De quando vieram? Pra onde vão nos levar?” Chineses, egípcios, indianos, árabes... viajantes. Cada povo com seu baralho, seus naipes, sua cultura. Sagrado oráculo, profana sedução. As caravanas difundiram as cartas ou as cartas difundiram as caravanas mundo afora? Ninguém sabe ao certo. Só se sabe que trilharam misteriosas vias, cruzaram terras e mares, rasgando séculos e fronteiras, tendo fundado assim, entre diversos baralhos, o poderoso jogo dos caminhos – o Tarot – traçando o elo entre o passado, presente e futuro.
          
O mundo não pára de avançar e com ele a busca pelo poder, prazer e diversão. E em terras européias uma pista foi dada. Às ordens do rei francês Carlos IV surgiram verdadeiras obras de arte sobre cartas: o clero se tornou Copas; a nobreza e a burguesia, Ouros; o exército, Espadas; o povo, Paus; loucos e artistas, Curingas. E neste reino de pintores e profetas verdadeiros, os verdadeiros charlatões ganham as ruas, mas a sabedoria e a voz do povo continuam sendo a voz de Deus.
          Mas o mistério continua. Só resta segurar firme o amuleto! A roda da fortuna é quem escolhe os agraciados e os desafortunados. Quem tem fé e é guerreiro pode apostar que está protegido e sabe que o revés tem que ser carta fora do baralho. Façam suas apostas! Mas lembrem-se: para alguém ganhar, alguém tem que perder. Quem vai pagar pra ver? "O jogo é um corpo-a-corpo com o destino", dizem por aí. O amor e a ambição enfraquecem com a idade, mas o jogo floresce quando tudo o mais passa. Os senhores e senhoras jogam seu truco na praça, onde a jogatina dos malandros domina as mesas de botequim. Nos grandes salões o verde cintilante das mesas de carteado e as infinitas luzes das recheadas máquinas tornam-se os principais conselheiros. Quem consegue domar “os encantos das sereias das cartas“ se diverte e não fica inerte. Atenção: o jogo é reluzente como o ouro que seduz, mas pode cegar.
          
É de criança que se aprende a jogar, perder e ganhar. O real e o fantástico se misturam e, na seriedade da brincadeira, só é herói quem compete com respeito e lealdade. “Qual é o seu super poder? Eu hoje represento a fantasia!” A sorte já parece estar mais próxima. Nas ruas, a mágica preenche o dia-dia de alegria, que arrepia e surpreende. Das mangas saem cartas e da cartola, encantamento. Agora está claro, não dá mais para esconder! Abracadabra! O grande sonho agora nasce de onde antes brotava coelho. E o sorriso no emocionado olhar do folião confirma: “Sou um “Ás” do carteado, é das cartas o meu guia, sou Curicica e jogo em União. A profecia estava certa – as cartas não mentem. Chegou a hora de gritar É CAMPEÃO!”.

(Rio de Janeiro, 01 de junho de 2011.)
Felipe Herzog, Diogo Villa Maior e Raquel Winter

 

SAMBA ENREDO                                                2012
Enredo     As cartas não mentem jamais
Compositores     Leley Fumaça, Neguinho, Tide, Fabiano Vasconcelos e Leandro Rangel

Embaralhou... De onde vem esta magia?
A origem é um mistério
Que eu quero decifrar nessa folia
Com os povos navegantes
Em caravelas mundo a fora se espalhou
Por lugares fascinantes sem limites e fronteiras
Surgiram os caminhos do tarô
Chegando ao velho continente
Com arte se transformou

Em copas e ouros... Espadas e paus
Pintadas e marcadas pela corte real
Simbolizando a sociedade
E o coringa sonho ou realidade

Quem tem fé pode apostar
Pois no jogo da vida é perder ou ganhar
Está no truco com os senhores da praça
Nas mãos dos malandros em mesas de bar
Deslumbrante nos cassinos requintados
Mas todo cuidado é pouco quando rola um carteado
Não tem idade... É de criança que se aprende a jogar
Hoje sou um ás na fantasia
O santo guerreiro me guia pra vitória conquistar
É mágico... Vai encantar
Da manga um trunfo eu vou tirar
E meu destino, vem da profecia
Estava escrito, minha estrela vai brilhar

Joguei as cartas na avenida em união
Sou Curicica, trago alegria
Chegou a hora de gritar campeão