FICHA TÉCNICA 2011

 

Carnavalesco     Ricardo Paulino
Diretor de Carnaval     Francisco Pereira de Melo (Dom Chico)
Diretor de Harmonia     Francisco Pereira de Melo (Dom Chico)
Diretor de Evolução     Francisco Pereira de Melo (Dom Chico)
Diretor de Bateria     Jorginho
Puxador de Samba Enredo     Ogui do Cavaco
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Diego e Estefane Moreira
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Dieguinho e Ana Biatriz
Resp. Comissão de Frente     Flávio de Oliveira
Resp. Ala das Baianas     Dona Júlia
Resp. Ala das Crianças     Joana D’Arc
Resp. Galeria de Velha Guarda     Dona Zilá

 

SINOPSE 2011

Orixás

Justificativa:

          A palavra Orixá pode ser separada em dois componentes: Ori (que significa cabeça ou consciência) e xá (Exclusivo).
          Logo Orixá significa uma consciência especifica unida à grande consciência, chamada de Olorun.
          As forças primárias, chamada associadas a cada orixá são freqüentemente as forças da natureza ou as forças relacionadas aos humanos. No mundo natural Orixás individuais são associados ao fogo, água, terra, ar, fenômenos atmosféricos, mundo animal, etc. Os adeptos deste sistema de crenças também associam os Orixás aos elementos do dia-a-dia, tais como riqueza, saúde, doença, etc.
          Cada Orixá, que pode ser masculino ou feminino, possui uma classe de expressões ou caminhos que se referem ás formas como um Orixá se mostra ao mundo. É dito entre eles que cada Orixá traz consigo diversidades de estados, mais ou menos como uma espécie de positivo e negativo, pois dizem que assim como o céu pode estar claro ou escuro, um sentimento pode ser benéfico ou maléfico, os Orixás podem ser bons ou maus ao mesmo tempo, existindo assim uma variedade de facetas nas manifestações dos Orixás. Estas diversidades de facetas, como benévolo e malévolo, claro e escuro, calmo e agressivo, significariam diversidades inerentes à natureza de seu Deus Olorun. Estas diversidades de comportamento e características dos Orixás são necessárias para a existência de uma espécie de todo.
          Os ensinamentos deste sistema religioso yorubá se transfere de pessoa a pessoa através de chamados patakis (contos ou histórias dos Orixás).
          No plano humano cada pessoa teria seu Orixá específico que corresponderia à essência particular característica de cada pessoa, homem ou mulher. O Orixá de cada pessoa é, segundo os adeptos deste sistema religioso, chamado de Orixá da cabeça.
          A relação entre cada pessoa e seu Orixá é dita como sendo do tipo familiar, sendo cada adorador dos Orixás chamado de criança do seu protetor.

Sinopse:

          Os Orixás são filhos e mensageiros de Olodumare, o Deus supremo e único, e só nos comunicamos com Deus através deles. Todos possuem lendas, em que eram pessoas poderosas que se transformaram em deuses, porém com as paixões e defeitos dos seres humanos. Associam-se aos elementos da natureza, de quem são produtos, já que nas lendas sempre ao desaparecer se fundem com um desses elementos.
          As definições a seu respeito e as lendas africanas de onde eles se originam são várias, mas coincidem em alguns pontos básicos: Orixás são divindades intermediárias entre o Deus Supremo e o mundo terrestre, encarregados de administrar a criação e que se comuniquem com os homens através de vistosos e complexos rituais. As estórias sobre eles falam-nos de seres profundamente humanos em seu comportamento - arquétipos que encontram correspondência com várias mitologias, entre elas a greco-romana.
          Existem duas correntes básicas que tentam explicar o aparecimento dos Orixás. Uma delas remonta a criação do universo. Antes de tudo havia o caos, até que um deus supremo - Olorum -, à semelhança do Deus católico, criou o universo, suas estrelas, planetas - o mundo material, enfim, que se separava, de maneira drástica, do que havia antes; o mundo imaterial ou sobrenatural. Para estabelecer seu controle sobre os seres que habitariam esses mundos (ou, especificamente, à Terra), Olorum criou os elementos, sendo cada um deles a forma material dos Orixás.
          Outra maneira de se explicar o mesmo processo é menos mística; os Orixás seriam seres humanos importantes, donos de grande poder em vida, que morreram de maneiras incomuns, por meio de grandes acessos de cólera ou então de fulminante paixão. Essa sobrecarga de sentimento teria provocado uma espécie de derramamento da essência de cada ser, impedindo que eles assumissem a forma comum de todos os espíritos mortos, os eguns. Neste caso, tais espíritos se identificariam com um dos elementos da natureza.
          Havia cerca de 600 Orixás na África, que se reduziram a 50 no Brasil; desses, apenas 16 são cultuados no Candomblé.Levaremos sempre em consideração os que são nominados na linguagem yorubana.Existe uma subdivisão, entre os Orixás, que os diferencia e identifica, de uma forma mais individual, mesmo dentro do seu grupo, que é denominado "qualidade" do orixá, cabe uma explicação mais aprofundada; cada pessoa tem um orixá individual, único e exclusivo, não existem dois orixás iguais em toda terra, e todos possuímos, o que chamamos de "cuia' , formada por sete orixás, sendo um principal, chamado de "frente" - o dono do Orí - , o segundo "ajuntó", os demais: "proteção", "carrego", "alicerce" e "cumieira". A cada orixá, as qualidades variam de acordo com a nação que se pratica (kêto, jêje, angola, ijesá, fon...), essas qualidades exprimem situações desses Orixás, que podem ser, títulos honoríficos (caso de Xangô), tipos de animais, lugares, situações, formas ... os sete orixás que formam a "cuia" de cada pessoa, com as suas mais diversas qualidades, formam entre si, uma combinação matemática, quase que infinita, o que propicia a cada indivíduo, um orixá único, sem outro igual.

Ricardo Paulino

Bibliografia:

  •  Olóyè Marcelo Monteiro Odearaofa Adaptado por Lokeni Ifatolà

Roteiro do Desfile:

Nome da Fantasia Nome da ala Descrição Responsável pela ala
1° Setor: A África e seus mistérios
Comissão de Frente
Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
Primeira Alegoria: Panteão dos Orixás
2° Setor: Homenagem aos orixás masculinos
1 Ogum Amigos Deus da Guerra, do fogo e da tecnologia. Serginho e Carlinhos
2 Oxóssi Comunidade I Deus da caça. Dom Chico
3 Ossãe Alegria de São Matheus Deus das folhas e ervas medicinais. Márcia
4 Omulú Alegria de São Matheus II Deus da cura e Dono da terra. Márcia
5 Oxumarê Unidos Deus da chuva e do Arco-Íris. Serginho
3° Setor: Homenagem aos sacerdotes e orixás femininos
6 Ogans Bateria Sacerdote responsável pelos toques cantos e ritos. Jorginho
7 Ekédys Passistas Sacerdotisa responsável pelos Orixás. Patrícia
8 Iemanjá Baianas Deusa dos mares e oceanos. Dona Júlia
9 Erês Crianaças Filhos dos Orixás. Joana D’Arc
10 Xangô Show de Éden Deus do fogo e do trovão. Ivone
4° Setor: Homenagem as iabás e as ialorixás
11 Inhasã Comunidade II Deusa dos ventos e das tempestades. Dom Chico
12 Oxum Comunidade III Deusa da água doce, do ouro, da fecundidade, búzios e do amor. Dom Chico
13 Mãe de Santo Quilombolas Zeladoras dos Orixás e Responsável pela casa de santo. Ana Lúcia
14   Velha Guarda   Zilá
15   Compositores   Estevão

Segunda Alegoria: Zeladores dos Santos

 

 

SAMBA ENREDO                                                2011
Enredo     Orixás
Compositores     Wallace Coelho Álamo (Grilo)
Com licença
Meu pai Oxalá
Para entrar nesse terreiro
Do negro do cativeiro
O Brasil é seu gongar

Homenagem aos orixás
Que hoje a Ponte enriquece
Nas preces de seu cantar

Atotô Obaluaiê,
Atotô babá
Atotô Obaluaiê
Atotô babá

Engambelo pro teu santo
Que o pedido e atendido
Faz curar dor e quebranto
E juntar amor perdido

Uma embarcação para saudar
Mamãe Oxum Iemanjá
Levando perfumes e flores
Pras ondas do mar

Olha o fumo de rolo
Pra Ossãe
O saluba Nanã
Nanã Buruquê