FICHA TÉCNICA 1992

 

Carnavalesco     Oswaldo Jardim
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     Edson Marcondes (Nêgo)
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 1992

Guanabaran o seio do mar

            Uma das escolas de samba mais antigas e tradicionais, conta neste enredo um pouco da história da Baía de Guanabara. Ela existe há mais de seis mil anos. E Guanabaram já nos sugere algo de grandioso e mágico. Muitos foram os navegantes e aventureiros que singraram os mares à procura de lugares como este. Como foi o caso das lendárias visitas dos povos fenícios. Até que em 1° de janeiro de 1502, André Gonçalves rompe com sua esquadra a barra da entrada da baía.
            Veio logo a necessidade de se povoar esta mágica parte da Terra E a 1° de março de 1565, Estácio de Sá lançou os fundamentos da cidade que viera a criar e que, em homenagem ao rei de Portugal, chamou de São Sebastião do Rio de Janeiro. O nome Rio de Janeiro deve-se ao fato de os primeiros navegantes acreditarem que a baía era um grande estuário de um Rio que, ao ser descoberto em 1° de janeiro, ganha então o mesmo nome.
            Os franceses tentaram se estabelecer por aqui. Inúmeras batalhas foram travadas na disputa do então paraíso. A cidade crescia e a baía foi dividida em suas margens em sesmarias.
Portugal, ameaçado de invasão pelos franceses liderados por Napoleão Bonaparte, modifica seus planos e, em 1808, chegava ao porto do Rio de Janeiro a família real. Tudo foi uma grande festa.
            E Guanabaram vai assistindo à chegada do progresso. Muitos foram os artistas que por ela se apaixonaram. Entre eles, Debret. O padre Anchieta, Carlos Drummond de Andrade exaltaram a sua beleza.
            E não se pode esquecer das inúmeras ilhas disseminadas nos 412 km2 de superfície da baia Na Ilha dos Ratos, atual Ilha Fiscal, aconteceu o último baile do Império. Luz Del Fuego criou seu paraíso na Ilha do Sol. E a Moreninha até hoje emociona a todos em Paquetá. Dos banhos de barrica de Dom João VI aos banhos de mar a fantasia, muita coisa aconteceu. E quem poderia imaginar que o cinema brasileiro fosse surgir às margens de suas águas, das mãos de Afonso Segreto, no final do século passado?
            Também não faltaram as luzes dos cassinos. O da Urca e o de Icaraí. E coisas bizarras, como a barca Cor-de-Rosa, saindo todas as noites de sábado, trazia de Niterói para o Rio um verdadeiro bloco de ‘bonecas”.

Oswaldo Jardim

 

SAMBA ENREDO                                                1992
Enredo     Guanabaran o seio do mar
Compositores     Gilmar L. Silva, Vicente das Neves e Beto do Pandeiro
Hoje o Borel em aquarela
Põe na passarela um pedaço de mar
Santuário de beleza
O Guanabaran que Tupã divinou
Então eu mergulhei em tuas águas
E me encantei para te decantar (decantar)
Diz a lenda que bem antes
Outros bravos navegantes
O teu solo cobiçou
Veio de lá de Portugal
A realeza em ti desembarcou

Maré que vem, maré que vai
Mantendo um sonho que não se desfaz

Um cenário de beleza
Que virou cartão postal
Mãe da história
Do cinema nacional

Divina, teus milênios em poesia
Do seu seio reluziam os cassinos imortais
A vedete irreverente
Fez um mundo diferente
Na famosa Ilha do Sol (ô, mas que legal!)
Tuas águas cristalinas
Bem combinam com a magia
Do teu clima tropical

Te quero mais verde
Sem poluição
Se liga gente nesse canto de oração

É no balanço desse mar (amor, eu vou)
Vou navegar
Vou na proa, vou na boa
Pra ilha de Paquetá