FICHA TÉCNICA 2008

 

Carnavalesco     Renato Bandeira e Oziene Furtado
Diretor de Carnaval

    Comissão de Carnaval (Jackson, Márcia, Jairo, Tânia, Cascão, Carminha e Cristiane)

Diretor de Harmonia     Lotar
Diretor de Evolução     Lotar
Diretor de Bateria     Robson Luiz Moreira (Mestre Orelha)
Puxador de Samba Enredo     Edmilton de Bem
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Luis Paulo e Gláucia Ferreira
Resp. Comissão de Frente     Wladimir Morellembaumm
Resp. Ala das Baianas     Comissão da Ala das Baianas
Resp. Ala das Crianças     Tia Tania
Resp. Galeria de Velha Guarda     D. Iracema

 

SINOPSE 2008

Piauí, filho do Sol do Equador - Teresina, terra do sonho e do amor

Sinopse:

          O Piauí, terra querida, filha do sol do equador, segundo os versos de Antônio Francisco da Costa e Silva para o hino do estado, e sua capital, Teresina, estão sob foco central de nosso desfile no carnaval de 2008.
          Localizado no Nordeste do país, é o estado litorâneo com menor extensão de costa: apenas 66km. Esse pequeno trecho, porém, é privilegiado. Na fronteira com o Maranhão, a oeste, fica o Delta do Rio Parnaíba, o único em mar aberto das Américas. Seu ecossistema lembra o da Amazônia, com inúmeras ilhas, lagoas, igarapés e praias de areia fina, tomadas por dunas e coqueiros. Mas a maior parte do território piauiense está sob a ação do clima semi-árido.
          Teresina, às margens do Rio Parnaíba, é a única das capitais nordestinas que não está localizada à beira-mar. Sua escolha como capital se deve não só à forma como o Estado foi colonizado, mas principalmente a uma decisão geopolítica.
          A cidade é uma síntese da cultura do povo piauiense e eixo turístico obrigatório da região.
          Para realizarmos nossa homenagem ao estado do Piauí e sua capital, dividiremos nosso desfile em quatro fases, onde serão mostrados seus aspectos históricos, culturais e sócio-econômicos.

Fase 1: A Pré-História no Piauí

          O Piauí abriga 1.215 sítios arqueológicos de importância mundial e que podem explicar a formação do homem americano. Na Serra da Capivara, foram encontrados vestígios da existência do homem há cerca de 50 mil anos. Tamanha riqueza atraiu a atenção de arqueólogos do mundo inteiro, além da imprensa nacional e internacional. Pela primeira vez havia evidências científicas de que o homem penetrou no continente americano muito antes de 12 mil anos atrás, como afirmavam os pesquisadores.
          No local foi encontrada Luzia, o fóssil do ser humano mais antigo das Américas. Luzia, negra por essência e excelência, é provavelmente o elo comum de toda a civilização americana.
          Estudos realizados na década de 60 pelo peruano Eduardo Habich comprovam que negros africanos estiveram na América, como conquistadores entre 20.000 e 50.000 anos antes de nossa era, ou seja, antes de Cristo.
          Encravado nesta região, encontramos também o Parque Nacional Sete Cidades, habitat de diversas e raras espécies da fauna e da flora, e abrigo de um dos mais belos conjuntos de formações geomorfológicas do Brasil, as Sete Cidades de Pedra. Em suas paredes, inscrições rupestres são temas de estudo e motivo para suscitar as mais diversas e intrigantes lendas sobre o local.
          O pesquisador francês Jacques de Mahieu que esteve em Sete Cidades em 1974 atribui as inscrições e pinturas rupestres aos vikings, pela semelhança com os caracteres rúnicos.
          O suíço Ludwig Schwennhagen considera os fenícios um dos primeiros povos a habitar Sete Cidades. Eles teriam atravessado o oceano em busca de novas rotas comerciais, devido à Guerra de Tróia e acabaram fazendo de Sete Cidades um grande palco para cerimônias religiosas.
          Tribos Tupinambás e Tabajaras relataram ao padre jesuíta Antônio Vieira que os tupis chegaram ao norte do Brasil provenientes de um país que não existia mais. Schwennhagen considera este fato indicação de que a raça Tupi é remanescente do continente perdido de Atlântida
          Outros arqueólogos percebem também a passagem dos egípcios pelas terras do Piauí.
          Na verdade, a passagem destes povos pelas terras que hoje são denominadas Piauí R11; e sua conseqüente miscigenação R11;, fazem de seu solo o berço da civilização americana.

Fase 2: A História chega ao Piauí

          No início do Século XVII, mais precisamente em 1606, a R20; história oficial R21; promove suas primeiras incursões ao território piauiense, quando o Piauí funcionava como "ponte" entre as Capitanias de Pernambuco e Maranhão. Um bandeirante paulista, Domingos Jorge Velho, penetrou por estas terras, desbravando o território, cultivando a terra, construindo currais e criando gado, mas logo seguiu seu caminho, desbravando novas regiões.
          Foi ele quem deu a atual denominação de Parnaíba ao rio que antes era conhecido por uns como rio Grande dos Tapuias, por outros como rio Pará, ou ainda como rio Punaré. Novas notícias surgem apenas em 1656, quando um grupo de pessoas fez o trajeto inverso, ou seja, do Maranhão para Pernambuco, sob a chefia de André Vidal de Negreiros.
          Inicialmente, as terras do Piauí receberam a denominação de Piagüí, nome dado pelos seus indígenas. Mais tarde, chamaram-nas Piagoí. Somente depois é que ficaram conhecidas por Piauí, que quer dizer rio (i) de piaus (uma espécie de peixe de água doce).
          A colonização do Piauí deu-se do centro para o litoral. Fazendeiros do São Francisco, a procura de novas expansões para suas criações de gado, passaram a ocupar, a partir de 1674, com cartas de sesmarias concedidas pelo governo de Pernambuco, terras situadas às margens do rio Gurguéia.
          Um desses sesmeiros, Capitão Domingos Afonso Mafrense, também conhecido como Domingos Sertão, fundou trinta fazendas de gado, tornando-se o mais eminente colonizador da região. Por sua própria vontade, as fazendas foram legadas, após sua morte, aos padres da Companhia de Jesus. Hábeis gerentes, os jesuítas contribuíram de forma decisiva para o desenvolvimento da pecuária piauiense, que atingiu seu auge em meados do século XVIII. Nessa época, os rebanhos da região abasteciam todo o Nordeste, o Maranhão e províncias do Sul.
          O Piauí esteve sob a bandeira de Pernambuco até 1701, quando em 3 de março daquele ano uma Carta Régia enviada ao Governador de Pernambuco anexava o Piauí ao Maranhão. A autonomia veio em 1761, por meio de uma Carta Régia, datada de 19 de junho. Por aquele instrumento, a Vila do Mocha ascendia à condição de cidade e oito povoados foram alçados a condição de Vila. Em 13 de novembro do mesmo ano, o Governador João Pereira Caldas impunha o nome de São José do Piauí à Capitania e mudava o nome da capital de Vila do Mocha para Oeiras.
          A completa independência em relação ao Maranhão somente aconteceu em 26 de setembro de 1814, quando, por força de um Decreto Real, o Governo Militar do Piauí foi separado do Governo Militar do Maranhão e, em 10 de outubro, nova Carta Régia isentava o Piauí da jurisdição maranhense.
          O Piauí aderiu a declaração de independência política de D. Pedro I, feita em 7 de setembro de 1822, e foi palco de memorável batalha contra o jugo português, em 1823, a Batalha do Jenipapo, em oposição às tropas de Fidié, que defendia a manutenção da Coroa Portuguesa.
          Em 1852, em homenagem à Imperatriz Teresa Cristina, é fundada a cidade de Teresina. Conhecida como "Cidade Verde" por causa das águas verdes do rio Parnaíba, que se encontram com as do rio do Pote.

Fase 3: A Arte e a Cultura do Piauí

          O Piauí possui uma das mais ricas diversidades de dados de enfoque cultural e folclórico do Brasil. Lendas, ritmos e danças, parecem se misturar com singular maestria à arte de seu povo. O que seria do piauiense sem a Procissão do Fogaréu, em Oeiras, a lenda do Cabeça de Cuia, em Teresina, a arte santeira, a religiosidade de Santa Cruz dos Milagres, a deliciosa cajuína e até mesmo o tradicional mastro de Santo Antônio, de Campo Maior?
          É a esta porção intangível da herança cultural do povo piauiense que vamos homenagear neste quadro.
          Destacaremos os inúmeros folguedos, pagodes (ritmo de origem africana nascido no Piauí e que teria sido o precursor R11; ou pelo menos o inspirador; do samba de roda mais cadenciado), quadrilhas, bumba-meu-boi, reisado, marujada e pastoril.
          Homenagearemos também as mãos deste povo artesão. Mãos que tecem tapetes e cestos. Que esculpem e retratam a fé, a esperança e o vigor de um povo lutador que não abre mão de sua cultura e sua arte.

Fase 4: Piauí do Brasil

          No fechamento de nosso desfile, revelaremos um pouco do cotidiano do Piauí moderno e de sua capital. O Piauí que apresenta sua própria tecnologia em biocombustíveis; O Piauí do desenvolvimento rural, o Piauí de riquezas minerais, do Turismo e a Teresina do sonho e do amor, refletidos em seus eventos R11; como o salão do humor, o festival de cinema e o encontro nacional de folguedos R11; que representam os maiores valores de sua gente.
          Este é o Piauí. Filho do sol do equador.
          Este é o Piauí da Unidos de Lucas.
          E esta é a Unidos de Lucas. Desde já, só Piauí.

Renato Bandeira

         
         
         

Bibliografia:
Internet,literatura diversas,informativos da secretaria de cultura do Piauí e Teresina

 

SAMBA ENREDO                                                2008
Enredo     Piauí, filho do Sol do Equador - Teresina, terra do sonho e do amor
Compositores     ???
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