De berço humilde
aos braços do povo, Benedita da Silva, a história de uma vida
Sinopse:
No de grande expectativa para o carnaval 2006, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Cabral, tem o orgulho de apresentar o seu enredo:
“De berço humilde aos braços do povo, BENEDITA DA SILVA a história de uma vida”
Benedita da Silva (Nega Bené) nasceu em 1942 na favela da Praia do Pinto.
Durante 57 anos de lutas e vitórias morou no morro Chapéu Mangueira, no Leme.
EM 1982, depois da militância na Associação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro, Benedita da Silva se elege Vereadora.
Em 1986, se elege Deputada Federal, onde atuou como titular da subcomissão dos negros, das populações indígenas e minorias. Em seguida, passou à Comissão de Ordem Social e da Comissão dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher.
Em 1990 se reelegeu. Em 1998, Benedita da Silva foi eleita vice – Governadora do Estado do Rio de Janeiro e encarregada dos programas sociais do Governo até março de 2000.
Em 2001, presidiu a Conferência Nacional de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatadas, que reuniu mais de 10 mil pessoas de todo o país, entre lideranças de ONGs e Governos, realizada em julho na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A conferência traçou o Plano Nacional de Combate ao Racismo e foi uma prévia da III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, que aconteceu em setembro do mesmo ano, em Durban, na África do Sul. Benedita da Silva foi um das delegadas brasileiras mais atuante na Conferência Mundial.
Na noite de 5 de abril de 2002, Benedita da Silva assumiu o Comando do Estado do Rio de Janeiro, com a renúncia do então governador. Na manhã do dia seguinte, ela pisava o tapete vermelho estendido na entrada principal da Assembléia Legislativa para tomar posse do Cargo tornando-se, assim, a primeira mulher a Governar o Estado do Rio de Janeiro.
Benedita da Silva chega ao fim do mandato, e já tem nova missão. No dia 23 de dezembro de 2002, recebeu do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a indicação para o Ministério da Assistência Social, no Governo que dirigirá aos destinos do país. Sua posse aconteceu no dia 1º de janeiro de 2003. No Palácio do Planalto.
Pois a vida de Benedita da Silva que é formada em Auxiliar de Enfermagem e tem diploma Universitário é exatamente sito, um exemplo de fé e determinação, alicerçadas pela auto – estima de quem conhece a extensão do seu próprio valor, e do valor de sua raça. Qualidade que, aliadas a uma capacidade inata de fazer política, aperfeiçoada por anos de experiência, são grandes armas com que essa guerreira nata desenhou uma trajetória política incomum. Foi no Chapéu Mangueira que ela desenvolveu sua extraordinária capacidade de convencimento e persuasão. E o fez já num trabalho de natureza social, como professora da escola comunitária em que utilizava o metido Paulo Freire para alfabetizar crianças e adultos.
Seu passo seguinte foi fundar e presidir a Associação de Mulheres do Chapéu Mangueira, onde adquiriu a experiência que utilizava no Departamento Feminino da FAFERJ. Em sua carreira, ela fez questão de afirmar sua identidade, baseada no tripé que é uma síntese de exclusão no Brasil – Mulher, negra, favelada – por ela transformada em elemento positivo. Desse modo suas iniciativas contra a discriminação à mulheres, negros e indígenas, em defesa do meio ambiente, pela proteção a crianças e adolescentes, contra o regime de Apartheid na África do Sul. Por sua atuação se reelegeu deputada e, em 1994, foi eleita senadora.
Na Câmara dos Deputados e no Senado foi autora de 84 Projetos de Leis de grande importância para a população, entre eles, o reconhecimento da profissão de Assistente Social e de Empregada Doméstica, estendendo benefícios e direitos garantidos aos demais trabalhadores, licença – maternidade de 120 dias e o direito das presidiárias permanecerem com seus filhos durante a amamentação.
Destacam-se ainda com seus Projetos de Lei, a cota mínima de 20% das vagas das instituições públicas e particulares de ensino superior para alunos carentes, a presença de no mínimo 40% de profissionais negros nas produções das emissoras de TV, filmes e peças publicitárias, a regulamentação do direito de propriedades definitivas das terras ocupadas pelas remanescentes de Quilombos, a inclusão de disciplina História e Cultura da África nos Currículos do Ensino de 1º e 2º Graus e na Graduação de História de Segurança Alimentar e a punição contra exploração sexual de menores.
Mazinho e Julio
Nascimento |