1, 2, 3... Com a Uraiti sou criança outra vez

Introdução:

Justificativa

            Ser criança é tão bom: é ser puro e inocente, por isso guardo ainda na lembrança este mundo de ilusão.
            A Unidos do Uraiti vai relembrar na avenida o nosso passado de brincadeiras, sonhos e o medo das estórias que vovó contava.

Sinopse

"Todo menino é um rei, eu também já fui rei..."

            Falar de criança é sonhar, é viajar em um universo de ilusões. Fechei meus olhos do alto de uma roda gigante e me vi numa roda do tempo, onde relembrei da minha doce infância em um mundo encantado, brincando de PIQUE-ESCONDE, onde eu me escondia de meus amigos; depois continuei a brincar de PIQUE-COLA e PIC-TÁ. Corríamos feito loucos para pegar uns aos outros e sem esquecer do meu PIQUE preferido, o PIQUE-BANDEIRA, cujo objetivo era o de conquistar um território inocente da brincadeira. Reunimos todos em meu sonho: pulamos corda e amarelinha para quem gosta de pular, chegamos ao céu, rodamos nosso cata-vento e descemos das nuvens de algodão doce, driblando o colorido das pipas que bailavam o céu, deste cenário de ilusão. Tem bonecas e bolas para brincar, há palhaços para alegrar... Na hora de rodar o meu pião, me sentia em um carrossel de ilusão, fazendo relembrar as minhas divertidas brincadeiras de roda, quando atirávamos o Pau no Gato ou das brigas do Cravo e da Rosa. Tinha Ciranda-Cirandinha, onde eu devia declarar versos bonitos, dizer adeus e ir embora.
            Lembro-me das estórias que a vovó contava, do Bicho Papão que poderia me pegar ou da Bruxa com sua vassoura que poderia me carregar, caso não aprendesse a brincar. Mas na minha infância brinco sem medo, pois ao meu lado sempre presente estavam os Soldadinhos de Chumbo, vigiando-me e também os meus amigos.
            Ah ! Que saudades eu tenho das minhas bolas de gude que brilhavam no chão do meu castelo de ilusão, onde tornei-me um menino rei.
            Recordo-me sempre também daquela escuridão , da venda nos meus olhos, para pegar meus amigos, na brincadeira da Cabra-cega ou da gritaria da Galinha-choca. Da mesma forma, brincando de estátua, sem poder me mexer; lembro muito de meus amigos cantando: "se não for o da frente , pode ser o trás..." nas divertidas brincadeiras de passar o anel, em "passaraio" e da pergunta que fazíamos em Mamãe posso ir, quantos passos?
            É também tínhamos a brincadeira de beijar, onde se escolhia uma fruta, PERA, UVA, MAÇÃ ou SALADA MISTA, assim era conhecida esta brincadeira, salada mista... Aí começava a doce inocência do primeiro amor, como os pirulitos e balas que encantaram e adoçaram a minha infância.
            Percebi na roda do tempo que não quero acordar deste sonho: como é bom ser criança outra vez....