FICHA TÉCNICA 2002

 

Carnavalesco     Paulo Barros
Diretor de Carnaval     Wagner Tavares de Araújo
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     Antonio Carlos Martins (Mestre Capoeira)
Puxador de Samba Enredo     Carlinhos Emoção
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Lambari e Érica
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     Alexandre Henrique
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 2002

Nem tudo que reluz é ouro

               O nascimento do Brasil pelos portugueses aconteceu após a existência da Idade Média. No entanto, resquícios da Idade Média vieram com os colonizadores e estão presentes até os dias de hoje.
A Idade Média caracterizada pela "Idade das Trevas" tem valores como a usurpação do poder, a escravatura, a mediocridade, a hipocrisia e outros correspondentes. O Brasil de hojé é a Idade Média. A miséria medieval é fato no Brasil.e, assim, nosso enredo reproduz esta farsa luminosa, como se tudo fosse ouro, mas não é. É lata!
               Damos início ao nosso enredo com a figura poética da solidão e da tristeza na simbologia do perrot. Em seguida, apresentaremos o abre-alas alegorizado no mapa geográfico do Brasil.
Teremos este imenso país carregado pelas mãos dos trabalhadores.
               Entramos no Brasil da Idade Média, o poder daqueles que governam o país, escravizando aqueles que fizeram e fazem a história desta nação. Índios e negros sofrem a descriminação, o preconceito.
               Numa sequência, seguem os setores sociais que destroem e revelam os segmentos falidos da vida nacional, tais como:

  • Aquele político que se transforma em um vampiro e suga toda a energia do povo.
  • O povo dependendo do sistema caótico de saúde, que morre na fila, dependendo de um transplante.
  • A falta de recursos para a educação, crianças abandonadas na rua, quando deveriam estar nas escolas.
  • A corrupção na justiça, o descaso com a cultura e a falsificação na música.

               Diante desta crise geral, percebemos que não temos como confeccionar nosso carnaval. Percebemos as dificuldades, que nos obriga a transformar tudo aquilo que é lata em ouro. Acontece o poder da transformação.
               E, assim, vamos fazer nosso carnaval com tudo aquilo que se assemelha a ouro, e que na verdade, além de mostrar que nesta pátria tudo é falso, vamos mostrar que podemos fazer carnaval com aquilo que para muitos não serviria para nada.
               Carnavalizando todo tipo de material, latas, garrafas, jornal, plástico, sobras de indústria e etc, causando um efeito plástico visual objetivando encenar uma crítica ao segmento político-social deste país.
               E,além de pizza, tudo nesta pátria acaba em carnaval. E é o carnaval o grande veículo de nossa verdade. E é por isso que dizemos, no Brasil, "Nem tudo que reluz é ouro"

Paulo Barros

 

SAMBA ENREDO                                                2002
Enredo     Nem tudo que reluz é ouro
Compositores     Rafael, Humberto, Ro"binho ", Maggaiver, Aloysio Madrugada, Luisinho Oliveira, Henrique Guerra, Márcio Alexandre e Waguinho

Nem tudo que reluz é ouro
Tesouro só meu pavilhão
Vou fazer a minha festa, pierrot não vá chorar
Tristeza pra você não há lugar
Meu Brasil Medieval nos braços de sua nação
Delírio, sonho ou ilusão
Eu tenho fé que um dia vai acontecer
Não aguento mais essa situação
O meu país ainda vai ter solução

No voto a esperança e o povo dança, na ilusão
Paz, amor, ordem e progresso
A receita do sucesso pra salvar o nosso chão

Mas se falta grana sobra imaginação
Entra em cena o poder da criação
Pra transformar a crise em alegria
Se é falso ou verdadeiro é nosso carnaval
Um lindo show de visual
Com latas e garrafas minha escola vai brilhar
Se liga que a Vizinha vem mostrar

Desço o morro com alegria
Pra sacudir, a Sapucaí
Sou o ouro que reluz, sou o canto que seduz
Porta voz desse povão (explode coração)