FICHA TÉCNICA 2004

 

Carnavalesco     Flávio Policarpo
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     Mestre Jorginho
Puxador de Samba Enredo     Marcelinho
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Wanderson e Érica
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Washigton e Débora
Resp. Comissão de Frente     Alexandre Henrique
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 2004

A bela adormecida

          Há muitos anos, num certo país, viviam um rei e uma rainha que desejavam ter um filho. Quando a rainha deu à luz uma menina decidiram celebrar o acontecimento com uma grande festa.
          Foram convidadas sete fadas e cada uma delas ofereceu à princesa um dom. A mais jovem concedeu a beleza; a segunda, a sabedoria ; a terceira, graça em todos os seus gestos; a quarta, talento para a dança; a quinta, uma linda voz; a sexta, o dom de tocar qualquer instrumento.
          No momento em que a sétima fada ia oferecer seu presente surgiu no salão do palácio uma velha fada, a quem o rei e a rainha haviam esquecido de convidar. Ela estava tão furiosa pela ofensa recebida, que pronunciou uma terrível profecia:
          Quando a princesa completar dezesseis anos, espetará o dedo no fuso de uma roca e morrerá!
          O eco da horrenda gargalhada com que se despediu ainda retumbava nas paredes, quando todos os presentes caíram em prantos. Porém, neste momento, a sétima fada aproximou-se timidamente e disse:
          - Calma, majestade! Ainda não concedi o meu dom. Não tenho poder suficiente para desfazer completamente o feitiço daquela fada perversa, mas posso ameniza-lo. Apenas cairá num sono profundo durante cem anos, até um jovem príncipe venha despertá-la
          Imediatamente, o rei mandou proclamar um edital por todo o reino, na esperança de proteger a princesa desta terrível maldição: - Por ordem do rei, deverão ser queimadas todas as rocas do reino, sob pena de prisão
          Os súditos obedeceram, entregando as rocas que usavam para fabricar tecidos. Todas elas foram queimadas e, pouco tempo depois, não podia ser encontrado um único fuso em todo o reino.
          Passaram-se quinze anos. A princesa cresceu e tornou-se a mais bela e formosa do reino, com todas as graças que as fadas haviam lhe concedido. Ninguém mais se recordava da horrível maldição.
          Então chegou o dia em que completaria dezesseis anos. A jovem princesa estava brincando com seu cãozinho, que fugiu correndo até a torre do palácio. Ela o seguiu até a torre e, então, escuto um barulho desconhecido. Subiu as escadas e encontrou uma velhinha junto a um estranho objeto. A princesa ficou tão curiosa, que perguntou:
          - Minha boa senhora, pode me dizer o que está fazendo
          - Estou fiando, minha querida. Quer aprender como se faz
          - Sim! Parece muito divertido... - respondeu a princesa, sentando-se ao lado da velhinha.
          Foi então que a profecia se cumpriu: assim que tocou no fuso, a princesa espetou o dedo e caiu no chão, com um grito de dor. A velhinha, na verdade, era a terrível fada disfarçada
          Ao cair da tarde, procuravam a princesa para comemorar seu aniversário, quando o rei encontrou-a sem sentidos. Ele ficou inconsolável, mas a jovem fada o confortou dizendo: - Não se preocupe, majestade! A princesa dormirá por muitos anos, mas não estará  sozinha quando despertar. Vou fazer com que toda a corte adormeça com ela
          E, agitando sua varinha mágica, a fada percorreu todos os cantos do palácio, fazendo com que todos caíssem num sono mágico e profundo
          A partir de então, a vida lá dentro parou
          Com o passar dos anos, as plantas foram tomando conta das redondezas, construindo  uma verdadeira floresta, e espalhou-se o boato de que ali vivia um terrível dragão
          Certo dia, um jovem príncipe que passava pela região perguntou sobre o palácio. - Quando eu era pequeno, meu pai me contou ter ouvido seu avô dizer que no palácio vivia uma princesa encantada - disse um homem. O jovem príncipe, que era muito valente, ficou impressionado com estas palavras e partiu em direção ao castelo
          Foi com grande dificuldade que o príncipe conseguiu abrir caminho pela floresta. À medida que cortava os galhos com sua espada, eles voltavam a crescer mais fortes do que antes.
          - Nuca vi plantas como estas! - admirou-se o príncipe
          Foi então que uma das fadas apareceu e lhe deu uma grande espada com uma cruz no punho e lhe disse
          Que as forças do bem vençam as forças do mal
          Com a ajuda desta espada mágica, o príncipe conseguiu abrir caminho e chegar ao interior do palácio. Ali, foi surpreendido por um enorme dragão, que lançou sobre ele uma grande labareda
          O príncipe protegeu-se com sua espada, que refletiu o brilho das chamas num imenso raio de luz. O monstro ficou tão ofuscado pelo clarão, e o príncipe aproveitou para atirar sua espada mágica, que atravessou o peito do dragão.
          Ele se debateu destemperadamente, antes de transformar-se na velha fada malvada, que caiu morta.
          Assim que caiu por terra, o corpo da fada desapareceu, juntamente com a floresta que cercava o palácio. O sol voltou a brilhar, deixando à mostra o magnífico jardim que um dia havia enfeitado aquele lugar. Os pássaros começaram a cantar, anunciando uma nova primavera depois de cem anos. O príncipe estava sem palavras. Então a fada apareceu, dizendo: - Estávamos à sua espera. Agora você precisa acordar a princesa
          Ele se dirigiu ao palácio e encontrou todos os guardas e o resto da corte profundamente adormecidos. Por fim, chegou a um quarto onde encontrou a jovem mais formosa que seus olhos haviam visto. Ele segurou em suas mãos e beijou seu rosto. Neste instante, a princesa despertou de um sono de cem anos
          A maldição havia acabado e todo o palácio começou a recuperar a vida. O rei deu uma grande festa para o príncipe e agradeceu a ele dizendo
          - Você pode me pedir tudo o que desejar
          - Não consigo pensar em nada que me faça mais feliz que a mão de sua filha
          O casamento do corajoso príncipe e da bela princesa foi abençoado por todos os habitantes do reino. Não poderiam faltar as sete fadas, que logo concordaram que o dom mais valioso que poderiam oferecer ao lindo casal era a chegada breve de uma linda criança

Flávio Policarpo

 

SAMBA ENREDO                                                2004
Enredo     A Bela adormecida
Compositores     Helinho, Tito, Ivanísia, So e Newton Moreno

Vem com a Vizinha,
Tudo é luxo e fantasia nesse mundo de ilusão
Está em festa no palácio a realeza,
Comemorando o nascimento da princesa
Sete fadas a bailar, cada qual com o seu condão
Mas a velha fada esquecida
Profetiza a maldição
Para torre do castelo atraída
Por um fuso a linda jovem foi ferida

Numa roda de fiar
A maldade aconteceu
No poder da boa fada
Todo reino adormeceu

O tempo passou...
Durou cem anos a estória do dragão
Até que o príncipe guerreiro
Na floresta fez da lenda uma missão
Num clarão de luz
A espada mágica reluz um brilho sem igual
Em um duelo fascinante
Enfim o bem venceu o mal
Do beijo nobre renasce a vida
Desperta a bela adormecida

O Rei comanda essa alegria
O matrimônio a luz de um novo dia
Uma criança virá semear a paz,
Com amor qualquer feitiço se desfaz!