FICHA TÉCNICA 2005

 

Carnavalesco     Flávio Policarpo, Antônio Sérgio e Comissão de Carnaval
Diretor de Carnaval     Ildefonso (Índio)
Diretor de Harmonia     Ildefonso (Índio)
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     Mestre Jorginho
Puxador de Samba Enredo     Marcelinho
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Érica Renata e Vanderson
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Leandro e Roberta
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     Vera Lúcia de Melo
Resp. Ala das Crianças     Jorselea da Silva Borges

 

SINOPSE 2005

2222 Gil, o Expresso da Cultura no Brasil

Introdução:

            A Vizinha Faladeira traz como enredo para o Carnaval 2005 Expresso 2222
            Falar de Gilberto Gil... Como traduzir um que é vários? Então, falar de Gil é falar de vários em um só. Falar de Gil é falar de cultura brasileira, com toda sua pluralidade, simples e complexa, formada por tantas culturas, formada por tantos sonhos.
            Embarquemos agora neste expresso de um povo mestiço e herdeiro da cultura brasileira.

Sinopse:

            Como a maioria de seus contemporâneos, Gilberto Gil foi capturado, em 1959, pelo canto e violão revolucionários de João Gilberto. Mas, antes disso, durante a infância passada na cidade de Ituaçu, no interior baiano, Gil já tinha despertado para a música, apaixonando-se pelos sanfoneiros das feiras e os sucessos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro que ouvia nas rádios.  A essas influências iniciais e duradouras pode-se acrescentar, a partir da Tropicália, o pop psicodélico dos Beatles e a guitarra de Jimi Hendrix. No exílio londrino entre 1969 e 72, Gil envolveu-se na cena rock, participando de jams com músicos como Dave Gilmour ( do Pink Floid) e JimVapaldi ( do Traffic) e também entrou em contato com o nascente Bob Marley, foi um dos principais responsáveis pela introdução do ritmo jamaicano no Brasil.
            Gil tem sido o artista da sua geração mais aberto à influência do pop internacional e também o que soa mais brasileiro e  regional. Este, a principio, paradoxo foi explicitado pelo próprio ao regravar, no disco Expresso 2222 um sucesso de Jackson do Pandeiro nos anos 50, "Chiclete com Banana". Só ponho bebop no meu samba, quando o Tio Sam pegar no meu tamborim(...)/ Ai eu vou misturar Miami com Copacabana, chiclete eu misturo com banana...".
            No início dos anos 70, ao chamar a atenção do Brasil para o bloco de Salvador Filhos de Gandhi, iniciou um profundo mergulho em nossas raízes africanas. Antes também reafirmara sua paixão pela música nordestina, gravando e excursionando com Dominguinhos, sanfoneiro e principal discípulo de Gonzagão, com quem compôs, entre outras, "Lamento sertanejo".
            Numa inusitada apresentação com o filho do mestre Gonzagão, Gil lança o disco Luar no programa de televisão que Gil mais adorava: " A Buzina do Chacrinha".
            Apesar de compositor auto-suficiente, Gil tem diversas parcerias. No início da carreira, as mais frequentes foram com os poetas Torquato Neto e Capinam, mas ele também dividiu canções com, entre outros, Rogério Duarte, um dos pensadores da Tropicália e sua mulher na época, Nana Caymmi. No começo dos anos 70, as composições mais marcantes foram com Joge Mautner, João Donato, De Chico Buarque e Rita Lee, não faltaram companheiros de viagem a partir dai: entre outros Cazuza, Arnaldo Antunes e Celso Fonseca.
            Com Caetano, parceiro eventual mais constante nestas três décadas de careira. além das várias canções são parceiros na Fundação Ondazul e no "Movimento Artistas pela Natureza" que idealizaram e coordenaram para compreender e exercer melhor a cidadania responsável e o encantamento solidário pela poética do mundo.
            Influenciado por uma viagem, a Nigéria (onde participou do II Festival de Arte Negra), Gil procurou mostrar as afinidades entre Brasil e África e ainda reafirma seu interesse pela bossa nova e filosofia oriental.
            Fiel também ao ideário da Tropicália, Gil soa universalista sem tirar os pés (e coração) de sua terra.
            Em fevereiro de 1999 ganhou nos EUA o prêmio Grammy de melhor disco na categoria de world music.
            O reconhecimento político da importância de Gilberto Gil à cultura nacional foi feito pelo convite do Presidente Lula, símbolo maior dos trabalhadores. Então, temos hoje um dos artistas mais fundamentais para a construção de um país que se deseja e sonha como Ministro da Cultura.

Carros:

            1°   O abre-alas será o "expresso"......
            2° Abordará essa "mistura de estilos": baião(sua origem nordestina), bossa nova(mais um que se apaixonou pelo violão de João Gilberto), pop e rock(a entrada desses estilos em sua vida correspondem ao período em que ficou exilado em Londres), samba, etc.... O enredo também fala do Tropicalismo, dando ênfase à liberdade de criar, colocar novos elementos na música.
            3° Usando como pano de fundo o programa do Chacrinha("Buzina do Chacrinha" era o programa de tv favorito de Gil, onde este lançou o disco "luar", cantando em parceria com Luiz Gonzaga) vai falar das "grandes parcerias" de Gilberto Gil....Apesar de compositor e cantor auto-suficiente, essas parcerias marcaram sua história...Vai de Caetano, Gal, Bethânia, Chico Buarque, Rita Lee, até Cazuza, Arnaldo Antunes.
            4° Aqui, dá-se destaque ao grande parceiro de sua vida: Caetano Veloso...Mas vai além da parte musical. Nesse carro, o carnavalesco quer falar sobre os projetos ecológicos que criaram em parceria: "Artistas pela natureza" e "Ondazul"
            5° É a parte espiritual do enredo. Fala sobre os "filhos de Gandhi"...a mistura da fé negra com a fé oriental.

 

SAMBA ENREDO                                                2005
Enredo     2222 Gil, o Expresso da Cultura no Brasil
Compositores     Lula, Dr. Magson, Clóvis e Humberto

No afã, eu embarquei
No expresso numerado de sucesso
Hoje vou cantar Gilberto Gil
Porta-voz desse Brasil
No despertar com o sanfoneiro
A Tropicália se exilou
O pop, o rock e o reggae
Diversidade musical
O ritmo do nosso carnaval

Alô, alô, Velho Guerreiro Chacrinha,
No seu palco Gil brilhou
A Buzina do Cassino a ecoar... recordar...

Viajar em canções que o tempo não apagará
Parcerias que ao longo dos anos resistiram
Movimento pela Natureza
Com Caetano ele fundou a Onda Azul
Salve a Bahia, salve Salvador,
Filho de Gandhi eu também sou
Reflete a alma de um Brasil novo
Nos braços do povo

A Vizinha Faladeira está em festa
Vamos aplaudir
A cultura vem mostrar com emoção
A bateria faz pulsar o coração